O direito de herança do cônjuge supérstite no regime da comunhão parcial de bens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Anaurelino Negri da Costa
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/27348
Resumo: O regime de bens na lei brasileira vem ao longo das décadas tentando se adequar à célere transformação sócio-cultural da era da informação. A velocidade com a qual os valores e costumes foram sendo suavemente redesenhados alçou magistrados e legisladores à dura tarefa de manter coerência e eqüidade nas relações patrimoniais que regem as uniões familiares. Com as adaptações de institutos já existentes e a inserção de outros novos, certos aspectos legais sobre o patrimônio familiar acabaram sem sintonia. Dentre eles, a abrangência do direito à herança do cônjuge supérstite quando da morte do de cujus, na vigência do regime da comunhão parcial de bens, e após quase uma década de embates sobre este tema, ainda não se alcançou uma resposta definitiva. Os juristas que se debruçam sobre esta questão estão divididos em três correntes e esse trabalho visa explorar cada qual delas, mostrando suas justificativas, bem como seus encaixes e desencaixes diante do ordenamento nacional. A corrente majoritária se resguarda nas normas estabelecidas para as outras modalidades de regime de bens do casamento, mas o faz sem nenhum indicativo legal expresso, e, desconsiderando a contradição entre essa leitura e a solução existente para a mesma comunhão parcial no não tão distante instituto da união estável. Entre as correntes minoritárias, uma preconiza a leitura objetiva do dispositivo, que leva ao entendimento de direito de herança sobre o patrimônio total pelo cônjuge, porém essa interpretação profundamente literal acarreta uma grande iniqüidade. A restante busca solucionar a proteção do patrimônio individual e manter-se coerente com aquilo que já é aplicado para comunhão parcial na união estável, entretanto, esbarra no texto legal e no enraizamento da magistratura na concepção de a presença de meação acarretar vedação à herança.
id UFRGS-2_59446061f1b81c19c708eb9abd749cd9
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/27348
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Silva, Anaurelino Negri da CostaBannura, Jamil Andraus Hanna2011-01-08T06:01:24Z2010http://hdl.handle.net/10183/27348000764655O regime de bens na lei brasileira vem ao longo das décadas tentando se adequar à célere transformação sócio-cultural da era da informação. A velocidade com a qual os valores e costumes foram sendo suavemente redesenhados alçou magistrados e legisladores à dura tarefa de manter coerência e eqüidade nas relações patrimoniais que regem as uniões familiares. Com as adaptações de institutos já existentes e a inserção de outros novos, certos aspectos legais sobre o patrimônio familiar acabaram sem sintonia. Dentre eles, a abrangência do direito à herança do cônjuge supérstite quando da morte do de cujus, na vigência do regime da comunhão parcial de bens, e após quase uma década de embates sobre este tema, ainda não se alcançou uma resposta definitiva. Os juristas que se debruçam sobre esta questão estão divididos em três correntes e esse trabalho visa explorar cada qual delas, mostrando suas justificativas, bem como seus encaixes e desencaixes diante do ordenamento nacional. A corrente majoritária se resguarda nas normas estabelecidas para as outras modalidades de regime de bens do casamento, mas o faz sem nenhum indicativo legal expresso, e, desconsiderando a contradição entre essa leitura e a solução existente para a mesma comunhão parcial no não tão distante instituto da união estável. Entre as correntes minoritárias, uma preconiza a leitura objetiva do dispositivo, que leva ao entendimento de direito de herança sobre o patrimônio total pelo cônjuge, porém essa interpretação profundamente literal acarreta uma grande iniqüidade. A restante busca solucionar a proteção do patrimônio individual e manter-se coerente com aquilo que já é aplicado para comunhão parcial na união estável, entretanto, esbarra no texto legal e no enraizamento da magistratura na concepção de a presença de meação acarretar vedação à herança.The system of property regimes in Brazil has over the decades trying to adapt to rapidly socio-cultural changing in this information age. Judges and legislators have risen to the daunting task of keeping consistency and equity in the property relationships that govern family unions, motivated by the speed with which