Prevalência e severidade de cárie dentária e necessidade de tratamento em escolares no município de Novo Xingu - Rio Grande do Sul, 2010

• Autor(a) principal: Pinto, Patrícia Knob
• Data de Publicação: 2010
• Outros Autores: Fenner, Paula Alana Holz
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/25012
• topic: Cárie dentária; Carie dentaria : Epidemiologia; Cárie dentária : Tratamento; Epidemiology; Oral health among schoolchildren; Epidemiological survey; Dental caries

Tendo em vista que o município de Novo Xingu, Rio Grande do Sul, só possui dez anos de administração municipal e a água de abastecimento público não apresenta adição de flúor, que comprovadamente diminui a prevalência de cáries e que não foram realizados levantamentos para diagnóstico de saúde bucal, o objetivo do presente estudo foi conhecer a condição de saúde bucal quanto à prevalência de cárie dentária e necessidade de tratamento na dentição decídua e permanente na população escolar do município de Novo Xingu, em 2010. Foi realizado um censo com os 286 escolares do município, área urbana e rural, utilizando-se os critérios de diagnóstico para cárie e necessidade de tratamento recomendados pela Organização Mundial de Saúde (1999). Previamente à fase de execução do levantamento foi realizado um estudo piloto e um treinamento com os examinadores envolvidos (calibração intra e interexaminador com teste Kappa superior a 0,8). O critério de inclusão no estudo foi ter autorização por meio de entrega do termo de consentimento livre e esclarecido, assinado por eles próprios, quando maiores, ou pelos pais/responsáveis (menores de idade). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da UFRGS. Foram examinados 93% da população escolar. Para a dentição permanente, 45,3% dos escolares apresentaram-se livres de cárie, o CPO-D médio foi de 1,9 e aos 12 anos foi de 0,47. Já para a dentição decídua, 30,2% dos escolares apresentaram-se livres de cárie, com um ceo-d médio de 2,3 e aos 5 anos, o ceo-d foi de 3,3. Com relação a necessidade de tratamento odontológico, 98,7% dos dentes permanentes e 92% dos dentes decíduos não apresentavam necessidade de tratamento. Os resultados encontrados devem ser interpretados de maneira cuidadosa, por tratar-se de uma população específica. Reforçam a epidemiologia como ferramenta essencial para diagnostico das realidades locais, possibilitando o planejamento e desenvolvimento das ações de saúde de forma mais condizentes. O estudo possibilitou a aproximação da universidade com uma comunidade do interior do estado, utilizando o conhecimento científico produzido em beneficio da mesma.