Prevalência e incidência de hepatite C em pacientes submetidos a transplante renal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zanotelli, Maria Lucia
Data de Publicação: 1998
Outros Autores: Silveira, Themis Reverbel da, Correa, Maria C.M., Chersky, Marisa, Cantisani, Guido Pio Gracco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/164581
Resumo: OBJETIVO: Investigar a prevalência do anti-VHC em 48 receptores renais e seus respectivos doadores. PACIENTES E MÉTODOS: Foi coletado sangue dos receptores pré-transplante, 6 meses e 1 ano pós-transplante; e dos doadores, no momento da nefrectomia. As 192 amostras foram conservadas a -20 °C. Os testes anti-VHC utilizados foram peptídeos sintéticos (UBI) e ELISA de segunda geração (Abbott). Nos pacientes com positividade ao anti-VHC pelo teste UBI, foi pesquisado o VHC-ARN por reação em cadeia da polimerase. RESULTADOS: Onze de 40 receptores foram anti-VHC positivos pelo teste da UBI e 12 de 48 pelo teste da Abbott pré-transplante. Dezesseis pacientes apresentaram positividade ao anti-VHC no período de 1 ano pós-operatório. Dois positivaram aos 6 meses e um em 1 ano. Um deles apresentou positividade também ao VHC-ARN. Nenhum paciente anti-VHC positivo seroconverteu com 1 ano de seguimento. Verificou-se a presença do VHC-ARN em 50% dos receptores renais. Três de 40 doadores foram anti-VHC positivos pelo teste UBI e 4 de 48 pelo teste Abbott. Dois doadores apresentaram positividade ao VHC-ARN. CONCLUSÕES: 1) A prevalência do anti-VHC pré-transplante foi alta, porém a seroconversão para anti-VHC positivo no seguimento de 1 ano foi baixa; 2) nenhum paciente anti-VHC positivo seroconverteu; 3) houve manutenção da positividade ao VHC-ARN demonstrando persistência da replicação viral apesar da imunossupressão; 4) os doadores anti-VHC positivos, mesmo com a presença do VHC-ARN não transmitiram a infecção através do enxerto renal no seguimento de 1 ano pós-operatório.
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spelling Zanotelli, Maria LuciaSilveira, Themis Reverbel daCorrea, Maria C.M.Chersky, MarisaCantisani, Guido Pio Gracco2017-08-01T02:34:38Z19980101-5575http://hdl.handle.net/10183/164581000240705OBJETIVO: Investigar a prevalência do anti-VHC em 48 receptores renais e seus respectivos doadores. PACIENTES E MÉTODOS: Foi coletado sangue dos receptores pré-transplante, 6 meses e 1 ano pós-transplante; e dos doadores, no momento da nefrectomia. As 192 amostras foram conservadas a -20 °C. Os testes anti-VHC utilizados foram peptídeos sintéticos (UBI) e ELISA de segunda geração (Abbott). Nos pacientes com positividade ao anti-VHC pelo teste UBI, foi pesquisado o VHC-ARN por reação em cadeia da polimerase. RESULTADOS: Onze de 40 receptores foram anti-VHC positivos pelo teste da UBI e 12 de 48 pelo teste da Abbott pré-transplante. Dezesseis pacientes apresentaram positividade ao anti-VHC no período de 1 ano pós-operatório. Dois positivaram aos 6 meses e um em 1 ano. Um deles apresentou positividade também ao VHC-ARN. Nenhum paciente anti-VHC positivo seroconverteu com 1 ano de seguimento. Verificou-se a presença do VHC-ARN em 50% dos receptores renais. Três de 40 doadores foram anti-VHC positivos pelo teste UBI e 4 de 48 pelo teste Abbott. Dois doadores apresentaram positividade ao VHC-ARN. CONCLUSÕES: 1) A prevalência do anti-VHC pré-transplante foi alta, porém a seroconversão para anti-VHC positivo no seguimento de 1 ano foi baixa; 2) nenhum paciente anti-VHC positivo seroconverteu; 3) houve manutenção da positividade ao VHC-ARN demonstrando persistência da replicação viral apesar da imunossupressão; 4) os doadores anti-VHC positivos, mesmo com a presença do VHC-ARN não transmitiram a infecção através do enxerto renal no seguimento de 1 ano pós-operatório.OBJECTIVE: To detect the prevalence and the seroconversion of the anti-HCV in renal transplants, while evaluating the presence of this antibody at the time of the transplant, and during a 1-year follow-up, as well as the possibility of transmitting the disease to the recipient of the contaminated organ. PATIENTS AND METHODS: We investigated the prevalence of anti-HCV infection in 48 kidney transplant recipients, and also in their respective donors. Serum specimens were collected from the organ recipients right before kidney transplant, and 6 and 12 months after transplant; serum specimens were collected from donors at the time of nephroctomy. The 192 samples were stored at -20º C. The anti-HCV tests used were commercial kits based on synthetic HCV peptides (UBI), enzygnost anti-HCV (Boehringer), and Abbot HCV EIA 2nd generation. In patients with a positive anti-hepatitis C UBI test, the presence of HCV-RNA was verified by polymerase chain reaction RESULTS: Eleven of 40 patients had positive UBI results, and 12 of 48 had positive EIA anti-HCV results before the transplant. Sixteen patients were anti-HCV positive during the 1-year follow-up. Two patients became positive after 6 months, and one after 12 months. One of these patients was also HCV-RNA positive. No transplant recipient patient with positive anti-HCV before transplant seroconverted after 1 year. Fifty percent of the patients who received a kidney were HCV-RNA positive. Three of 40 donors indicated a positive anti-HCV antibody in the UBI test, and 4 of 48 donors indicated a positive anti-HCV antibody in the Boehringer and EIA tests. Two donors were HCV-RNA positive. CONCLUSIONS: The prevalence of anti-HCV before transplant was high, and the serconversion to positive was low during the follow-up; none of the anti-HCV positive patients seroconverted; the HCV-RNA positive patients did not change to negative after transplant, which indicates the persistence of viral replication even after immunosupression; anti-HCV positive donors, even in the presence of HCV-RNA, did not transmit the infection during 1 year after transplant.application/pdfporRevista HCPA. Porto Alegre. Vol. 18, n. 3 (dez. 1998), p. 250-258Transplante de rimHepatite CEstudos transversaisKidney transplantHepatitis CSerological testsPrevalência e incidência de hepatite C em pacientes submetidos a transplante renalHepatits C incidence and prevalence in kidney transplant patients info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000240705.pdf000240705.pdfTexto completoapplication/pdf38529http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164581/1/000240705.pdf04a6b46c899aaac374145afa4f25d834MD51TEXT000240705.pdf.txt000240705.pdf.txtExtracted Texttext/plain28864http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164581/2/000240705.pdf.txt16117d533214eb17a9d89abbf2a61313MD52THUMBNAIL000240705.pdf.jpg000240705.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1938http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164581/3/000240705.pdf.jpg66a7f0b7ba8a14484fd3fb15873898a1MD5310183/1645812021-05-26 04:32:38.447526oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164581Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-05-26T07:32:38Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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