Prevalencia de hipertensão arterial sistêmica e fatores associados na região urbana de Porto Alegre : estudo de base populacional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1994 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/226234 |
Resumo: | Objetivo - Avaliar a prevalência atual de hipertensão arterial sistêrnica (HAS) em Porto Alegre, RS, e sua associação com fatores biológicos, sócios-econômicos e de exposição anbiental. Métodos - Estudo observational, analítico, de delineamento transversal de uma amostra representativa dos adultos da região urbana e com adequado poder para descrever as condições de interesse (N= 1.091), definida por seleção aleatória em estágios múltiplos e conglomerados. Os dados foram obtidos no domicílio, através de questionário e determinação de parâmetros físicos em condições padronizadas. A media de duas aferições da pressão arterial (PA) foi utilizada nas análises. Resultados - A prevalência de HAS foi de 12,6% (IC=10,6 a 14,6), pelo critério de 160/95mmHg, subindo para 19,2% (IC= 16,9 a 21,5) quando se adicionaram os individuos com PA normal, usando anti-hipertensivos. Pelo critério de 140/9OmmHg, as prevalências correspondentes foram de 25,8 (IC= 23,2 a 28,4) e de 29,8% (IC= 27,1 a 32,5). Dos indivíduos, 11% estavam usando anti-hipertensivos, estando 58,9% com a PA controlada frente ao critério de 160/95mmHg e 35,5% quando se considerou a PA de 140/90mmHg. Pelo critério de 160/95mmHg, 57,7% dos 137 hipertensos sabiam ser hipertensos. O índice de massa corporal foi superior a 27kg/m2 em 28% dos entrevistados, 15,5% abusavam de bebidas alcoólicas, 35,1% eram fumantes e 17,8% ex-fumantes. A prevalência de HAS aumentou com a idade e foi maior nos obesos, com história familiar de hipertensão, de menor escolaridade e abusadores de álcool (consumo ³30g/dia). Em um modelo de regressão logística, demonstrou-se que estas características tinham associação independente das demais. Conclusão - Os indicadores de HAS em Porto Alegre não evoluíram favoravelmente nos últimos 15 anos, com insuficiente conhecimento do diagnóstico por parte dos entrevistados e grau de controle entre os tratados ainda não satisfatório, confirmando a associação de HA S com fatores de risco bem conhecidos. |
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Fuchs, Flávio DanniMoreira, Leila BeltramiMoraes, Renan StollBredemeier, MarkusCardozo, Silvia E.C.2021-08-27T04:20:16Z19940066-782Xhttp://hdl.handle.net/10183/226234000036143Objetivo - Avaliar a prevalência atual de hipertensão arterial sistêrnica (HAS) em Porto Alegre, RS, e sua associação com fatores biológicos, sócios-econômicos e de exposição anbiental. Métodos - Estudo observational, analítico, de delineamento transversal de uma amostra representativa dos adultos da região urbana e com adequado poder para descrever as condições de interesse (N= 1.091), definida por seleção aleatória em estágios múltiplos e conglomerados. Os dados foram obtidos no domicílio, através de questionário e determinação de parâmetros físicos em condições padronizadas. A media de duas aferições da pressão arterial (PA) foi utilizada nas análises. Resultados - A prevalência de HAS foi de 12,6% (IC=10,6 a 14,6), pelo critério de 160/95mmHg, subindo para 19,2% (IC= 16,9 a 21,5) quando se adicionaram os individuos com PA normal, usando anti-hipertensivos. Pelo critério de 140/9OmmHg, as prevalências correspondentes foram de 25,8 (IC= 23,2 a 28,4) e de 29,8% (IC= 27,1 a 32,5). Dos indivíduos, 11% estavam usando anti-hipertensivos, estando 58,9% com a PA controlada frente ao critério de 160/95mmHg e 35,5% quando se considerou a PA de 140/90mmHg. Pelo critério de 160/95mmHg, 57,7% dos 137 hipertensos sabiam ser hipertensos. O índice de massa corporal foi superior a 27kg/m2 em 28% dos entrevistados, 15,5% abusavam de bebidas alcoólicas, 35,1% eram fumantes e 17,8% ex-fumantes. A prevalência de HAS aumentou com a idade e foi maior nos obesos, com história familiar de hipertensão, de menor escolaridade e abusadores de álcool (consumo ³30g/dia). Em um modelo de regressão logística, demonstrou-se que estas características tinham associação independente das demais. Conclusão - Os indicadores de HAS em Porto Alegre não evoluíram favoravelmente nos últimos 15 anos, com insuficiente conhecimento do diagnóstico por parte dos entrevistados e grau de controle entre os tratados ainda não satisfatório, confirmando a associação de HA S com fatores de risco bem conhecidos.Purpose - To evaluate the contemporaneous prevalence of hypertension in Porto Alegre, RS, and its association with biological socioeconomic and environmental factors Methods - It was done an observational and analytical study with a crossectional design, of a representative sample of the adults of the urban region. The study was planned with a power to describe the main estimates with 0,5% confidence limits of ± 2%. One thousand and ninety one individuals, selected at random in conglomerates and in a multiple stage process, were interviewed. The data were obtained in the domiciles through standardized and physical examination. Results - The prevalence of hypertension, defined by blood pressure (BP) ³160/95mrnHg, was 126% (CI= 10.6 to 14.6). Considering as hypertensives the individuals with BP <160/95mmHg under drug treatment, the prevalence mcreasecl to 19.2% (CI= 16.9 to 21.5). The corresponding figures for the 140/ 90mmHg criteria were 25.8% (Cl= 23.2 to 28.4) and 29.8% (CI= 27.1 to 32.5). Among those using and-hypertensive drugs (11%), 58.9 had BP <160/ 95mmHg and 35.5% <140/90mmHg; 57.7% of the hypertensives (160/95 criteria) were aware of diagnosis; 28% had body mass index above 27kg/m2, 15.5% consumed more than 30g per day of ethanol, 35.1% were smokers and 17.8% ax-smokers The prevalence increased with age and was higher in individuals with obesity, strong family history of hypertension, low education and in those which abusedirom alcoholic beverages. In a logistic regression model, these putative risk factors showed to be independent of others. Conclusion - The contemporaneous prevalence of hypertension in Porto Alegre demonstrates that the prevalence rates have not decreased in the last 15 years. It was also shown an inadequate BP control in almost 50% of those under drug treatment, and finally, the association of hypertension with well-known risk factors.application/pdfporArquivos Brasileiros de Cardiologia. Sao Paulo. Vol. 63, n. 6 (1994), p. 473-479.HipertensãoFatores de riscoFatores socioeconômicosPopulação urbanaEstudos transversaisPorto Alegre (RS)HypertensionEpidemiologyRisk factorsPrevalencia de hipertensão arterial sistêmica e fatores associados na região urbana de Porto Alegre : estudo de base populacionalPrevalence of hypertension and associate risk factors in Porto Alegre metropolitan area : pulational-based studyinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000036143.pdf.txt000036143.pdf.txtExtracted Texttext/plain35099http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/226234/2/000036143.pdf.txt23fcff7ff04b14e17cfea878ab38bd34MD52ORIGINAL000036143.pdfTexto completoapplication/pdf67859http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/226234/1/000036143.pdf7efae7de0822513e1e82a91c43709e62MD5110183/2262342024-01-24 05:21:19.0466oai:www.lume.ufrgs.br:10183/226234Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2024-01-24T07:21:19Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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