Análise conceitual da controvérsia do capital de Cambridge e avaliação de sua relevância para o desenvolvimento da teoria econômica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocca, Douglas Ramos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/193422
Resumo: Ao longo de duas décadas, de meados da década de 1950 a meados da década de 1970, na forma de vasta literatura, a teoria do capital – assim como as teorias do crescimento econômico e da distribuição de renda - foi palco de uma grande controvérsia entre dois grupos de renomados economistas. De um lado, um grupo de economistas associados com a faculdade de economia da Universidade de Cambridge, Inglaterra, fazendo uma série de críticas à teoria neoclássica: Joan Robinson, Nicholas Kaldor, Luigi Pasinetti, Piero Sraffa, Pierangelo Garegnani e outros. De outro, Paul Samuelson, Robert Solow - ambos vinculados ao Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), localizado na cidade de Cambridge, Massachusetts (EUA) -, ao lado de seus aliados, comprometidos com a defesa da teoria neoclássica dos ataques empreendidos pelos críticos de Cambridge (Inglaterra). São dois os objetivos deste trabalho. Primeiro, proceder a uma análise conceitual da controvérsia do capital de Cambridge, ou seja, analisar os principais conceitos e tópicos discutidos, a saber: função de produção agregada, taxa de lucro, a estrutura analítica da “parábola neoclássica”, assim como a possibilidade de generalização dos resultados da referida parábola para modelos multissetoriais Segundo, avaliar a relevância do debate para o desenvolvimento da teoria econômica, com especial atenção às consequências da controvérsia para a teoria neoclássica. Julgamos que a relevância da controvérsia para o desenvolvimento da teoria econômica reside na demonstração de que os resultados que caracterizam os modelos agregados simples (as parábolas neoclássicas), de maneira geral, não podem ser generalizados para modelos multissetoriais, nos quais os bens de capital são heterogêneos e destinados a usos específicos. Nesse sentido, não se pode afirmar, dentre outras coisas, que a distribuição de renda é fruto, tão somente, de questões técnicas, concernentes tanto à propriedade de produtividade marginal decrescente quanto à oferta/escassez relativa dos fatores de produção.
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spelling Rocca, Douglas RamosConceição, Octavio Augusto Camargo2019-04-24T02:34:36Z2018http://hdl.handle.net/10183/193422001089037Ao longo de duas décadas, de meados da década de 1950 a meados da década de 1970, na forma de vasta literatura, a teoria do capital – assim como as teorias do crescimento econômico e da distribuição de renda - foi palco de uma grande controvérsia entre dois grupos de renomados economistas. De um lado, um grupo de economistas associados com a faculdade de economia da Universidade de Cambridge, Inglaterra, fazendo uma série de críticas à teoria neoclássica: Joan Robinson, Nicholas Kaldor, Luigi Pasinetti, Piero Sraffa, Pierangelo Garegnani e outros. De outro, Paul Samuelson, Robert Solow - ambos vinculados ao Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), localizado na cidade de Cambridge, Massachusetts (EUA) -, ao lado de seus aliados, comprometidos com a defesa da teoria neoclássica dos ataques empreendidos pelos críticos de Cambridge (Inglaterra). São dois os objetivos deste trabalho. Primeiro, proceder a uma análise conceitual da controvérsia do capital de Cambridge, ou seja, analisar os principais conceitos e tópicos discutidos, a saber: função de produção agregada, taxa de lucro, a estrutura analítica da “parábola neoclássica”, assim como a possibilidade de generalização dos resultados da referida parábola para modelos multissetoriais Segundo, avaliar a relevância do debate para o desenvolvimento da teoria econômica, com especial atenção às consequências da controvérsia para a teoria neoclássica. Julgamos que a relevância da controvérsia para o desenvolvimento da teoria econômica reside na demonstração de que os resultados que caracterizam os modelos agregados simples (as parábolas neoclássicas), de maneira geral, não podem ser generalizados para modelos multissetoriais, nos quais os bens de capital são heterogêneos e destinados a usos específicos. Nesse sentido, não se pode afirmar, dentre outras coisas, que a distribuição de renda é fruto, tão somente, de questões técnicas, concernentes tanto à propriedade de produtividade marginal decrescente quanto à oferta/escassez relativa dos fatores de produção.Over the course of two decades, from the mid-1950s to the mid-1970s, in the form of a vast literature, capital theory - as well as theories of economic growth and income distribution - was the scene of a great controversy between two groups of renowned economists. On the one hand, a group of economists associated with the economics faculty of the University of Cambridge, England, made a series of criticisms of the neoclassical theory: Joan Robinson, Nicholas Kaldor, Luigi Pasinetti, Piero Sraffa, Pierangelo Garegnani and others. On the other hand, Paul Samuelson, Robert Solow - both linked to the Massachusetts Institute of Technology (MIT), located in the city of Cambridge, Massachusetts - along with his allies, committed to the defense of the neoclassical theory of attacks undertaken by critics of Cambridge (England). There are two objectives of this work. First, to undertake a conceptual analysis of the Cambridge capital controversy, that is, to analyze the main concepts and topics discussed, namely: aggregate production function, profit rate, analytical structure of the "neoclassical parable", as well as the possibility of generalization of the results of said parable for multisectorial models Second, to evaluate the relevance of the debate to the development of economic theory, with special attention to the consequences of the controversy for neoclassical theory. We believe that the relevance of the controversy to the development of economic theory lies in the demonstration that the results that characterize simple aggregate models (the neoclassical parables) can not in general be generalized to multisectoral models in which capital goods are heterogeneous and intended for specific uses. In this sense, it can not be said, among other things, that the income distribution is the result of technical questions, concerning both the diminishing marginal productivity quality and the relative supply / scarcity of factors of production.application/pdfporTeoria econômicaCrescimento econômicoCambridge capital controversyEconomic growthIncome distributionHistory of economic thoughtEconomic theoryAnálise conceitual da controvérsia do capital de Cambridge e avaliação de sua relevância para o desenvolvimento da teoria econômicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPorto Alegre, BR-RS2018Ciências Econômicasgraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001089037.pdf.txt001089037.pdf.txtExtracted Texttext/plain212416http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193422/2/001089037.pdf.txt6a9bfb4146c302b24973184f64eb560dMD52ORIGINAL001089037.pdfTexto completoapplication/pdf1345659http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/193422/1/001089037.pdf70cfec4e26c5c23cc7f5fb49bed7fb7cMD5110183/1934222019-04-25 02:37:18.04355oai:www.lume.ufrgs.br:10183/193422Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2019-04-25T05:37:18Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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