Juventude e as práticas de patologização no acolhimento institucional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hadler, Oriana Holsbach
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Winkelmann, Fernanda Martins da Silva, Guareschi, Neuza Maria de Fátima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/255610
Resumo: Este artigo problematiza as práticas de patologização infanto-juvenis realizadas no âmbito do acolhimento institucional, a partir das experiências de trabalho com jovens atendidos em um abrigo organizado pelo recorte populacional do sexo masculino com diagnóstico de transtorno de conduta. As discussões destas práticas de patologização produziram a narrativa da trajetória de vida de um jovem acolhido que ressoa a história de muitos outros. A escrita se fundamenta na concepção foucaultiana de biopolítica como modo de governo da vida que opera políticas públicas do Estado. Assim, discute-se como os dispositivos de contenção, medicalização e internação psiquiátrica agem sobre esta população de jovens em nome da efetivação e garantias de direito para otimizar modos de governo das juventudes acolhidas. Nas conclusões, aponta-se como a contra-conduta do jovem frente à lógica institucional é neutralizada, desqualificando suas ações através do discurso patologizante.
id UFRGS-2_55e2d67726c68e1e1a406348a078e75c
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/255610
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Hadler, Oriana HolsbachWinkelmann, Fernanda Martins da SilvaGuareschi, Neuza Maria de Fátima2023-03-11T03:30:00Z20210103-7013http://hdl.handle.net/10183/255610001162253Este artigo problematiza as práticas de patologização infanto-juvenis realizadas no âmbito do acolhimento institucional, a partir das experiências de trabalho com jovens atendidos em um abrigo organizado pelo recorte populacional do sexo masculino com diagnóstico de transtorno de conduta. As discussões destas práticas de patologização produziram a narrativa da trajetória de vida de um jovem acolhido que ressoa a história de muitos outros. A escrita se fundamenta na concepção foucaultiana de biopolítica como modo de governo da vida que opera políticas públicas do Estado. Assim, discute-se como os dispositivos de contenção, medicalização e internação psiquiátrica agem sobre esta população de jovens em nome da efetivação e garantias de direito para otimizar modos de governo das juventudes acolhidas. Nas conclusões, aponta-se como a contra-conduta do jovem frente à lógica institucional é neutralizada, desqualificando suas ações através do discurso patologizante.This article problematizes the practices of pathologization towards children and adolescents of institutional shelters, based on working experiences with young people assisted in a shelter for male youngsters diagnosed with conduct disorder. The discussions of these practices of pathologization have produced the narrative of a young man’s life trajectory that echoes the lives of many other young people. The discussion put forwardin this paper is based on foucauldian’s conception of biopolitics as a way of governing life that operates through public policies of the State. In this sense, this paper question show devices of containment, medicalization and psychiatric hospitalization act on this population of young people in the name of the effectiveness and human rights guarantees in order to optimize modes of government of sheltered young people. To conclude, it is pointed out how a young person's counter-conduct against the institutional logic is neutralized, as a mean to disqualify his/her actions through pathological discourse.Este artículo problematiza las prácticas de patologización infanto-juveniles realizadas en el ámbito de la acogida institucional, a partir de las experiencias de trabajo con jóvenes atendidos en un abrigo organizado por el recorte poblacional del sexo masculino con diagnóstico de trastorno de conducta. Las discusiones de estas prácticas de patologización produjeron la narrativa de la trayectoria de vida de un joven acogido que resuena la historia de muchos otros. La escritura se fundamenta en la concepción foucaultiana de biopolítica como modo de gobierno de la vida que opera políticas públicas del Estado. Así, se discute cómo los dispositivos de contención, medicalización e internación psiquiátrica actúan sobre esta población de jóvenes en nombre de la efectividad y garantías de derecho para optimizar modos de gobierno de las juventudes acogidas. En las conclusiones, se apunta como la contra-conducta del joven frente a la lógica institucional