O movimento ambientalista gaúcho como prática formadora de cidadania

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Leonardo da Silveira de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/230422
Resumo: O ambientalismo gaúcho surgiu nos anos 1970, tendo suas raízes nos anos 1950 e 1960 com a atuação de um padre jesuíta e um funcionário público que, de maneira independente, colocaram em prática ideais de preservação da natureza, ainda sem um movimento reconhecido. A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), fundada em 1971 por ambientalistas como José Lutzenberger e Augusto Carneiro e a Associação Democrática Feminina Gaúcha (ADFG) que, em 1974 criou o Departamento de Ecologia sob a liderança de Magda Renner e Giselda Castro, são entidades emblemáticas da atuação do ambientalismo gaúcho e de suas conquistas. Considera-se que há uma relação entre ambientalismo e a cidadania entendida amplamente como o exercício de direitos e a possibilidade da sociedade em ter influência sobre o Estado e lutar por suas pautas. Assim, o objetivo deste trabalho é compreender como o movimento ambientalista gaúcho se relaciona com o exercício da cidadania sob o ponto de vista de seus integrantes. Para isso, foram realizadas análise documental e entrevistas com ambientalistas gaúchos. Constatou-se que os expoentes do movimento possuem grande influência sobre novos militantes, bem como seus escritos e experiências em espaços educativos relacionadas com o meio ambiente. A veiculação na mídia de pautas ambientalistas atualmente é baixa devido ao corporativismo que domina estes meios. A atuação feminina é bastante representativa no ambientalismo gaúcho, com destaque à luta das mulheres campesinas. Formas de ação como participação em conselhos ligados ao meio ambiente, educação ambiental e denúncias a instâncias públicas não são vistas consensualmente como efetivas nas condições atuais, enquanto que outras como protestos pacíficos, ação direta em grupo e ação em comunidades são vistas unanimemente como essenciais. Conclui-se que a união entre o ambientalismo e os direitos humanos surge como uma luta cada vez mais praticada e que tem dominado as ações e reflexões ambientalistas atualmente. Palavras-chave: ambientalismo, cidadania, movimentos sociais
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Assim, o objetivo deste trabalho é compreender como o movimento ambientalista gaúcho se relaciona com o exercício da cidadania sob o ponto de vista de seus integrantes. Para isso, foram realizadas análise documental e entrevistas com ambientalistas gaúchos. Constatou-se que os expoentes do movimento possuem grande influência sobre novos militantes, bem como seus escritos e experiências em espaços educativos relacionadas com o meio ambiente. A veiculação na mídia de pautas ambientalistas atualmente é baixa devido ao corporativismo que domina estes meios. A atuação feminina é bastante representativa no ambientalismo gaúcho, com destaque à luta das mulheres campesinas. Formas de ação como participação em conselhos ligados ao meio ambiente, educação ambiental e denúncias a instâncias públicas não são vistas consensualmente como efetivas nas condições atuais, enquanto que outras como protestos pacíficos, ação direta em grupo e ação em comunidades são vistas unanimemente como essenciais. Conclui-se que a união entre o ambientalismo e os direitos humanos surge como uma luta cada vez mais praticada e que tem dominado as ações e reflexões ambientalistas atualmente. Palavras-chave: ambientalismo, cidadania, movimentos sociaisEl ambientalismo gaúcho surgió en los años 1970, teniendo sus raíces en los años 1950 y 1960 con la actuación de un sacerdote y un empleado público que, de modo independiente, pusieron en práctica ideales de preservación de la naturaleza todavía sin un movimiento reconocido. La Associação Gaúcha de Proteção ao Meio Ambiente (Agapan), fundada en 1971 por ambientalistas como José Lutzenberger y Augusto Carneiro y la Associação Democrática Feminina Gaúcha (ADFG) que, en 1974 creó el Departamento de Ecologia bajo el liderazgo de Magda Renner y Giselda Castro, son entidades emblemáticas de la actuación del ambientalismo gaúcho y sus êxitos. Se considera que existe una relación entre ambientalismo e ciudadanía entendida ampliamente como el ejercicio de derechos y la posibilidad de la sociedad influenciar el Estado y luchar por sus pautas. Por tanto, el objetivo de este trabajo es compreender como el movimiento ambientalista gaúcho se relaciona con el ejercicio de la ciudadanía bajo la visión de sus integrantes. Para eso fueron utilizados análisis documental y entrevistas con ambientalistas gaúchos. Se constató que los exponentes del movimiento poseen gran influencia sobre nuevos militantes, así como sus escritos y experiencias en espacios educativos relacionados con el medio ambiente. La vehiculación en los medios de pautas ambientalista actualmente es baja por el corporativismo que domina estos medios. La actuación femenina es bastante representativa en el ambientalismo gaúcho, con énfasis a la lucha de las mujeres campesinas. Modos de acción como participación en consejos relacionados al medio ambiente, educación ambiental y denuncias a instancias públicas no son vistas consensualmente como efectivas en las condiciones actuales, mientras que otras como protestas pacíficas, acciones directas en grupo y acción en comunidades son vistas unánimemente como esenciales. Se concluye que la unión entre el ambientalismo y los derechos humanos aparece como una lucha cada vez más practicada y que ha dominado las acciones y reflexiones ambientalistas actualmente. Palabras clave: ambientalismo, ciudadanía, movimientos socialesapplication/pdfporMovimento ambientalista : Rio Grande do SulCidadania e educacao ambientalO movimento ambientalista gaúcho como prática formadora de cidadaniainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2018Ciências Biológicas: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001109063.pdf.txt001109063.pdf.txtExtracted Texttext/plain137019http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230422/2/001109063.pdf.txta24681c79280d4aee332e3f451fceffdMD52ORIGINAL001109063.pdfTexto completoapplication/pdf477645http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230422/1/001109063.pdfe58574101a7a0c7a8bd70dbeec81d1c4MD5110183/2304222021-10-04 04:21:49.483751oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230422Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-10-04T07:21:49Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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