Aleitamento materno e sua associação com o estado nutricional infantil após o sexto mês de vida : estudo de coorte Maternar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neves, Brenda Padilha das
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/252525
Resumo: Introdução: O leite materno (LM) é altamente recomendado para o recém-nascido, proporcionando benefícios como: redução da mortalidade neonatal e infantil, da prevalência de distúrbios nutricionais como excesso de peso, obesidade e diabetes e melhor QI. A introdução de outros líquidos ou alimentos precocemente na alimentação infantil não se faz necessária, podendo ser prejudicial para a continuidade do aleitamento materno (AM) e para o crescimento e o desenvolvimento infantil. Quando as fórmulas infantis ou a alimentação precoce são introduzidas em substituição ao LM, isso faz com que o consumo energético da criança aumente em torno de 15 a 20%, evidenciando que a introdução de outros alimentos, além do LM, é responsável pela alimentação hipercalórica do lactente, podendo gerar ganho de peso excessivo. Objetivos: Avaliar a associação entre o aleitamento materno e o estado nutricional da criança aos seis meses de idade, além de descrever os fatores associados à introdução precoce de alimentos. Métodos: Estudo de coorte conduzido entre 2018-2020, realizado em uma maternidade de referência no sul do Brasil. Foram entrevistadas puérperas no pós-parto imediato e coletados dados da caderneta de gestante A coleta de dados foi realizada durante a internação na maternidade e no período pós-parto por pesquisadores capacitados, a partir de questionários pré-testados em um estudo piloto. Na entrevista na maternidade, as puérperas eram selecionadas por amostra aleatória simples. Nesse momento, foram coletados dados socioeconômicos da mulher, estilo de vida, histórico obstétrico, assistência ao pré-natal e parto, dados do recém-nascido, além de fotografia da caderneta da gestante. Aos seis meses pós-parto, foi realizada entrevista via ligação telefônica. Foram estimados os Riscos Relativos (RR) brutos e ajustados e seus respectivos Intervalos de Confiança de 95% (IC95%) por meio de Regressão de Poisson com variância robusta a fim de identificar a associação entre o peso excessivo para a idade e o AM e AM exclusivo (AME) a partir do sexto mês de vida. Resultados: Foram incluídas 386 puérperas e seus respectivos bebês na amostra. A idade média das puérperas foi de 28,6 ± 6,48 anos, o IMC pré-gestacional médio foi de 26,7 ± 5,57 kg/m², peso médio ao nascer foi de 3251,4 ± 528,96 gramas, 88,3% das crianças nasceram a termo. A prevalência de AM até o sexto mês de idade foi de 69,2% com tempo médio de duração de 144,9 ± 59,8 dias, o AME até os seis meses de vida foi de 26,9% com média de duração de 97,1 ± 68,8 dias. A introdução alimentar precoce teve prevalência de 19,7%. Após ajuste para renda, peso ao nascer, idade gestacional, AM na primeira hora de vida e uso de fórmula infantil, as crianças que não estavam em AM aos seis 4 meses, apresentaram risco 10% maior (RR 1,10; IC 95% 1,00 - 1,20) de peso excessivo para a idade após os seis meses de vida. Conclusão: O AM foi considerado fator protetor contra o excesso de peso aos seis meses de vida. Considerando que os indicadores de AM ainda estão aquém das recomendações da OMS, e o quanto a introdução alimentar e o desmame precoce podem influenciar no estado nutricional infantil, são necessários mais estudos para descrever esta associação.
