Avaliação de queixas psicossomáticas nos trabalhadores em turnos da área da saúde em dois hospitais de Porto Alegre
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/16442 |
Resumo: | Objetivo: analisar associação entre queixas psicossomáticas e cronotipo numa amostra de profissionais da área da saúde. Método: um estudo transversal foi desenvolvido numa amostra de 303 profissionais de dois hospitais em Porto Alegre. Cronotipos foram classificados através do Questionário de Horne-Östberg, classificando-os em matutinos e vespertinos. Noventa e quatro trabalhavam no turno da manhã, cento e sessenta e quatro trabalhavam no turno da noite e quarenta e cinco no turno rotativo. Os testes qui-quadrado e regressão logística foram utilizados para verificar a associação entre cronotipo e escores do Self Report Questionaire (SRQ). Resultados: Profissionais de faixa etária superior se concentram no turno da noite (43,14 ± 7.61) seguido do turno da manhã (38,51 ± 7.38) (p<0.001). Já em relação aos anos de estudo, os representantes do turno rotativo apresentaram maior escolaridade (17,69 ± 3.50) em relação aos outros turnos (p<0.001). O sexo feminino apresentou maior freqüência nos turnos manhã (78, 83%) e noite (145, 88.4%) em comparação com turno rotativo (20, 44%) (p<0.001). A distribuição das categorias nos turnos apresentou 68,9% (31) dos médicos no turno rotativo, 43 (26,2%) enfermeiros a noite e poucos auxiliares/técnicos no turno rotativo (14, 13,1%) (p<0.001). Os sujeitos com maior poder aquisitivo estavam concentrados no turno rotativo (25, 55,6%) e classe social "B" no turno da manhã (57, 60%) (p<0.007). Nenhuma das variáveis apresentou associação estatisticamente significativa com os escores do SRQ, os médicos apresentaram uma tendência (p=0.61) de relatar queixas psicossomáticas 9,6 vezes menor quando comparados aos técnicos e auxiliares de enfermagem. Ao analisarmos a associação entre cronotipo e turno de trabalho, observou-se que 92% (57) dos sujeitos que estavam trabalhando no turno da manhã eram matutinos enquanto que, 46% (39) dos que trabalhavam no turno da noite eram vespertinos (p=0,000). Conclusão: A predominância de sujeitos alocados de forma concordante entre turno de trabalho e cronotipo (matutino trabalhando de manhã e vespertino trabalhando de tarde) pode estar contribuindo para menor freqüência de queixas psicossomáticas nessa amostra. |
id |
UFRGS-2_542dc222ea471072e7f898711df01c9a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/16442 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Rodrigues, Ueldo Miguel PlentzSouza, Sônia Beatriz Cócaro de2009-07-21T04:16:04Z2008http://hdl.handle.net/10183/16442000670653Objetivo: analisar associação entre queixas psicossomáticas e cronotipo numa amostra de profissionais da área da saúde. Método: um estudo transversal foi desenvolvido numa amostra de 303 profissionais de dois hospitais em Porto Alegre. Cronotipos foram classificados através do Questionário de Horne-Östberg, classificando-os em matutinos e vespertinos. Noventa e quatro trabalhavam no turno da manhã, cento e sessenta e quatro trabalhavam no turno da noite e quarenta e cinco no turno rotativo. Os testes qui-quadrado e regressão logística foram utilizados para verificar a associação entre cronotipo e escores do Self Report Questionaire (SRQ). Resultados: Profissionais de faixa etária superior se concentram no turno da noite (43,14 ± 7.61) seguido do turno da manhã (38,51 ± 7.38) (p<0.001). Já em relação aos anos de estudo, os representantes do turno rotativo apresentaram maior escolaridade (17,69 ± 3.50) em relação aos outros turnos (p<0.001). O sexo feminino apresentou maior freqüência nos turnos manhã (78, 83%) e noite (145, 88.4%) em comparação com turno rotativo (20, 44%) (p<0.001). A distribuição das categorias nos turnos apresentou 68,9% (31) dos médicos no turno rotativo, 43 (26,2%) enfermeiros a noite e poucos auxiliares/técnicos no turno rotativo (14, 13,1%) (p<0.001). Os sujeitos com maior poder aquisitivo estavam concentrados no turno rotativo (25, 55,6%) e classe social "B" no turno da manhã (57, 60%) (p<0.007). Nenhuma das variáveis apresentou associação estatisticamente significativa com os escores do SRQ, os médicos apresentaram uma tendência (p=0.61) de relatar queixas psicossomáticas 9,6 vezes menor quando comparados aos técnicos e auxiliares de enfermagem. Ao analisarmos a associação entre cronotipo e turno de trabalho, observou-se que 92% (57) dos sujeitos que estavam trabalhando no turno da manhã eram matutinos enquanto que, 46% (39) dos que trabalhavam no turno da noite eram vespertinos (p=0,000). Conclusão: A predominância de sujeitos alocados de forma concordante entre turno de trabalho e cronotipo (matutino trabalhando de manhã e vespertino trabalhando de tarde) pode estar contribuindo para menor freqüência de queixas psicossomáticas nessa amostra.application/pdfporDoenca psicossomaticaTrabalho em turnos : Profissionais da área da saúdeSaúde ocupacionalAvaliação de queixas psicossomáticas nos trabalhadores em turnos da área da saúde em dois hospitais de Porto Alegreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2008Enfermagemgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000670653.pdf000670653.pdfTexto completoapplication/pdf140241http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/16442/1/000670653.pdffa69d328dd978ce8e4ed97fc01c9cc42MD51TEXT000670653.pdf.txt000670653.pdf.txtExtracted Texttext/plain35236http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/16442/2/000670653.pdf.txt4b848b596d409ac6070fb765230691c5MD52THUMBNAIL000670653.pdf.jpg000670653.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg979http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/16442/3/000670653.pdf.jpg232e9eea3b00dae37aacc8f077fd8153MD5310183/164422018-10-17 07:30:32.249oai:www.lume.ufrgs.br:10183/16442Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-17T10:30:32Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Avaliação de queixas psicossomáticas nos trabalhadores em turnos da área da saúde em dois hospitais de Porto Alegre |
