Uso de pulseira de identificação em pacientes internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hoffmeister, Louise Viecili
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/69753
Resumo: A temática da segurança do paciente tem sido foco de inúmeras discussões na última década no mundo todo. Uma das estratégias adotadas para conferir mais segurança e qualidade aos serviços prestados em saúde centra-se na identificação correta dos pacientes. O uso de pulseiras de identificação no antebraço dos pacientes e placas nos leitos que possuam dados como o nome completo e número do registro do paciente são fundamentais para que se possa garantir que o paciente correto está recebendo o cuidado que pertence a ele. Dessa maneira, o presente estudo tem como objetivo geral avaliar o uso da pulseira de identificação em pacientes hospitalizados em unidade de internação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal, realizada em 19 unidades de internação do referido hospital. A amostra constituiu-se de 385 pacientes divididos de maneira proporcional a quantidade dos leitos de cada unidade, e adotando-se como critério de inclusão a internação do paciente nesses setores do hospital. Excluíram-se os pacientes de consultas ambulatoriais, pacientes de áreas de diagnósticos e sessões terapêuticas, pacientes cirúrgicos ambulatoriais, pacientes da emergência, pacientes do bloco cirúrgico, pacientes do centro de tratamento intensivo e pacientes do centro obstétrico, além dos pacientes que se negaram a participar da pesquisa ou não possuíam condições de assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A coleta de dados ocorreu no mês de novembro de 2012 por meio de método observacional mediante o preenchimento de um formulário estruturado para posterior conferência com os dados que constavam no prontuário online dos pacientes. Procedeu-se a análise pelo software SPSS 16.0 e apresentaram-se os resultados encontrados por meio de frequências relativas e absolutas. Obteve-se aprovação da Comissão de pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Comitê de Ética de Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação do HCPA sob o nº 120384. Os participantes assinaram o TCLE, o qual foi fornecido em duas vias de igual teor e que assegurava o anonimato e a livre participação. Como resultados obteve-se que dos 385 pacientes observados, 83,9% encontravam-se com a pulseira corretamente identificada de acordo com o POP da instituição, 11,9% possuíam a pulseira de identificação com erros e 4,2% dos pacientes estavam sem a pulseira de identificação. Os principais motivos encontrados para as inconformidades nas pulseiras de identificação foram o nome incompleto, números dos registros diferentes, ilegibilidade dos dados e problemas na integridade das pulseiras. Avaliou-se também aspectos relacionados a cor das pulseiras, sendo encontrado um total de 75,3% de pulseiras na cor branca e 24,7% na cor laranja, indicando alergia. Pode-se identificar as unidades que apresentaram o maior número de indivíduos sem a pulseira e a unidade que obteve 100% de conformidade nas observações. Com este estudo conclui-se que o uso de pulseiras de identificação em pacientes internados encontra-se regular, sendo essas falhas encontradas um ponto não só a ser revisto pela instituição, mas também a ser reforçado no cotidiano de trabalho das equipes que estão em contato com os pacientes.
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