Rinossinusite fúngica invasiva aguda com desfecho favorável

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kang, Suzie Hyeona
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Migliavacca, Raphaella de Oliveira, Piltcher, Otavio Bejzman
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/159327
Resumo: A rinossinusite fúngica invasiva aguda é uma patologia que afeta principalmente pacientes imunocomprometidos, tendo morbidade e mortalidade elevadas. Apresentamos um caso de aspergilose invasiva aguda em paciente imunocomprometido, que apresentou bom desfecho pelo diagnóstico precoce e rápida intervenção. Relato de caso: Menina de 13 anos com diagnóstico de leucemia mieloide aguda interna por neutropenia febril após quimioterapia. TC seios da face mostrou opacificação parcial dos seios à esquerda. Leucograma revelou contagem de 880 leucócitos totais. À endoscopia nasal, constatou-se corneto médio isquêmico à esquerda. Levada de urgência ao bloco cirúrgico e realizado debridamento amplo. Anatomopatológico revelou áreas de necrose isquêmica e estruturas fúngicas angioinvasivas, compatíveis com aspergilose. Exame de cultura de fungo confirmou Aspergillus flavus. Iniciado tratamento com voriconazol. Paciente realiza acompanhamento com a Oncologia Pediátrica, mantendo-se em remissão oncológica e sem recidiva fúngica. A frequência das infecções micóticas do nariz e seios paranasais vem aumentando nas últimas décadas. Há um quadro febril, com ou sem sintomas nasais, sem resposta a antibióticos. Endoscopia nasal é o exame mais importante. O corneto médio costuma ser mais acometido. Não há sinais patognomônicos na TC, servindo mais como um instrumento de diagnóstico diferencial, planejamento e monitoramento pós-terapêutico. A correção concomitante de qualquer distúrbio metabólico ou imunológico subjacente é o fator prognóstico mais importante. Deve ser introduzida terapia antifúngica associada ao debridamento cirúrgico. O risco de contaminação fúngica pode ser minimizado com cuidados de exposição do paciente neutropênico e com a implantação de unidades de internação com filtros HEPA.
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Exame de cultura de fungo confirmou Aspergillus flavus. Iniciado tratamento com voriconazol. Paciente realiza acompanhamento com a Oncologia Pediátrica, mantendo-se em remissão oncológica e sem recidiva fúngica. A frequência das infecções micóticas do nariz e seios paranasais vem aumentando nas últimas décadas. Há um quadro febril, com ou sem sintomas nasais, sem resposta a antibióticos. Endoscopia nasal é o exame mais importante. O corneto médio costuma ser mais acometido. Não há sinais patognomônicos na TC, servindo mais como um instrumento de diagnóstico diferencial, planejamento e monitoramento pós-terapêutico. A correção concomitante de qualquer distúrbio metabólico ou imunológico subjacente é o fator prognóstico mais importante. Deve ser introduzida terapia antifúngica associada ao debridamento cirúrgico. O risco de contaminação fúngica pode ser minimizado com cuidados de exposição do paciente neutropênico e com a implantação de unidades de internação com filtros HEPA.Acute invasive fungal sinusitis is a disease that affects primarily immunocompromised patients causing high morbidity and mortality. We present a case of acute invasive aspergillosis in an immunocompromised patient that evolved with a good outcome resulting from early diagnosis and rapid intervention. Case report: a thirteen year-old girl diagnosed with acute myeloid leukemia admitted for febrile neutropenia after chemotherapy. Sinus CT revealed partial opacification of left sinuses. Blood tests showed a number of total leukocytes, count 880. In the nasal endoscopy, we found a left middle turbinate ischemia. Patient was taken to surgical emergency and submitted to extensive debridement. Pathological examination revealed areas of ischemic necrosis and angioinvasive fungal structures consistent with aspergillosis. Examination confirmed Aspergillus flavus; Voriconazole was introduced. Follow-up was performed by pediatric oncology; cancer kept in remission without fungal recurrence. The incidence of fungal infections of the nose and paranasal sinuses has been increasing in recent decades. Fever unresponsive to antibiotics, with or without nasal symptoms, is the most suggestive sign of this disease that typically affects the middle turbinate. Nasal endoscopy is its most effective diagnostic test. There are no pathognomonic signs using CT, which serves more as a post-treatment tool for differential diagnosis, planning, and monitoring. Concomitant correction of any underlying metabolic or immune disorder is the most important prognostic factor. Antifungal therapy should be introduced and associated with surgical debridement. Risk of fungal contamination can be minimized with care of exposure of neutropenic patients, and with the implantation of hospitalization units with HEPA filters.application/pdfporRevista HCPA. Porto Alegre. Vol. 32, n. 3, (2012), p. 348-353AspergiloseImunossupressãoSinusiteFungal rhinosinusitisAspergilosisImmunosupressionRinossinusite fúngica invasiva aguda com desfecho favorávelAcute invasive fungal rhinosinusitis with favorable outcome info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001014653.pdf001014653.pdfTexto completoapplication/pdf1069297http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159327/1/001014653.pdfb1c3b9119aad4f07b641fda95888080eMD51TEXT001014653.pdf.txt001014653.pdf.txtExtracted Texttext/plain16269http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159327/2/001014653.pdf.txt00edc504925e31e1f319bbfc90acd941MD52THUMBNAIL001014653.pdf.jpg001014653.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1966http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159327/3/001014653.pdf.jpg2e4849840b2e8aba403d804e40b12b5dMD5310183/1593272018-10-22 08:22:44.366oai:www.lume.ufrgs.br:10183/159327Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-22T11:22:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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