Polimorfismos em genes envolvidos na regulação do sistema imune e o risco de desenvolvimento de inibidores em hemofílicos A graves
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/31116 |
Resumo: | A hemofilia A é uma das doenças hemorrágicas mais frequentes da via intrínseca da cascata de coagulação sanguínea. Ela é causada pela redução da atividade do fator VIII da coagulação, devido a alterações no gene desse fator. O tratamento envolve terapia de reposição do fator VIII, que é efetiva na maioria dos casos. Entretanto, uma das principais complicações que ocorre no tratamento desses pacientes é a formação de anticorpos (inibidores) que inibem a atividade coagulante do fator infundido. Tanto fatores genéticos quanto não-genéticos influenciam a suscetibilidade no desenvolvimento de inibidores. Em particular, o tipo de mutação no gene do fator VIII parece contribuir consideravelmente para o risco, sendo as inversões dos introns 1 e 22 em pacientes graves as mais associadas com o quadro. O genótipo HLA e de outros genes que regulam o sistema imune também tem papel importante no desenvolvimento dos anticorpos. O objetivo deste estudo é avaliar se polimorfismos em genes envolvidos na regulação do sistema imune podem conferir suscetibilidade ao desenvolvimento de inibidores no tratamento de pacientes com hemofilia A grave do sul do Brasil. Foi avaliada a distribuição dos polimorfismos de inserção/deleção de 14pb (rs1704) e do SNP +3142C/G (rs1063320) no gene HLA-G e do SNP C1858T (rs2476601) no gene PTPN22, que têm sido amplamente relacionados com doenças autoimunes e outras patologias. Moléculas de HLA-G solúvel funcionam como múltiplos imunorreguladores, e a tirosina fosfatase codificada por PTPN22 previne a ativação espontânea de células T. Foram estudados 171 pacientes eurodescendentes com hemofilia A grave, previamente genotipados para as inversões nos introns 1 e 22. Os polimorfismos foram genotipados por PCR (Ins/Del 14pb) ou PCR/RFLP (SNPs). Os grupos com inibidor e sem inibidor apresentaram distribuição genotípica consistente com a predita pelo equilíbrio de Hardy-Weinberg, em todos os polimorfismos analisados. As frequências genotípicas e alélicas em pacientes com inibidores não foram significativamente diferentes das observadas no grupo sem inibidores, para os três polimorfismos estudados. Considerando somente os pacientes que possuem as inversões dos introns 1 e 22, nenhum dos polimorfismos influenciou o desenvolvimento de inibidores. Ainda, não houve interação entre as variantes genéticas e a presença de inversões no desenvolvimento de inibidores. Em uma análise multivariada, controlando-se para a presença das inversões, nenhum dos polimorfismos foi considerado fator de risco para o desenvolvimento de inibidores. Além disso, nenhuma relação foi encontrada entre combinações específicas dos alelos do HLA-G e a produção de anticorpos. Os resultados obtidos sugerem a falta de associação entre os polimorfismos HLA-G ±14pb, HLA-G +3142C/G e PTPN22 C1858T e o desenvolvimento de inibidores em nossa população de estudo. Um estudo anterior realizado na Itália com o polimorfismo em PTPN22 apresentou resultados concordantes com os do presente estudo. Outros estudos que envolvam os fatores de risco imunológicos, genéticos e ambientais podem ser interessantes para a melhor compreensão da patogênese da formação de inibidores. |
