Participação dos sistemas endocanabinoide e endovaniloide no processo de atualização da memória e flexibilização comportamental

• Autor(a) principal: Santos, Bruna dos
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/214535
• topic: Memória; Consolidação da memória; Aprendizagem; Hipocampo; Endocanabinóides; Receptor CB1 de canabinoide; Reconsolidation; Hippocampus; Endocannabinoid system; Endovanilloid system; Memory updating; Behavioral flexibility

A reconsolidação é um processo essencial para a sobrevivência das espécies, permitindo que os traços de memória sejam mais atualizados e possibilitando a adaptação dos animais ao ambiente e às novas experiências, sendo utilizado até mesmo como técnica em terapias psicológicas. Este trabalho trata sobre a participação do sistema endocanabinoide e do sistema endovaniloide na reconsolidação de memórias aversivas e espaciais e na flexibilização comportamental. A ativação de receptores canabinoides CB1 tem um papel essencial em promover a desestabilização do traço mnemônico, por este motivo, hipotetizamos que, quando uma memória é reativada, há um aumento na liberação de endocanabinoides (eCBs), o que possibilita a reconsolidação. Além disso, os eCBs podem interagir com outros sistemas neuronais, como o sistema vaniloide (receptores TRPV1, por exemplo). Primeiramente, utilizamos o protocolo de choque imediato, que permite incorporar novas informações e atualizar uma memória neutra a uma memória contextual aversiva. Encontramos que a infusão de AM251, um antagonista CB1, ou Capsazepina, um antagonista TRPV1, no hipocampo 20 minutos antes do treino, prejudicou a atualização da memória. Depois, avaliamos a flexibilização comportamental através do aprendizado reverso no labirinto aquático de Morris. Demonstramos que os receptores CB1, mas não os TRPV1, são necessários para a modificação da memória espacial. Juntos, nossos resultados demonstram que a atividade dos receptores CB1 é crucial para a modificação das memórias, independentemente do tipo de memória, e que algumas memórias podem ter mecanismos específicos.