Desastres no Rio Grande do Sul associados a complexos convectivos de mesoescala: estudo de caso do evento que ocorreu entre 22 e 23 de abril de 2011
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/250135 |
Resumo: | A América do Sul é uma das regiões preferenciais de atuação de eventos atmosféricos extremos, com formato circular, desenvolvimento rápido, entre 10 e 20 horas, e por isso de difícil previsibilidade, classificados como Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM). Este trabalho analisa a precipitação e os desastres associados ao evento de CCM que atingiu o Rio Grande do Sul (RS), nos dias 22 e 23 de abril de 2011. Para a precipitação acumulada foram usados os dados de oito estações meteorológicas do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), localizadas em Bagé, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Cruz Alta, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Rosa e São Luiz Gonzaga, área de atuação do evento. Esses dados foram comparados com a climatologia do mês de abril (1975-2004). Registros da Defesa Civil do RS e as matérias veiculadas no jornal Zero Hora foram usados para dimensionar os impactos registrados como consequência do CCM na sociedade. Os resultados indicam que esse evento meteorológico afetou 25 municípios, resultando em 12 mortes, 200 mil casas sem energia elétrica, entre a Região Metropolitana e o Vale do Taquari, árvores e postes derrubados, além de desastres do tipo enxurrada, enchente, vendaval e granizo. A média de precipitação acumulada durante o CCM foi de 61,8 mm na area de estudo, representando 43% do total esperado para abril (144,7 mm), pela climatologia 1975-2004. O período de duração, de 19h30min, suas dimensões e rápido crescimento vertical, entre 6 e 12 horas, confirmam as características básicas de CCM do evento analisado. |
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Moraes, Flávia Dias de SouzaAquino, Francisco Eliseu2022-10-21T04:58:16Z20182238-8753http://hdl.handle.net/10183/250135001084224A América do Sul é uma das regiões preferenciais de atuação de eventos atmosféricos extremos, com formato circular, desenvolvimento rápido, entre 10 e 20 horas, e por isso de difícil previsibilidade, classificados como Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM). Este trabalho analisa a precipitação e os desastres associados ao evento de CCM que atingiu o Rio Grande do Sul (RS), nos dias 22 e 23 de abril de 2011. Para a precipitação acumulada foram usados os dados de oito estações meteorológicas do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), localizadas em Bagé, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Cruz Alta, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Rosa e São Luiz Gonzaga, área de atuação do evento. Esses dados foram comparados com a climatologia do mês de abril (1975-2004). Registros da Defesa Civil do RS e as matérias veiculadas no jornal Zero Hora foram usados para dimensionar os impactos registrados como consequência do CCM na sociedade. Os resultados indicam que esse evento meteorológico afetou 25 municípios, resultando em 12 mortes, 200 mil casas sem energia elétrica, entre a Região Metropolitana e o Vale do Taquari, árvores e postes derrubados, além de desastres do tipo enxurrada, enchente, vendaval e granizo. A média de precipitação acumulada durante o CCM foi de 61,8 mm na area de estudo, representando 43% do total esperado para abril (144,7 mm), pela climatologia 1975-2004. O período de duração, de 19h30min, suas dimensões e rápido crescimento vertical, entre 6 e 12 horas, confirmam as características básicas de CCM do evento analisado.South America is one of the preferred regions of occurrence of extreme weather events classified as Mesoscale Convective Complexes (MCCs), which have circular format, rapid development (within 10 and 20 hours), and are difficult to forecast. This study analyses the precipitation and the natural hazards associated with the extreme weather event that occurred in the State of Rio Grande do Sul (RS), Brazil, between April 22nd and 23rd, 2011. The total precipitation data was from INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), more specifically from eigth meteorological stations located in the cities more affected my this MCC: Bagé, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Cruz Alta, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Rosa e São Luiz Gonzaga. The total precipitation was compared to climatological precipitation expected for April (1975- 2004). This research also used data from the Defesa Civil do Rio Grande do Sul and from the local newspaper, Zero Hora, to understand and quantify the natural hazards caused by the MCC. The results show that this extreme weather event impacted 25 cities, and it was associated with 12 deaths, 200 thousand homes without electric power at the area of Região Metropolitana and Vale do Taquari, downed trees and power lines, and natural hazards as floods, strong gales and hail storms. The average total precipitation during this MCC event was 61.8 mm in the study area, which representes 43% of the total expected precipitation for April (144.7 mm), considering the climatology 1975-2004. The MCCs life cycle (19h30min), extension and vertical growth, between 6h and 12 h, also confirmed that this event has the main physical characteristics to be classified as MCC.application/pdfporRevista de gestão & sustentabilidade ambiental. Palhoça, SC. vol. 7, nesp (2018), p. 111-134Precipitação atmosféricaClimatologiaDesastres naturaisRio Grande do SulExtreme eventsLow-level jetNatural hazardsPrecipitationDesastres no Rio Grande do Sul associados a complexos convectivos de mesoescala: estudo de caso do evento que ocorreu entre 22 e 23 de abril de 2011info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001084224.pdf.txt001084224.pdf.txtExtracted Texttext/plain44219http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/250135/2/001084224.pdf.txt6d8bbd458b88f12c7a29743e18e0cfe9MD52ORIGINAL001084224.pdfTexto completoapplication/pdf458022http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/250135/1/001084224.pdf5e7a227af1fcf8cf59d9f21d40747883MD5110183/2501352024-05-23 06:43:22.106759oai:www.lume.ufrgs.br:10183/250135Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-05-23T09:43:22Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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