A vida resiste : psicologia e genocídio da população negra no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Sabrina Gomes
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/253356
Resumo: Este trabalho tem por objetivo geral, investigar de que forma a psicologia têm produzido conhecimentos sobre a temática do genocídio da população negra dado o número elevado de indicadores dessa violência contra os/as negros/as, principalmente os jovens. Afirma-se politicamente o reconhecimento das tamanhas violências raciais como sendo “genocidio da população negra”. A construção das informações que serão discutidas possui caráter qualitativo e foi baseada em dois métodos de análise: O primeiro foi uma revisão narrativa sobre a temática deste trabalho a partir de uma pesquisa bibliográfica nas plataformas “Scielo” e “Google acadêmico”. O segundo método foi a retomada dos registros realizados em meus diários de campo da minha atuação como bolsista de Iniciação Científica na pesquisa “Racismo e Sofrimento Psíquico”, no período entre 2017 e 2019. Como resultado encontrado, podemos dizer que a psicologia, mais especificamente a psicologia social, têm acolhido a problemática da violência e do genocídio contra a população negra discutindo criticamente as políticas de segurança, o sistema prisional, o encarceramento em massa no país, o sofrimento e o luto. Problematizando a produção subjetiva de vidas, e colocando em debate as inquietações e desafios para a área da psicologia. Apesar de alguns avanços no que refere-se a inserção da Psicologia no estudo das relações étnico-raciais e nas questões que dizem respeito à população negra, essa discussão do genocídio da população negra ainda centraliza-se nas áreas das Ciências Sociais, Segurança Pública e Direitos Humanos. Cabe a psicologia contemplar as particularidades, singularidades e diferenças étnico-raciais dos sujeitos para qual destinamos nossas práticas, nossos estudos, e nosso cuidado por uma perspectiva psicossocial.
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