Perfil das pacientes da fisioterapia pélvica de um hospital público quanto à incontinência urinária e qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Amanda Zanella de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/237498
Resumo: Introdução: O assoalho pélvico é formado por músculos e fáscias e tem a função de dar suporte aos órgãos internos. Um assoalho pélvico debilitado e enfraquecido pode resultar em disfunções sexuais, prolapsos urogenitais, incontinência fecal, incontinência urinária entre outros. A incontinência urinária é definida como a queixa de qualquer perda involuntária de urina e pode afetar seriamente a qualidade de vida de quem convive com essa condição. Os maiores problemas decorrentes da incontinência urinária relacionam-se ao bem-estar social e mental, afetando significativamente a qualidade de vida. A fisioterapia pélvica é considerada pela International Continence Society como padrão-ouro no tratamento da incontinência urinária. O objetivo desse estudo é descrever o perfil das pacientes avaliadas no ambulatório de fisioterapia pélvica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, em relação a qualidade de vida e disfunções do assoalho pélvico. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo que foi realizado a partir da análise de prontuários das pacientes atendidas no Ambulatório de Fisioterapia pélvica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de janeiro de 2015 à maio de 2019. A população que foi utilizada no estudo é não intencional probabilística e é composta pelos prontuários das pacientes atendidas no ambulatório. Foram excluídos do estudo prontuários de pacientes que já estejam realizando tratamento pela fisioterapia pélvica. Foram coletadas as seguintes informações: idade, região de procedência, número de gestações, tipo de parto, cirurgias ginecológicas, presença ou não de episiotomia e do uso de fórceps, presença ou não de prolapso urogenital, queixa principal, grau de força da musculatura do assoalho pélvico (MAP), escore do questionário de qualidade de vida International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), presença ou não de constipação intestinal, índice de massa corporal (IMC), menopausa, reposição hormonal, medicamentos de uso e tratamento fisioterapêutico indicado. As informações foram tabeladas em um banco de dados do Excel. Resultados: No total, foram analisados 413 prontuários de pacientes. Entre eles, a mediana da idade foi de 57 anos(17-87), a média do Índice de massa corporal (IMC) foi 30,49 kg/m² (±5,82), 43,6% das pacientes tinham prolapso de órgãos pélvicos, 27,4% pacientes apresentavam grau 3 de força na escala de Oxford modificada, 58,1% prontuários apresentaram como queixa principal a IUM, 58,8% da pacientes haviam sido encaminhadas para o tratamento de exercícios e orientações em grupo e 40% dos prontuários apresentaram escore do ICIQ-SF classificado como severo. Conclusão: Analisando os dados citados foi possível descrever o perfil da população que chega até o ambulatório, enriquecendo a literatura relacionada à área da fisioterapia pélvica e permitindo o delineamento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes para esse público.
id UFRGS-2_524ecb50307387d851ec17695d20a944
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/237498
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Mello, Amanda Zanella dePaiva, Luciana Laureano2022-04-19T04:39:44Z2019http://hdl.handle.net/10183/237498001110862Introdução: O assoalho pélvico é formado por músculos e fáscias e tem a função de dar suporte aos órgãos internos. Um assoalho pélvico debilitado e enfraquecido pode resultar em disfunções sexuais, prolapsos urogenitais, incontinência fecal, incontinência urinária entre outros. A incontinência urinária é definida como a queixa de qualquer perda involuntária de urina e pode afetar seriamente a qualidade de vida de quem convive com essa condição. Os maiores problemas decorrentes da incontinência urinária relacionam-se ao bem-estar social e mental, afetando significativamente a qualidade de vida. A fisioterapia pélvica é considerada pela International Continence Society como padrão-ouro no tratamento da incontinência urinária. O objetivo desse estudo é descrever o perfil das pacientes avaliadas no ambulatório de fisioterapia pélvica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, em relação a qualidade de vida e disfunções do assoalho pélvico. