Efeito da atenção farmacêutica na adesão ao tratamento antidepressivo em pacientes adultos diagnosticados com depressão : uma revisão da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Muchale, Aléxi Vargas
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/180975
Resumo: Foi realizada uma revisão de ensaios clínicos randomizados para investigar os efeitos da atenção farmacêutica na adesão aos medicamentos antidepressivos em pacientes adultos com depressão. A partir das bases de dados Medline, Lilacs e SciELO, foram incluídos ensaios clínicos randomizados publicados até novembro de 2017 nos quais foi avaliado o efeito de intervenções realizadas pelo farmacêutico na adesão medicamentosa ao tratamento antidepressivo, em pacientes adultos diagnosticados com depressão. Foi avaliado, como desfecho principal a adesão medicamentosa ao tratamento antidepressivo e como desfechos secundários a severidade da depressão e a qualidade de vida dos pacientes. A seleção e extração dos dados dos estudos foi realizada por um autor e a avaliação metodológica dos estudos foi avaliada segundo a ferramenta da Cochrane para avaliação de viés em ensaios clínicos. Foram selecionados seis estudos, os quais apresentaram diferenças nos métodos de intervenção, medidas de aderência, medidas de severidade da depressão e da qualidade de vida dos pacientes. Um estudo apresentou melhora na adesão, com resultado estatisticamente significativo, em uma análise intenção-de-tratar em uma medida de adesão em 8 meses, e outros três estudos demonstraram em 6 meses em análises por-protocolo. Um estudo demonstrou melhora da adesão, com resultado estatisticamente significativo, em 3 meses em uma análise por-protocolo. Somente um, de três estudos demonstrou melhora na qualidade de vida dos pacientes e nenhum estudo, dentre cinco, que avaliaram a severidade da doença, mostrou melhora na severidade da depressão dos pacientes. Dentre os seis estudos selecionados, um estudo foi considerado de alto risco de viés, um como risco de viés baixo e quatro estudos avaliados como risco de viés incerto. Foram utilizadas diferentes medidas de adesão medicamentosa, de qualidade de vida e da severidade da depressão, dificultando a comparação entre os estudos. Os estudos indicam um efeito positivo, porém de baixa magnitude, sobre a atuação do farmacêutico na adesão medicamentosa ao tratamento antidepressivo dos pacientes diagnosticados com depressão. Estudos de melhor metodologia são necessários para que se avalie o real efeito do farmacêutico na adesão medicamentosa de pacientes diagnosticados com depressão em tratamento antidepressivo.
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