Desenvolvimento sustentável e políticas públicas : uma análise do projeto de incentivos à conservação das pastagens naturais do Cone sul da América do Sul

• Autor(a) principal: Figueiró, Lucas Woltmann
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/139306
• topic: Desenvolvimento agrícola sustentável : Cone Sul; Planejamento político; América do Sul; Development; Political and cultural mediation; Public policy

Este trabalho reside no estudo do Projeto de Incentivos à Conservação das Pastagens Naturais do Cone Sul da América do Sul, ação que busca desenvolver instrumentos para a implementação de incentivos aos pecuaristas que se utilizem de, no mínimo, 50% de pastagens naturais em seu estabelecimento produtivo. O objetivo consiste na compreensão e análise dos processos de constituição e operacionalização do referido projeto, tendo como intuito compreender como o desenvolvimento se processa enquanto discurso e prática, mais precisamente, quem participa deste e quais as controvérsias existentes ao longo de sua consecução. Para tal, os procedimentos metodológicos foram divididos em duas etapas: (i) Análise dos documentos norteadores da constituição do projeto e publicações relacionadas ao mesmo, e; (ii) proposição de entrevistas semi-diretivas a informantes chave. Tais informações e relatos foram interpretados à luz dos conceitos e problemas relacionados à mediação política e cultural e as perspectivas teóricas críticas ao desenvolvimento. As conclusões sugerem que, ao longo da constituição deste projeto, os processos decisórios e os mecanismos operativos desenvolvidos foram pautados exclusivamente em conhecimentos técnico-científicos, definidos mediante reuniões de trabalho e estratégias diversas operadas pelo grupo técnico do projeto e uma rede de técnicos vinculada a Alianza del Pastizal. Em todas etapas do processo foram desconsiderados conhecimentos particulares das populações que ali residem, negligenciando a formação de uma base social mais ampla e participativa. Estas práticas, indicam, portanto, uma conduta “de-cima-para-baixo” ao longo de sua consecução.