Evolução temporal e distribuição espacial da morte materna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carreno, Ioná
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Bonilha, Ana Lúcia de Lourenzi, Costa, Juvenal Soares Dias da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/106729
Resumo: OBJETIVO: Analisar a evolução temporal da mortalidade materna e sua distribuição espacial. MÉTODOS: Estudo ecológico com análise dos dados referentes a 845 óbitos maternos entre 10 e 49 anos, ocorridos no período de 1999-2008, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Foram calculadas razões de mortalidade materna e razões de mortalidade materna específica, as quais foram analisadas por regressão de Poisson. Na distribuição espacial foram construídos três mapas do estado com as taxas de 1999, 2003 e 2008 das sete macrorregiões. RESULTADOS: Houve aumento de 2,0% no período de dez anos (IC95% 1,00;1,04; p = 0,01), sem mudança expressiva na magnitude da razão de mortalidade materna. A macrorregião da Serra apresentou a maior razão de mortalidade materna (1,15; IC95% 1,08;1,21; p < 0,001). A maioria dos óbitos no estado do Rio Grande do Sul ocorreu entre mulheres acima de 40 anos, com baixa escolaridade e de cor branca. O momento do parto/aborto e o puerpério imediato foram os de maior risco materno, sendo a hipertensão arterial e hemorragia as causas diretas de maior impacto negativo. CONCLUSÕES: A não redução da mortalidade materna indica que as políticas públicas não impactaram a saúde materna e reprodutiva das mulheres. Qualificar a atenção à saúde da mulher, sobretudo no período pré-natal, buscando identificar e prevenir fatores de risco, vem ao encontro da redução da morte materna.
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spelling Carreno, IonáBonilha, Ana Lúcia de LourenziCosta, Juvenal Soares Dias da2014-11-12T02:13:53Z20140034-8910http://hdl.handle.net/10183/106729000937336OBJETIVO: Analisar a evolução temporal da mortalidade materna e sua distribuição espacial. MÉTODOS: Estudo ecológico com análise dos dados referentes a 845 óbitos maternos entre 10 e 49 anos, ocorridos no período de 1999-2008, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Foram calculadas razões de mortalidade materna e razões de mortalidade materna específica, as quais foram analisadas por regressão de Poisson. Na distribuição espacial foram construídos três mapas do estado com as taxas de 1999, 2003 e 2008 das sete macrorregiões. RESULTADOS: Houve aumento de 2,0% no período de dez anos (IC95% 1,00;1,04; p = 0,01), sem mudança expressiva na magnitude da razão de mortalidade materna. A macrorregião da Serra apresentou a maior razão de mortalidade materna (1,15; IC95% 1,08;1,21; p < 0,001). A maioria dos óbitos no estado do Rio Grande do Sul ocorreu entre mulheres acima de 40 anos, com baixa escolaridade e de cor branca. O momento do parto/aborto e o puerpério imediato foram os de maior risco materno, sendo a hipertensão arterial e hemorragia as causas diretas de maior impacto negativo. CONCLUSÕES: A não redução da mortalidade materna indica que as políticas públicas não impactaram a saúde materna e reprodutiva das mulheres. Qualificar a atenção à saúde da mulher, sobretudo no período pré-natal, buscando identificar e prevenir fatores de risco, vem ao encontro da redução da morte materna.OBJECTIVE: To analyze the temporal evolution of maternal mortality and its spatial distribution. METHODS: Ecological study with a sample made up of 845 maternal deaths in women between 10 and 49 years, registered from 1999 to 2008 in the state of Rio Grande do Sul, Southern Brazil. Data were collected from the Information System on Mortality of Ministry of Health. The maternal mortality ratio and the specific maternal mortality ratio were calculated from records, and analyzed by the Poisson regression model. In the spatial distribution, three maps of the state were built with the rates in the geographical macro-regions, in 1999, 2003, and 2008. RESULTS: There was an increase of 2.0% in the period of ten years (95%CI 1.00;1.04; p = 0.01), with no significant change in the magnitude of the maternal mortality ratio. The Serra macro-region presented the highest maternal mortality ratio (1.15, 95%CI 1.08;1.21; p < 0.001). Most deaths in Rio Grande do Sul were of white women over 40 years, with a lower level of education. The time of delivery/abortion and postpartum are times of increased maternal risk, with a greater negative impact of direct causes such as hypertension and bleeding. CONCLUSIONS: The lack of improvement in maternal mortality ratio indicates that public policies had no impact on women’s reproductive and maternal health. It is needed to qualify the attention to women’s health, especially in the prenatal period, seeking to identify and prevent risk factors, as a strategy of reducing maternal death.application/pdfporRevista de Saúde Pública. São Paulo. Vol. 48, n. 4 (ago. 2014), p. 662-670Mortalidade maternaIndicadores básicos de saúdeSaúde materno-infantilMaternal mortalityTrendsRisk factorsMaternal and child healthHealth status indicatorsEcological studiesEvolução temporal e distribuição espacial da morte maternaTemporal evolution and spatial distribution of maternal death info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000937336.pdf000937336.pdfTexto completoapplication/pdf358295http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106729/1/000937336.pdf4b2dee6e357d363f4f6952090d417dcaMD51TEXT000937336.pdf.txt000937336.pdf.txtExtracted Texttext/plain35421http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106729/2/000937336.pdf.txt966cabd3dc58851a171fbb1558656a69MD52THUMBNAIL000937336.pdf.jpg000937336.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1709http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106729/3/000937336.pdf.jpg639f6c56c557f512c32668895ef13e58MD5310183/1067292018-10-22 07:47:03.684oai:www.lume.ufrgs.br:10183/106729Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-22T10:47:03Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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