the values and customs have been mildly redesigned. With adaptations of existing institutes and insertion of new ones, certain aspects of the family assets are now out of tune. Among them, the scope of the surviving spouse’s right to inherit upon the death of the deceased, under the system of partial property, and after almost a decade of discussions on this topic has not yet reached a definitive answer. The lawyers who focus on this issue are divided into three streams, and the present academic work aims explore each of them, showing his justifications, as well as their docking and undocking on National Law. The major current defend the use of the standards established for other types of property regimes on matrimony, but not expressed in writing Law and disregarding the contradiction between this reading and the existing solution the same regime, when not in marriage, but in the domestic partnership. Among the current minority, some advocates the objective reading of the device, which leads to understanding of right of inheritance over all patrimony by the surviving spouse, but this deeply literal interpretation carries to unfair scenarios. Others seeks to solve lack of protection in heritage to the not-mutual property, an idea that is consistent with what is already applied to partial communion property regime in domestic partnership, however, stops in the legal text and in the rooting idea of the courts about the presence of sharecropping do not accept inheritance by the surviving spouse.Le régime de propriété en droit brésilien arrive décennies à tenter de s'adapter aux rapides changements sociaux dans l'ère de l'information. La rapidité avec laquelle valeurs et les coutumes ont été légèrement remanié a levé juges et les législateurs a la lourde tâche de maintien de cohérence et l'équité dans les relations de propriété qui régissent mariages. Avec des adaptations des instituts existants et l'insertion de nouvelles, certains aspects juridiques des biens de la famille est devenue douteuse. Parmi eux, le champ d'application du droit d'hériter du conjoint survivant au décès du défunt, sous le régime de la propriété partielle, et après presque une décennie de débats sur ce sujet n'a pas encore atteint une réponse définitive. Les avocats qui se concentrent sur cette question sont divisés en trois volets, et ce travail vise à explorer chacun d'eux, en montrant ses justifications, et de leur adéquation ou l'inadéquation devant la loi nationale. Les principaux courants respecter les normes déjà établies pour d'autres types de Régimes Matrimoniaux, Toutefois, sans autorisation légale spécifique, et, ignorant la contradiction entre cette lecture et la solution existante pour la même communion partielle dans le pas trop lointain Institut de pacte civil de solidarité. Parmi la minorité actuelle est favorable à une lecture objective des dispositions de la loi, ce qui conduit à la compréhension du droit de succession sur le total des actifs par le conjoint, Mais cette interprétation littérale entraîne une grande méchanceté. La quête reste en cours pour résoudre la protection des biens individuels et rester cohérent avec ce qui est déjà appliquée à la communion partielle dans le pacte civil de solidarité, cependant, s'arrête dans le texte juridique et l'enracinement du pouvoir judiciaire dans la conception de la présence de métayage les empêcher d'hériter.application/pdfporDireito de famíliaSucessãoComunhão parcial de bensRegime de bens : CasamentoFamily lawInheritanceMarriageProperty regimePartial communionDroit de la familleHéritageMariageRégimes matrimoniauxCommunion partielleO direito de herança do cônjuge supérstite no regime da comunhão parcial de bensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de DireitoPorto Alegre, BR-RS2010Ciências Jurídicas e Sociaisgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000764655.pdf000764655.pdfTexto completoapplication/pdf303335http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/27348/1/000764655.pdf8dca0af5449aab370057f7a2b81df311MD51TEXT000764655.pdf.txt000764655.pdf.txtExtracted Texttext/plain109583http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/27348/2/000764655.pdf.txtbffede09835b926bcf461197bebbbe86MD52THUMBNAIL000764655.pdf.jpg000764655.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1002http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/27348/3/000764655.pdf.jpgc546d7d563cc3395a2646b6e944fbcd6MD5310183/273482018-10-11 08:49:32.109oai:www.lume.ufrgs.br:10183/27348Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-11T11:49:32Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O direito de herança do cônjuge supérstite no regime da comunhão parcial de bens