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo que foi realizado a partir da análise de prontuários das pacientes atendidas no Ambulatório de Fisioterapia pélvica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de janeiro de 2015 à maio de 2019. A população que foi utilizada no estudo é não intencional probabilística e é composta pelos prontuários das pacientes atendidas no ambulatório. Foram excluídos do estudo prontuários de pacientes que já estejam realizando tratamento pela fisioterapia pélvica. Foram coletadas as seguintes informações: idade, região de procedência, número de gestações, tipo de parto, cirurgias ginecológicas, presença ou não de episiotomia e do uso de fórceps, presença ou não de prolapso urogenital, queixa principal, grau de força da musculatura do assoalho pélvico (MAP), escore do questionário de qualidade de vida International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), presença ou não de constipação intestinal, índice de massa corporal (IMC), menopausa, reposição hormonal, medicamentos de uso e tratamento fisioterapêutico indicado. As informações foram tabeladas em um banco de dados do Excel. Resultados: No total, foram analisados 413 prontuários de pacientes. Entre eles, a mediana da idade foi de 57 anos(17-87), a média do Índice de massa corporal (IMC) foi 30,49 kg/m² (±5,82), 43,6% das pacientes tinham prolapso de órgãos pélvicos, 27,4% pacientes apresentavam grau 3 de força na escala de Oxford modificada, 58,1% prontuários apresentaram como queixa principal a IUM, 58,8% da pacientes haviam sido encaminhadas para o tratamento de exercícios e orientações em grupo e 40% dos prontuários apresentaram escore do ICIQ-SF classificado como severo. Conclusão: Analisando os dados citados foi possível descrever o perfil da população que chega até o ambulatório, enriquecendo a literatura relacionada à área da fisioterapia pélvica e permitindo o delineamento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes para esse público.Introduction: The pelvic floor is made up of muscles and fascias and has the function of supporting the internal organs. A weakened pelvic floor can result in sexual dysfunction, urogenital prolapses, fecal incontinence, urinary incontinence among others. Urinary incontinence is defined as the complaint of any involuntary loss of urine and can seriously affect the quality of life of those living with this condition. The major problems arising from urinary incontinence are related to social and mental well-being, significantly affecting the quality of life. Pelvic physiotherapy is considered by the International Continence Society as the gold standard in the treatment of urinary incontinence. The aim of this study is to describe the profile of patients evaluated at the pelvic physiotherapy outpatient clinic of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre regarding pelvic floor muscle functionality and quality of life. Materials and methods: This is a descriptive retrospective study that will be performed from the analysis of medical records of patients treated at the Pelvic Physiotherapy Outpatient Clinic of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, from january 2015 to may 2019. The population used in this study is unintentional probabilistic and is composed of the medical records of the patients treated at the outpatient clinic. Records of patients already undergoing treatment by pelvic therapy were excluded from the study. The following information were collected: age, region of origin, number of pregnancies, type of birth, gynecological surgeries, presence or absence of episiotomy and use of forceps, presence or absence of urogenital prolapse, main complaint, degree of pelvic floor muscle strength, quality of life score International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), presence or absence of constipation, body mass index, menopause, hormone replacement, medications for use and indicated physiotherapy treatment.. The information were tabulated in an Excel database. Results: In total, 413 patient records were analyzed. Among them, the median age was 57 years (17-87), the average body mass index (BMI) was 30.49 kg/m² (± 5.82), 43.6% of the patients had pelvic organs prolapse, 27.4% of patients had a grade 3 strength on the modified Oxford scale, 58.1% of medical records had as their main complaint the IUM, 58.8% of the patients had been referred for group exercises and guidance and 40% of the medical records had an ICIQ-SF score classified as severe. Conclusion: Analyzing the cited data it was possible to describe the profile of the population that reaches the outpatient clinic, enriching the literature related to the area of pelvic physiotherapy and allowing greater knowledge to the physiotherapists who work in it.application/pdfporDistúrbios do assoalho pélvicoIncontinência urináriaQualidade de vidaPelvic floorUrinary incontinencePelvic physiotherapyPerfil das pacientes da fisioterapia pélvica de um hospital público quanto à incontinência urinária e qualidade de vidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação Física, Fisioterapia e DançaPorto Alegre, BR-RS2019Fisioterapiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001110862.pdf.txt001110862.pdf.txtExtracted Texttext/plain61886http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/237498/2/001110862.pdf.txt153146e406edf8bdcfbd6173f4ad82d9MD52ORIGINAL001110862.pdfTexto completoapplication/pdf775701http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/237498/1/001110862.pdf222a6f52024c435e91ab0e00c2277eb8MD5110183/2374982022-04-20 04:57:01.898584oai:www.lume.ufrgs.br:10183/237498Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-04-20T07:57:01Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Perfil das pacientes da fisioterapia pélvica de um hospital público quanto à incontinência urinária e qualidade de vida