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Rosset, CléviaBandinelli, Eliane2011-08-16T06:01:25Z2010http://hdl.handle.net/10183/31116000780860A hemofilia A é uma das doenças hemorrágicas mais frequentes da via intrínseca da cascata de coagulação sanguínea. Ela é causada pela redução da atividade do fator VIII da coagulação, devido a alterações no gene desse fator. O tratamento envolve terapia de reposição do fator VIII, que é efetiva na maioria dos casos. Entretanto, uma das principais complicações que ocorre no tratamento desses pacientes é a formação de anticorpos (inibidores) que inibem a atividade coagulante do fator infundido. Tanto fatores genéticos quanto não-genéticos influenciam a suscetibilidade no desenvolvimento de inibidores. Em particular, o tipo de mutação no gene do fator VIII parece contribuir consideravelmente para o risco, sendo as inversões dos introns 1 e 22 em pacientes graves as mais associadas com o quadro. O genótipo HLA e de outros genes que regulam o sistema imune também tem papel importante no desenvolvimento dos anticorpos. O objetivo deste estudo é avaliar se polimorfismos em genes envolvidos na regulação do sistema imune podem conferir suscetibilidade ao desenvolvimento de inibidores no tratamento de pacientes com hemofilia A grave do sul do Brasil. Foi avaliada a distribuição dos polimorfismos de inserção/deleção de 14pb (rs1704) e do SNP +3142C/G (rs1063320) no gene HLA-G e do SNP C1858T (rs2476601) no gene PTPN22, que têm sido amplamente relacionados com doenças autoimunes e outras patologias. Moléculas de HLA-G solúvel funcionam como múltiplos imunorreguladores, e a tirosina fosfatase codificada por PTPN22 previne a ativação espontânea de células T. Foram estudados 171 pacientes eurodescendentes com hemofilia A grave, previamente genotipados para as inversões nos introns 1 e 22. Os polimorfismos foram genotipados por PCR (Ins/Del 14pb) ou PCR/RFLP (SNPs). Os grupos com inibidor e sem inibidor apresentaram distribuição genotípica consistente com a predita pelo equilíbrio de Hardy-Weinberg, em todos os polimorfismos analisados. As frequências genotípicas e alélicas em pacientes com inibidores não foram significativamente diferentes das observadas no grupo sem inibidores, para os três polimorfismos estudados. Considerando somente os pacientes que possuem as inversões dos introns 1 e 22, nenhum dos polimorfismos influenciou o desenvolvimento de inibidores. Ainda, não houve interação entre as variantes genéticas e a presença de inversões no desenvolvimento de inibidores. Em uma análise multivariada, controlando-se para a presença das inversões, nenhum dos polimorfismos foi considerado fator de risco para o desenvolvimento de inibidores. Além disso, nenhuma relação foi encontrada entre combinações específicas dos alelos do HLA-G e a produção de anticorpos. Os resultados obtidos sugerem a falta de associação entre os polimorfismos HLA-G ±14pb, HLA-G +3142C/G e PTPN22 C1858T e o desenvolvimento de inibidores em nossa população de estudo. Um estudo anterior realizado na Itália com o polimorfismo em PTPN22 apresentou resultados concordantes com os do presente estudo. Outros estudos que envolvam os fatores de risco imunológicos, genéticos e ambientais podem ser interessantes para a melhor compreensão da patogênese da formação de inibidores.application/pdfporHemostasiaHemofilia APolimorfismo genéticoSistema imunológicoPolimorfismos em genes envolvidos na regulação do sistema imune e o risco de desenvolvimento de inibidores em hemofílicos A gravesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePorto Alegre, BR-RS2010Biomedicinagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000780860.pdf.txt000780860.pdf.txtExtracted Texttext/plain119958http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31116/2/000780860.pdf.txtfc65a5b29cba9cadf849f6f3a77ea8bcMD52ORIGINAL000780860.pdf000780860.pdfTexto completoapplication/pdf529858http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31116/1/000780860.pdf52a149ab647f0c5b4243b4679cdcf55aMD51THUMBNAIL000780860.pdf.jpg000780860.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1160http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31116/3/000780860.pdf.jpgb2726c369ebaf36fecb12e07643f6e6aMD5310183/311162022-08-30 04:58:17.666421oai:www.lume.ufrgs.br:10183/31116Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-08-30T07:58:17Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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