Análise das fragilidades ambientais da bacia hidrográfica do arroio Lami, município de Porto Alegre e Viamão - RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schneider, Michelli de Oliveira
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/28472
Resumo: A partir do momento que o homem foi se desenvolvendo tecnicamente, passou a agir sobre a natureza de forma a comprometer seu funcionamento natural. O estudo ambiental baseada nas dinâmicas da natureza implica em estudo integrado dos os componentes do “Estrato Geográfico”, dessa forma não se pode deixar de lado estudos sobre o solo, cobertura vegetal, regime hídrico, como também as formas de relevo, pois é nele que as forças de interação mais se manifestam. O homem como ser biológico e social interage com esse meio de forma predatória e a sua relação com o meio também deve ser considerada. A noção das potencialidades e limites de dependência dos componentes naturais com as inserções antrópicas necessita de estudos que esclareçam melhor essa relação com o objetivo de ordenar as práticas sociais. Com o objetivo de avaliar as Fragilidades Ambientais da Bacia Hidrográfica do Arroio Lami, localizada no extremo sul do município de Porto Alegre, RS, junto ao limite oeste do município de Viamão, RS, entre os paralelos 30°08’32” S e 30°15’38” S e os meridianos 51°01’47” W e 51°07’36” W, aplicou-se a metodologia proposta por Ross (1994) utilizando-se técnicas de geoprocessamento. A bacia possui área aproximada de 51 km²,com características essencialmente rurais têm seu território destinado basicamente à agricultura. Esse metodologia busca levantar as características naturais frente às intervenções antrópicas, apresentando características de fragilidade potencial média com 59% da área total da bacia, associada a solos mal drenados em regiões planas susceptíveis à inundações, e alta, abrangendo 30,97% da área, com solos rasos em áreas declivosas. No mapa de uso do solo verifica-se grandes áreas de mata, vegetação arbustiva e campos nativos ainda preservados (somando cerca de 60% da área) e elevada área de solos manejados (27%), bem como focos de urbanização, solo exposto, cultivo, plantio de exóticas e vias de chão batido (totalizando 10% da área). O cruzamento do mapa de Fragilidade Ambiental Potencial com os usos do solo resultou no mapa da Fragilidade Ambiental Emergente que apresentou Muito Baixa a Baixa Fragilidade Emergente, somando cerca de 50% da área total, esse fato decorre principalmente da grande área de mata nativa e vegetação arbustiva ainda preservada ou em estágio sucessional avançado. Sugere-se uma integração entre os municípios de Porto Alegre e Viamão na forma de ações conjuntas para a adoção de medidas que contribuam para preservação e planejamento racional das áreas da bacia hidrográfica. Verificou-se que trabalhos aplicados ao planejamento territorial e ambiental, através do levantamento de dados do meio físico e social de forma interligada, baseados na análise das fragilidades ambientais potenciais e emergentes em bacias hidrográficas, servem de apoio aos planejadores municipais na implementação de políticas de ordenamento visando o manejo adequado dos recursos, dentro de uma ótica preservacionista.
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