Guardiãs de sementes crioulas : resgate da biodiversidade como ferramenta regenerativa e de autonomia feminina no Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/257290 |
Resumo: | O processo de modernização da agricultura, intensificado pela Revolução Verde, intensificou a perda de biodiversidade e o enfraquecimento da soberania alimentar da agricultura familiar. Nesse cenário, o trabalho das mulheres guardiãs de sementes crioulas se configura como uma potente ferramenta regenerativa agroecológica, construída a partir do resgate e preservação de saberes ancestrais. A presente pesquisa teve como propósito analisar o significado das sementes crioulas para as guardiãs, enquanto ferramenta de autonomia e soberania alimentar, considerando suas trajetórias de vida, métodos de armazenamento das sementes, dinâmicas sociais e o impacto do trabalho nas suas realidades. Para isso foram entrevistadas três guardiãs pertencentes a dois municípios do estado do Rio Grande do Sul, Canguçu e Ibarama. A metodologia da pesquisa é qualitativa, e durante as entrevistas foi utilizado um questionário com roteiro semiestruturado. Foi possível concluir que o trabalho desempenhado pelas guardiãs de sementes crioulas contribui, na perspectiva delas, para maior autonomia produtiva da propriedade, possibilita interação sociocultural com a comunidade e promove resistência à destruição da agrobiodiversidade. Além disso, os relatos evidenciam desafios resultantes da desigualdade de gênero e da invisibilidade do trabalho das mulheres rurais. |
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Ramalho, Thais TorresPenna, Camila2023-04-20T03:21:25Z2022http://hdl.handle.net/10183/257290001165927O processo de modernização da agricultura, intensificado pela Revolução Verde, intensificou a perda de biodiversidade e o enfraquecimento da soberania alimentar da agricultura familiar. Nesse cenário, o trabalho das mulheres guardiãs de sementes crioulas se configura como uma potente ferramenta regenerativa agroecológica, construída a partir do resgate e preservação de saberes ancestrais. A presente pesquisa teve como propósito analisar o significado das sementes crioulas para as guardiãs, enquanto ferramenta de autonomia e soberania alimentar, considerando suas trajetórias de vida, métodos de armazenamento das sementes, dinâmicas sociais e o impacto do trabalho nas suas realidades. Para isso foram entrevistadas três guardiãs pertencentes a dois municípios do estado do Rio Grande do Sul, Canguçu e Ibarama. A metodologia da pesquisa é qualitativa, e durante as entrevistas foi utilizado um questionário com roteiro semiestruturado. Foi possível concluir que o trabalho desempenhado pelas guardiãs de sementes crioulas contribui, na perspectiva delas, para maior autonomia produtiva da propriedade, possibilita interação sociocultural com a comunidade e promove resistência à destruição da agrobiodiversidade. Além disso, os relatos evidenciam desafios resultantes da desigualdade de gênero e da invisibilidade do trabalho das mulheres rurais.The process of agricultural modernization, intensified by the Green Revolution, triggered a loss of biodiversity and a weakening of the food sovereignty of family farming. In this scenario, the work of women guardians of creole seeds is configured as a powerful agroecological regenerative tool, built from the rescue and preservation of ancestral knowledge. The purpose of this research was to analyze the meaning of creole seeds for guardians, as a tool for autonomy and food sovereignty, considering their life trajectories, seed storage methods, social dynamics and the impact of work on their realities. For this, three guardians belonging to two municipalities in the state of Rio Grande do Sul, Canguçu and Ibarama, were interviewed. The research methodology is qualitative, and a semi-structured questionnaire was used during the interviews. With the results, it was possible to conclude that the work performed by the guardians of native seeds contributes to greater productive autonomy of the property, allows sociocultural interaction with the community and promotes resistance to the destruction of agrobiodiversity. In addition, the reports highlight challenges resulting from gender inequality and the invisibility of rural women's work.application/pdfporFeminismoAgroecologiaCamponesesSeed guardiansCreole seedsAgroecologyFood sovereigntyPeasant feminismGuardiãs de sementes crioulas : resgate da biodiversidade como ferramenta regenerativa e de autonomia feminina no Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPorto Alegre, BR-RS2022Ciências Sociais: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001165927.pdf.txt001165927.pdf.txtExtracted Texttext/plain89411http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/257290/2/001165927.pdf.txtd29e2fba13c199b7b3d9b51c1d428f9eMD52ORIGINAL001165927.pdfTexto completoapplication/pdf719098http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/257290/1/001165927.pdf431ecbade80fed49fa664c88ae612069MD5110183/2572902024-02-18 04:59:59.368483oai:www.lume.ufrgs.br:10183/257290Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2024-02-18T07:59:59Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O processo de modernização da agricultura, intensificado pela Revolução Verde, intensificou a perda de biodiversidade e o enfraquecimento da soberania alimentar da agricultura familiar. Nesse cenário, o trabalho das mulheres guardiãs de sementes crioulas se configura como uma potente ferramenta regenerativa agroecológica, construída a partir do resgate e preservação de saberes ancestrais. A presente pesquisa teve como propósito analisar o significado das sementes crioulas para as guardiãs, enquanto ferramenta de autonomia e soberania alimentar, considerando suas trajetórias de vida, métodos de armazenamento das sementes, dinâmicas sociais e o impacto do trabalho nas suas realidades. Para isso foram entrevistadas três guardiãs pertencentes a dois municípios do estado do Rio Grande do Sul, Canguçu e Ibarama. A metodologia da pesquisa é qualitativa, e durante as entrevistas foi utilizado um questionário com roteiro semiestruturado. Foi possível concluir que o trabalho desempenhado pelas guardiãs de sementes crioulas contribui, na perspectiva delas, para maior autonomia produtiva da propriedade, possibilita interação sociocultural com a comunidade e promove resistência à destruição da agrobiodiversidade. Além disso, os relatos evidenciam desafios resultantes da desigualdade de gênero e da invisibilidade do trabalho das mulheres rurais. |
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