A família e o recém-nascido pré-termo : desafios do cuidado domiciliar no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/37511 |
Resumo: | Trata-se de uma revisão integrativa de pesquisa, cuja metodologia baseou-se na proposta de Cooper, que objetivou identificar os temas relacionados ao cuidado dos recém-nascidos pré-termo pela família após a alta hospitalar no Brasil. O estudo contou com a totalidade de 9 artigos inseridos nas bases de dados LILACS e BIREME, publicados entre janeiro do ano de 2001 e dezembro do ano de 2010. A revisão possibilitou a identificação de 6 temas e 18 subtemas, sendo os mais citados nos artigos a importância do período hospitalar, o apoio familiar para o cuidado e o cuidado centrado na figura materna, aparecendo sete, seis e cinco vezes respectivamente. Esta revisão possibilitou a constatação de que a qualidade do cuidado domiciliar depende de vários fatores, sendo o período de internação hospitalar aparentemente o mais importante. Outro fator que interferiu na qualidade do cuidado foi o apoio familiar, principalmente do pai da criança. Mães que não tiveram apoio se sentiram desamparadas e inseguras. Mesmo com apoio, o cuidado foi exercido quase que exclusivamente pela mãe, reforçando a ideia de que cuidar de crianças é ainda uma tarefa unicamente feminina. O Método Canguru (MC) foi um facilitador do cuidado, independente de outros fatores, indicando a grande importância desse método, sendo também um fator protetor para o aleitamento materno, visto que a única pesquisa que referiu sucesso com a amamentação foi realizada com mães participantes do MC. A falta de conteúdo relacionado com aleitamento materno, na maioria dos artigos, sugere que as mães e seus bebês não estabeleceram a amamentação na sua plenitude. O acompanhamento pós-natal, tanto em ambulatório hospitalar quanto na rede básica foi insatisfatório, com pouca cobertura e baixa qualidade. Há falta de estratégias e programas, tanto no âmbito hospitalar como na rede básica. O período de internação deve funcionar como um período de aprendizado, pois é importante deixar a família preparada para o cuidado domiciliar. Para isso, a família deve participar dos cuidados com o bebê, receber informações relativas ao estado de saúde, aos cuidados especiais, como agir em casos de urgências e intercorrências e informações sobre o seguimento após a alta. Além disso, o sistema de referência e contra-referência deve ser mais eficiente, e os profissionais da rede básica devem estar mais atentos a essa população vulnerável. |
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