Leucoplasia bucal : epidemiologia, aspectos clínicos, microscópicos e conduta
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/49749 |
Resumo: | O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão de literatura a respeito de Leucoplasia Bucal, enfocando em epidemiologia, características clínicas e microscópicas, bem como no tratamento, no prognóstico e na importância do acompanhamento clínico longitudinal. A leucoplasia é definida como uma mancha ou placa branca, não removível por raspagem e que não pode ser classificada clinica ou patologicamente como qualquer outra doença. Pode ocorrer em qualquer região da mucosa e possui risco de malignização. Sua etiologia está fortemente relacionada com consumo de tabaco. Não há consenso a respeito do papel do álcool, entretanto seu efeito sinérgico com o tabaco é bem documentado. Clinicamente a lesão pode-se ser classificada como homogênea, quando tem superfície e coloração uniforme ou não homogênea, quando tem superfície rugosa ou verrucosa ou quando apresenta áreas avermelhadas. Microscopicamente, a lesão pode apresentar diversos distúrbios de maturação de forma isolada ou conjunta como hiperplasia, hiperceratose, acantose, displasia ou carcinoma in situ. O diagnóstico da leucoplasia é clínico e de exclusão. Uma vez realizado o diagnóstico clínico, é mandatório que se realize biópsia e exame histopatológico. Após a definição do distúrbio de maturação epitelial presente, recomenda-se suspensão dos fatores de risco associada ao acompanhamento clínico e excisão cirúrgica da lesão, quando possível. Alguns métodos auxiliares de diagnóstico estão disponíveis, mas nenhum destes métodos substitui a realização de biópsia e exame histopatológico. O tratamento pode ser não-cirúrgico ou cirúrgico. Os tratamentos não-cirúrgicos incluem o uso de retinóides, beta-caroteno, bleomicina ou terapia fotodinâmica. O tratamento cirúrgico compreende criocirurgia, laser de dióxido de carbono e excisão convencional. Nenhum tratamento disponível é capaz de prevenir recorrência de lesão, tampouco prevenir ou predizer transformação maligna. Os fatores de risco para transformação maligna como: gênero feminino, persistência da lesão por um longo período de tempo, presença da lesão em não fumantes, localização em língua ou soalho de boca, lesão maior que 2 cm2, aspecto clínico não homogêneo, presença concomitante de Candida Albicans. Diante do risco de malignização potencial dessas lesões e da impossibilidade de determinação dos casos que irão progredir para uma lesão maligna, recomenda-se o controle clínico periódico de todos os pacientes. |
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