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Objetivos: Avaliar a associação entre o aleitamento materno e o estado nutricional da criança aos seis meses de idade, além de descrever os fatores associados à introdução precoce de alimentos. Métodos: Estudo de coorte conduzido entre 2018-2020, realizado em uma maternidade de referência no sul do Brasil. Foram entrevistadas puérperas no pós-parto imediato e coletados dados da caderneta de gestante A coleta de dados foi realizada durante a internação na maternidade e no período pós-parto por pesquisadores capacitados, a partir de questionários pré-testados em um estudo piloto. Na entrevista na maternidade, as puérperas eram selecionadas por amostra aleatória simples. Nesse momento, foram coletados dados socioeconômicos da mulher, estilo de vida, histórico obstétrico, assistência ao pré-natal e parto, dados do recém-nascido, além de fotografia da caderneta da gestante. Aos seis meses pós-parto, foi realizada entrevista via ligação telefônica. Foram estimados os Riscos Relativos (RR) brutos e ajustados e seus respectivos Intervalos de Confiança de 95% (IC95%) por meio de Regressão de Poisson com variância robusta a fim de identificar a associação entre o peso excessivo para a idade e o AM e AM exclusivo (AME) a partir do sexto mês de vida. Resultados: Foram incluídas 386 puérperas e seus respectivos bebês na amostra. A idade média das puérperas foi de 28,6 ± 6,48 anos, o IMC pré-gestacional médio foi de 26,7 ± 5,57 kg/m², peso médio ao nascer foi de 3251,4 ± 528,96 gramas, 88,3% das crianças nasceram a termo. A prevalência de AM até o sexto mês de idade foi de 69,2% com tempo médio de duração de 144,9 ± 59,8 dias, o AME até os seis meses de vida foi de 26,9% com média de duração de 97,1 ± 68,8 dias. A introdução alimentar precoce teve prevalência de 19,7%. Após ajuste para renda, peso ao nascer, idade gestacional, AM na primeira hora de vida e uso de fórmula infantil, as crianças que não estavam em AM aos seis 4 meses, apresentaram risco 10% maior (RR 1,10; IC 95% 1,00 - 1,20) de peso excessivo para a idade após os seis meses de vida. Conclusão: O AM foi considerado fator protetor contra o excesso de peso aos seis meses de vida. Considerando que os indicadores de AM ainda estão aquém das recomendações da OMS, e o quanto a introdução alimentar e o desmame precoce podem influenciar no estado nutricional infantil, são necessários mais estudos para descrever esta associação.Introduction: Breast milk (BM) is highly recommended for the newborn, providing benefits such as: reduction of neonatal and infant mortality, the prevalence of nutritional disorders such as overweight, obesity and diabetes and better IQ. The introduction of other liquids or foods early in infant feeding is not necessary, and may be harmful to the continuity of breastfeeding (BF) and to infant growth and development. When infant formulas or early feeding are introduced to replace BM, this causes the child's energy consumption to increase by around 15 to 20%, evidencing that the introduction of other foods, in addition to BM, is responsible for hypercaloric nutrition. of the infant, which may lead to excessive weight gain. Objectives: To assess the association between breastfeeding and the child's nutritional status at six months of age, in addition to describing the factors associated with the early introduction of foods. Methods: A cohort study conducted between 2018-2020, carried out in a reference maternity hospital in southern Brazil. Postpartum women were interviewed in the immediate postpartum period and data were collected from the pregnant woman's book. Data collection was carried out during hospitalization in the maternity hospital and in the postpartum period by trained researchers, based on pre-tested questionnaires in a pilot study. In the interview at the maternity hospital, the puerperal women were selected by a simple random sample. At that moment, socioeconomic data on the woman, lifestyle, obstetric history, prenatal care and delivery, newborn data, as well as a photograph of the pregnant woman's booklet were collected. At six months postpartum, an interview was conducted via telephone call. The crude and adjusted Relative Risks (RR) and their respective 95% Confidence Intervals (95%CI) were estimated using Poisson regression with robust variance in order to identify the association between overweight for age and BF and Exclusive BF (AME) from the sixth month of life. Results: Results: 386 postpartum women and their respective babies were included in the sample. The mean age of the puerperal women was 28.6 ± 6.48 years, the mean pre-gestational BMI was 26.7 ± 5.57 kg/m², the mean birth weight was 3251.4 ± 528.96 grams, 88.3% of the children were born at term. The prevalence of BF up to the sixth month of age was 69.2% with a mean duration of 144.9 ± 59.8 days, BF up to six months of age was 26.9% with a mean duration of 97.1 ± 68.8 days. Early food introduction had a prevalence of 19.7%. After adjusting for income, birth weight, gestational age, breastfeeding in the first hour of life, and use of infant formula, children who were not on breastfeeding at six months had a 10% higher risk (RR 1.10; 95% CI 1 .00 - 1.20) of excessive weight for age after six months of life. Conclusion: BF was considered a protective factor against overweight at six months of age. Considering that BF indicators are still below the WHO recommendations, and how much food introduction and early weaning can influence children's nutritional status, further studies are needed to describe this association.application/pdfporAleitamento maternoEstado nutricionalObesidade infantilBreastfeedingChild nutritional statusChild obesityAleitamento materno e sua associação com o estado nutricional infantil após o sexto mês de vida : estudo de coorte Maternarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2022Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001152774.pdf.txt001152774.pdf.txtExtracted Texttext/plain79175http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/252525/2/001152774.pdf.txt1a82d0426823da243cba3b23d939e8bcMD52ORIGINAL001152774.pdfTexto completoapplication/pdf1810430http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/252525/1/001152774.pdf4b7ca2e9361d2fdb54fa8efe378e1149MD5110183/2525252024-11-01 06:47:06.809542oai:www.lume.ufrgs.br:10183/252525Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-11-01T09:47:06Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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