es neutralizada, descalificando sus acciones a través del discurso patologizante.application/pdfporPsicologia argumento. Curitiba. Vol. 39, n. 105 (2021), p. 542-565Adolescente institucionalizadoMedicalizaçãoPsicologia socialInstitutional sheltersYouthPathologizationLegal violenceAcogida institucionalJuventudPatologizaciónJuventude e as práticas de patologização no acolhimento institucionalYouth and the practices of pathologization in the institutional shelters info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001162253.pdf.txt001162253.pdf.txtExtracted Texttext/plain57014http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/255610/2/001162253.pdf.txt910f348c5546a46f0c1c966677b905caMD52ORIGINAL001162253.pdfTexto completoapplication/pdf397247http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/255610/1/001162253.pdf37fa70c49644b0fc7663a3e096cacd25MD5110183/2556102023-03-12 03:23:50.333545oai:www.lume.ufrgs.br:10183/255610Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-03-12T06:23:50Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Juventude e as práticas de patologização no acolhimento institucional
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Youth and the practices of pathologization in the institutional shelters
title Juventude e as práticas de patologização no acolhimento institucional
spellingShingle Juventude e as práticas de patologização no acolhimento institucional
Hadler, Oriana Holsbach
Adolescente institucionalizado
Medicalização
Psicologia social
Institutional shelters
Youth
Pathologization
Legal violence
Acogida institucional
Juventud
Patologización
title_short Juventude e as práticas de patologização no acolhimento institucional
title_full Juventude e as práticas de patologização no acolhimento institucional
title_fullStr Juventude e as práticas de patologização no acolhimento institucional
title_full_unstemmed Juventude e as práticas de patologização no acolhimento institucional
title_sort Juventude e as práticas de patologização no acolhimento institucional
author Hadler, Oriana Holsbach
author_facet Hadler, Oriana Holsbach
Winkelmann, Fernanda Martins da Silva
Guareschi, Neuza Maria de Fátima
author_role author
author2 Winkelmann, Fernanda Martins da Silva
Guareschi, Neuza Maria de Fátima
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Hadler, Oriana Holsbach
Winkelmann, Fernanda Martins da Silva
Guareschi, Neuza Maria de Fátima
dc.subject.por.fl_str_mv Adolescente institucionalizado
Medicalização
Psicologia social
topic Adolescente institucionalizado
Medicalização
Psicologia social
Institutional shelters
Youth
Pathologization
Legal violence
Acogida institucional
Juventud
Patologización
dc.subject.eng.fl_str_mv Institutional shelters
Youth
Pathologization
Legal violence
dc.subject.spa.fl_str_mv Acogida institucional
Juventud
Patologización
description Este artigo problematiza as práticas de patologização infanto-juvenis realizadas no âmbito do acolhimento institucional, a partir das experiências de trabalho com jovens atendidos em um abrigo organizado pelo recorte populacional do sexo masculino com diagnóstico de transtorno de conduta. As discussões destas práticas de patologização produziram a narrativa da trajetória de vida de um jovem acolhido que ressoa a história de muitos outros. A escrita se fundamenta na concepção foucaultiana de biopolítica como modo de governo da vida que opera políticas públicas do Estado. Assim, discute-se como os dispositivos de contenção, medicalização e internação psiquiátrica agem sobre esta população de jovens em nome da efetivação e garantias de direito para otimizar modos de governo das juventudes acolhidas. Nas conclusões, aponta-se como a contra-conduta do jovem frente à lógica institucional é neutralizada, desqualificando suas ações através do discurso patologizante.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-03-11T03:30:00Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/255610
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0103-7013
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001162253
identifier_str_mv 0103-7013
001162253
url http://hdl.handle.net/10183/255610
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Psicologia argumento. Curitiba. Vol. 39, n. 105 (2021), p. 542-565
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/255610/2/001162253.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/255610/1/001162253.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 910f348c5546a46f0c1c966677b905ca
37fa70c49644b0fc7663a3e096cacd25
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225083154333696