Influência do aumento de cultivo de soja nas temperaturas de superfície no município de Aceguá - RS, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Isabel Rosa de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/265325
Resumo: Desde a introdução do cultivo da soja no território brasileiro, este se tornou, e atualmente é, o principal produto agrícola de exportação do Brasil. Entre os estados com maior produção, o Rio Grande do Sul ocupa o terceiro lugar, com a área cultivada com soja cobrindo cerca de 21% de sua área total. Em muitos casos, o aumento da produção de soja pode implicar um aumento na área cultivada em vez de um aumento na produtividade. No Rio Grande do Sul, isso significa retirar e substituir a vegetação nativa dos biomas Pampa e Mata Atlântica pela cultura da soja. Dado que a vegetação desempenha um papel essencial na definição das temperaturas superficiais locais, esta conversão do uso do solo pode causar alterações significativas nos padrões térmicos existentes num local específico. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo compreender como o aumento do cultivo da soja nas áreas de campo do bioma Pampa influenciou as temperaturas superficiais em Aceguá, RS, no período de 2004 a 2020, utilizando técnicas de Sensoriamento Remoto. A plataforma MapBiomas (Coleção 7) foi utilizada para obter as diferentes categorias de uso da terra e cobertura do solo do município. As imagens Landsat-5 e Landsat-8 (Coleção 2 - Nível 2) foram utilizadas para calcular as temperaturas da superfície. A orientação do terreno foi derivada do modelo digital de elevação SRTM para analisar a influência da direção da encosta nas temperaturas da superfície. Com esse conjunto de dados foi possível verificar que as áreas de soja apresentam temperaturas médias superficiais mais baixas do que as áreas de vegetação nativa campestre. Além disso, constatou-se que o aumento da produção de soja e a substituição das áreas de campo leva à diminuição das temperaturas superficiais locais no mês de fevereiro, quando a soja está em seu máximo desenvolvimento vegetativo.
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