title Perfil das pacientes da fisioterapia pélvica de um hospital público quanto à incontinência urinária e qualidade de vida
spellingShingle Perfil das pacientes da fisioterapia pélvica de um hospital público quanto à incontinência urinária e qualidade de vida
Mello, Amanda Zanella de
Distúrbios do assoalho pélvico
Incontinência urinária
Qualidade de vida
Pelvic floor
Urinary incontinence
Pelvic physiotherapy
title_short Perfil das pacientes da fisioterapia pélvica de um hospital público quanto à incontinência urinária e qualidade de vida
title_full Perfil das pacientes da fisioterapia pélvica de um hospital público quanto à incontinência urinária e qualidade de vida
title_fullStr Perfil das pacientes da fisioterapia pélvica de um hospital público quanto à incontinência urinária e qualidade de vida
title_full_unstemmed Perfil das pacientes da fisioterapia pélvica de um hospital público quanto à incontinência urinária e qualidade de vida
title_sort Perfil das pacientes da fisioterapia pélvica de um hospital público quanto à incontinência urinária e qualidade de vida
author Mello, Amanda Zanella de
author_facet Mello, Amanda Zanella de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Mello, Amanda Zanella de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Paiva, Luciana Laureano
contributor_str_mv Paiva, Luciana Laureano
dc.subject.por.fl_str_mv Distúrbios do assoalho pélvico
Incontinência urinária
Qualidade de vida
topic Distúrbios do assoalho pélvico
Incontinência urinária
Qualidade de vida
Pelvic floor
Urinary incontinence
Pelvic physiotherapy
dc.subject.eng.fl_str_mv Pelvic floor
Urinary incontinence
Pelvic physiotherapy
description Introdução: O assoalho pélvico é formado por músculos e fáscias e tem a função de dar suporte aos órgãos internos. Um assoalho pélvico debilitado e enfraquecido pode resultar em disfunções sexuais, prolapsos urogenitais, incontinência fecal, incontinência urinária entre outros. A incontinência urinária é definida como a queixa de qualquer perda involuntária de urina e pode afetar seriamente a qualidade de vida de quem convive com essa condição. Os maiores problemas decorrentes da incontinência urinária relacionam-se ao bem-estar social e mental, afetando significativamente a qualidade de vida. A fisioterapia pélvica é considerada pela International Continence Society como padrão-ouro no tratamento da incontinência urinária. O objetivo desse estudo é descrever o perfil das pacientes avaliadas no ambulatório de fisioterapia pélvica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, em relação a qualidade de vida e disfunções do assoalho pélvico. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo que foi realizado a partir da análise de prontuários das pacientes atendidas no Ambulatório de Fisioterapia pélvica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de janeiro de 2015 à maio de 2019. A população que foi utilizada no estudo é não intencional probabilística e é composta pelos prontuários das pacientes atendidas no ambulatório. Foram excluídos do estudo prontuários de pacientes que já estejam realizando tratamento pela fisioterapia pélvica. Foram coletadas as seguintes informações: idade, região de procedência, número de gestações, tipo de parto, cirurgias ginecológicas, presença ou não de episiotomia e do uso de fórceps, presença ou não de prolapso urogenital, queixa principal, grau de força da musculatura do assoalho pélvico (MAP), escore do questionário de qualidade de vida International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), presença ou não de constipação intestinal, índice de massa corporal (IMC), menopausa, reposição hormonal, medicamentos de uso e tratamento fisioterapêutico indicado. As informações foram tabeladas em um banco de dados do Excel. Resultados: No total, foram analisados 413 prontuários de pacientes. Entre eles, a mediana da idade foi de 57 anos(17-87), a média do Índice de massa corporal (IMC) foi 30,49 kg/m² (±5,82), 43,6% das pacientes tinham prolapso de órgãos pélvicos, 27,4% pacientes apresentavam grau 3 de força na escala de Oxford modificada, 58,1% prontuários apresentaram como queixa principal a IUM, 58,8% da pacientes haviam sido encaminhadas para o tratamento de exercícios e orientações em grupo e 40% dos prontuários apresentaram escore do ICIQ-SF classificado como severo. Conclusão: Analisando os dados citados foi possível descrever o perfil da população que chega até o ambulatório, enriquecendo a literatura relacionada à área da fisioterapia pélvica e permitindo o delineamento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes para esse público.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-04-19T04:39:44Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/237498
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001110862
url http://hdl.handle.net/10183/237498
identifier_str_mv 001110862
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/237498/2/001110862.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/237498/1/001110862.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 153146e406edf8bdcfbd6173f4ad82d9
222a6f52024c435e91ab0e00c2277eb8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224627049988096