title |
Avaliação de queixas psicossomáticas nos trabalhadores em turnos da área da saúde em dois hospitais de Porto Alegre |
spellingShingle |
Avaliação de queixas psicossomáticas nos trabalhadores em turnos da área da saúde em dois hospitais de Porto Alegre Rodrigues, Ueldo Miguel Plentz Doenca psicossomatica Trabalho em turnos : Profissionais da área da saúde Saúde ocupacional |
title_short |
Avaliação de queixas psicossomáticas nos trabalhadores em turnos da área da saúde em dois hospitais de Porto Alegre |
title_full |
Avaliação de queixas psicossomáticas nos trabalhadores em turnos da área da saúde em dois hospitais de Porto Alegre |
title_fullStr |
Avaliação de queixas psicossomáticas nos trabalhadores em turnos da área da saúde em dois hospitais de Porto Alegre |
title_full_unstemmed |
Avaliação de queixas psicossomáticas nos trabalhadores em turnos da área da saúde em dois hospitais de Porto Alegre |
title_sort |
Avaliação de queixas psicossomáticas nos trabalhadores em turnos da área da saúde em dois hospitais de Porto Alegre |
author |
Rodrigues, Ueldo Miguel Plentz |
author_facet |
Rodrigues, Ueldo Miguel Plentz |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rodrigues, Ueldo Miguel Plentz |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Souza, Sônia Beatriz Cócaro de |
contributor_str_mv |
Souza, Sônia Beatriz Cócaro de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Doenca psicossomatica Trabalho em turnos : Profissionais da área da saúde Saúde ocupacional |
topic |
Doenca psicossomatica Trabalho em turnos : Profissionais da área da saúde Saúde ocupacional |
description |
Objetivo: analisar associação entre queixas psicossomáticas e cronotipo numa amostra de profissionais da área da saúde. Método: um estudo transversal foi desenvolvido numa amostra de 303 profissionais de dois hospitais em Porto Alegre. Cronotipos foram classificados através do Questionário de Horne-Östberg, classificando-os em matutinos e vespertinos. Noventa e quatro trabalhavam no turno da manhã, cento e sessenta e quatro trabalhavam no turno da noite e quarenta e cinco no turno rotativo. Os testes qui-quadrado e regressão logística foram utilizados para verificar a associação entre cronotipo e escores do Self Report Questionaire (SRQ). Resultados: Profissionais de faixa etária superior se concentram no turno da noite (43,14 ± 7.61) seguido do turno da manhã (38,51 ± 7.38) (p<0.001). Já em relação aos anos de estudo, os representantes do turno rotativo apresentaram maior escolaridade (17,69 ± 3.50) em relação aos outros turnos (p<0.001). O sexo feminino apresentou maior freqüência nos turnos manhã (78, 83%) e noite (145, 88.4%) em comparação com turno rotativo (20, 44%) (p<0.001). A distribuição das categorias nos turnos apresentou 68,9% (31) dos médicos no turno rotativo, 43 (26,2%) enfermeiros a noite e poucos auxiliares/técnicos no turno rotativo (14, 13,1%) (p<0.001). Os sujeitos com maior poder aquisitivo estavam concentrados no turno rotativo (25, 55,6%) e classe social "B" no turno da manhã (57, 60%) (p<0.007). Nenhuma das variáveis apresentou associação estatisticamente significativa com os escores do SRQ, os médicos apresentaram uma tendência (p=0.61) de relatar queixas psicossomáticas 9,6 vezes menor quando comparados aos técnicos e auxiliares de enfermagem. Ao analisarmos a associação entre cronotipo e turno de trabalho, observou-se que 92% (57) dos sujeitos que estavam trabalhando no turno da manhã eram matutinos enquanto que, 46% (39) dos que trabalhavam no turno da noite eram vespertinos (p=0,000). Conclusão: A predominância de sujeitos alocados de forma concordante entre turno de trabalho e cronotipo (matutino trabalhando de manhã e vespertino trabalhando de tarde) pode estar contribuindo para menor freqüência de queixas psicossomáticas nessa amostra. |
publishDate |
2008 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2008 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2009-07-21T04:16:04Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/16442 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000670653 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/16442 |
identifier_str_mv |
000670653 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/16442/1/000670653.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/16442/2/000670653.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/16442/3/000670653.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fa69d328dd978ce8e4ed97fc01c9cc42 4b848b596d409ac6070fb765230691c5 232e9eea3b00dae37aacc8f077fd8153 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224386212003840 |