O fantástico, o estranho e o maravilhoso nos curtas-metragens de Juliana Rojas

• Autor(a) principal: Rodrigues, Aline Silveira
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/211941
• topic: Filme de curta-metragem; Linguagem cinematográfica; Fantastic; Strange; Wonderful; Short Film; Juliana Rojas

Este trabalho tem como objetivo analisar de que maneira os elementos da linguagem cinematográfica (a iluminação, o som e o cenário), estão inseridos nos curtas-metragens da cineasta Juliana Rojas para a criação do "efeito fantástico" na narrativa, e como esses elementos se relacionam aos universos do fantástico, do estranho e do maravilhoso para discutir temáticas como: a morte, o feminino e as relações de trabalho. Serão analisados os curtas: Notívago (2003), Nenhuma Carta para o Senhor Fernando (2005), O Lençol Branco (2004), A Criada da Condessa (2006), Pra Eu Dormir Tranquilo (2011) e O Duplo (2012). Desta forma, como suporte para o trabalho proposto, os métodos utilizados foram a pesquisa bibliográfica e documental e a análise fílmica, para tratar do objeto de estudo selecionado (curtas-metragens). No segundo capítulo, será realizada uma definição dos principais conceitos relacionados ao universo fantástico e seus subgêneros como o estranho e o maravilhoso, através dos autores Tzevtan Todorov (2004), Remo Ceserani (2006), Selma Rodrigues (1988), Filipe Furtado (1980) e Jean Paul Sartre (2005) – autores referenciais na teoria literária, levando em consideração os atravessamentos que permeiam os conceitos do fantástico clássico ao contemporâneo. Tendo em vista que não há bibliografia prévia relacionada à vida e à obra da diretora Rojas, o terceiro capítulo propõe realizar uma apresentação de suas produções cinematográficas, desde os primeiros exercícios produzidos na Universidade de Comunicações e Artes de São Paulo à vasta relação de curtas-metragens desenvolvidos no decorrer de sua carreira como cineasta, roteirista e montadora, analisando a narrativa dos curtas em relação aos gêneros fantásticos em que se enquadram. Para essa apresentação, serão utilizados os próprios filmes e informações em sites e demais matérias sobre a cineasta, e entrevistas dadas por ela. No quarto capítulo, ampliaremos a análise inicial às sequências de vários curtas-metragens, a fim de compreender quais e de que maneira, os elementos no ato fílmico utilizados pela cineasta constituem a atmosfera fantástica de seus curtas-metragens. Cruzando objeto e teoria, chegou-se às seguintes categorias de análise que organizam o capítulo: o uso das sombras na iluminação, diálogos e objetos sonoros e a construção do cenário para o efeito fantástico. Por fim, concluímos que o cinema de Juliana Rojas perpassa os universos do fantástico, do estranho e do maravilhoso, alternando entre situações características do fantástico clássico ao contemporâneo através do conflito entre luz e sombra na narrativa, no estranhamento do uso de sons do cotidiano e, na inserção de elementos no cenário que interagem com os protagonistas e produzem sentidos ambíguos no espectador.