Prevalência de enteroparasitoses no Brasil : uma revisão dos últimos 20 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Tania da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/276061
Resumo: Parasitos intestinais afetam aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas no mundo todo, são uma fonte de problemas em saúde pública nos países em desenvolvimento, onde praticamente um terço da população vive em condições que favorecem sua disseminação. Essas condições, entre outras, são a má nutrição, associada à falta de higiene, saneamento básico precário, ou ausente, falta de água potável, que favorecem o ciclo biológico dos parasitos. No Brasil, as parasitoses intestinais não possuem políticas públicas eficientes para controle e nem abordagens socioeconômicas adequadas que poderiam repercutir na melhora das condições de vida da população. Além disso, o clima tropical do Brasil também contribui para a disseminação destes parasitos, proporcionando as condições necessárias e ideais para o ciclo de vida. O objetivo desta revisão da literatura foi verificar a prevalência total de enteroparasitoses no Brasil, quais regiões mais afetadas, quais as populações mais atingidas, as prevalências dos parasitos causadores destas infecções e as técnicas utilizadas. Em relação às análises, nota-se a necessidade de associar técnicas e coletar amostras múltiplas de fezes, objetivando melhorar a precisão diagnóstica, e assim pacientes com carga parasitária baixa, terão aumento da chance do parasito ser detectado. Percebe-se que o parasito mais prevalente, na grande maioria dos estudos, é Ascaris lumbricoides, pois os ovos de Ascaris lumbricoides são resistentes aos fatores ambientais, se aderem fácil às superfícies, são de difícil remoção e por isso há uma grande dificuldade de controlar a contaminação de alimentos, água e solo. Os estudos ainda revelaram altas prevalências em diversas regiões, destacando a região sudeste como a mais atingida, apontando a necessidade de educação em saúde para a população, incluindo melhora dos hábitos de higiene, e estratégias de promoção da saúde em nível de políticas de saúde pública para o controle e prevenção da transmissão das enteroparasitoses.
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