Complexidade da farmacoterapia em pacientes anticoagulados acompanhados em ambulatório especializado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/234638 |
Resumo: | Objetivo: Avaliar a complexidade da farmacoterapia em pacientes anticoagulados atendidos em um ambulatório de anticoagulação oral crônica e verificar associação da complexidade da farmacoterapia com variáveis sociodemográficas, clínicas, laboratorial e de adesão medicamentosa ao uso do anticoagulante. Métodos: Estudo longitudinal realizado no Ambulatório de Monitorização da Anticoagulação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A coleta de dados aconteceu no período fevereiro a maio de 2018. O cálculo da amostra estimou a inclusão de 90 pacientes. Os critérios de elegibilidade foram pacientes de ambos os sexos, com idade maior ou igual a 18 anos e em tratamento anticoagulante por tempo maior ou igual a seis meses. Foram coletados dados em consulta aos registros do prontuário eletrônico e por meio dos instrumentos de Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT) e Medida de Adesão aos Tratamentos (MAT) aplicados aos pacientes. Alta complexidade da terapia foi definida por pontuação maior que a metade da média do ICFT. Resultados: Foram incluídos 90 pacientes. Predominou o sexo masculino (82,2%), etnia branca (55,6%), a média de idade foi de 63±12 anos, e mediana de 5,5 (4–11) anos de estudo. A complexidade da farmacoterapia dos pacientes anticoagulados avaliada pelo ICFT obteve média de 19,7±8,6. O ICFT apresentou correlação significativa com a idade (r=0,26; P=0,01), escolaridade (r=-0,28; P=0,008), percentual de consultas dentro do alvo terapêutico (r=-0,21; P=0,04), número de medicamentos (r=0,89; P=0,00), adesão ao anticoagulante (r=0,26; P= 0,013) e associação com as comorbidades diabetes mellitus tipo 2 (P=0,00), insuficiência cardíaca (P=0,00), doença arterial obstrutiva (P=0,04), gota (P=0,03) e obesidade (P=0,03). Conclusão: Os resultados demonstraram que os pacientes com alta complexidade da farmacoterapia eram pacientes aposentados, com idade avançada, com maior número de medicamentos prescritos, com adesão adequada ao tratamento e com diagnóstico médico de diabetes tipo 2, insuficiência cardíaca, doença arterial obstrutiva periférica, gota e obesidade. Este estudo possibilitou reconhecer a interferência da complexidade da farmacoterapia na estabilidade clínica dos pacientes anticoagulados. |
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