title O direito de herança do cônjuge supérstite no regime da comunhão parcial de bens
spellingShingle O direito de herança do cônjuge supérstite no regime da comunhão parcial de bens
Silva, Anaurelino Negri da Costa
Direito de família
Sucessão
Comunhão parcial de bens
Regime de bens : Casamento
Family law
Inheritance
Marriage
Property regime
Partial communion
Droit de la famille
Héritage
Mariage
Régimes matrimoniaux
Communion partielle
title_short O direito de herança do cônjuge supérstite no regime da comunhão parcial de bens
title_full O direito de herança do cônjuge supérstite no regime da comunhão parcial de bens
title_fullStr O direito de herança do cônjuge supérstite no regime da comunhão parcial de bens
title_full_unstemmed O direito de herança do cônjuge supérstite no regime da comunhão parcial de bens
title_sort O direito de herança do cônjuge supérstite no regime da comunhão parcial de bens
author Silva, Anaurelino Negri da Costa
author_facet Silva, Anaurelino Negri da Costa
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Anaurelino Negri da Costa
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bannura, Jamil Andraus Hanna
contributor_str_mv Bannura, Jamil Andraus Hanna
dc.subject.por.fl_str_mv Direito de família
Sucessão
Comunhão parcial de bens
Regime de bens : Casamento
topic Direito de família
Sucessão
Comunhão parcial de bens
Regime de bens : Casamento
Family law
Inheritance
Marriage
Property regime
Partial communion
Droit de la famille
Héritage
Mariage
Régimes matrimoniaux
Communion partielle
dc.subject.eng.fl_str_mv Family law
Inheritance
Marriage
Property regime
Partial communion
dc.subject.spa.fl_str_mv Droit de la famille
Héritage
Mariage
Régimes matrimoniaux
Communion partielle
description O regime de bens na lei brasileira vem ao longo das décadas tentando se adequar à célere transformação sócio-cultural da era da informação. A velocidade com a qual os valores e costumes foram sendo suavemente redesenhados alçou magistrados e legisladores à dura tarefa de manter coerência e eqüidade nas relações patrimoniais que regem as uniões familiares. Com as adaptações de institutos já existentes e a inserção de outros novos, certos aspectos legais sobre o patrimônio familiar acabaram sem sintonia. Dentre eles, a abrangência do direito à herança do cônjuge supérstite quando da morte do de cujus, na vigência do regime da comunhão parcial de bens, e após quase uma década de embates sobre este tema, ainda não se alcançou uma resposta definitiva. Os juristas que se debruçam sobre esta questão estão divididos em três correntes e esse trabalho visa explorar cada qual delas, mostrando suas justificativas, bem como seus encaixes e desencaixes diante do ordenamento nacional. A corrente majoritária se resguarda nas normas estabelecidas para as outras modalidades de regime de bens do casamento, mas o faz sem nenhum indicativo legal expresso, e, desconsiderando a contradição entre essa leitura e a solução existente para a mesma comunhão parcial no não tão distante instituto da união estável. Entre as correntes minoritárias, uma preconiza a leitura objetiva do dispositivo, que leva ao entendimento de direito de herança sobre o patrimônio total pelo cônjuge, porém essa interpretação profundamente literal acarreta uma grande iniqüidade. A restante busca solucionar a proteção do patrimônio individual e manter-se coerente com aquilo que já é aplicado para comunhão parcial na união estável, entretanto, esbarra no texto legal e no enraizamento da magistratura na concepção de a presença de meação acarretar vedação à herança.
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2011-01-08T06:01:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/27348
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000764655
url http://hdl.handle.net/10183/27348
identifier_str_mv 000764655
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/27348/1/000764655.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/27348/2/000764655.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/27348/3/000764655.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 8dca0af5449aab370057f7a2b81df311
bffede09835b926bcf461197bebbbe86
c546d7d563cc3395a2646b6e944fbcd6
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224403808157696