Histologia em isópodos terrestres (Crustacea, Oniscidea) : verificando a estrutura cuticular dos esternitos e sua ligação com o tipo de marsúpio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Horch, Amanda Porciuncula
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/236224
Resumo: As fêmeas da subordem Oniscidea possuem uma bolsa incubadora ventral, delimitada pelos esternitos e oostegitos, chamada de marsúpio. São conhecidos dois tipos de marsúpios: o tipo anfíbio, presente em Synocheta, que é aberto e conectado ao sistema condutor de água, e o tipo terrestre, presente em Crinocheta, fechado e com cotilédones. O papel dos esternitos nesse processo nunca foi devidamente investigado. Neste estudo, buscou-se verificar se há diferença em suas espessuras entre as duas condições das fêmeas, isto é, ovígeras e não ovígeras nas duas linhagem. Três fêmeas ovígeras e três não ovígeras das espécies Atlantoscia floridana (Crinocheta) e Styloniscus spinosus (Synocheta) foram analisadas. A espessura da cutícula dos esternitos envolvidos no marsúpio foi medida e comparada entre as duas condições utilizando técnicas histológicas. Em A. floridana, a cutícula é mais fina nos esternitos das fêmeas ovígeras quando comparadas às não ovígeras, indicando que estes possam participar da nutrição e da oxigenação da prole durante a gestação. O marsúpio da linhagem Synocheta é pouco conhecido e nunca havia sido estudado em S. spinosus. A diferença encontrada na espessura da cutícula do esternito de fêmeas de S. spinosus está relacionada à variação das medidas individuais e à condição. Isso significa que um mesmo indivíduo apresenta cutícula com porções finas e porções espessas. Ainda assim, há diferença entre as fêmeas ovígeras e não ovígeras, o que aponta a possibilidade da passagem de substâncias para o interior do marsúpio, visto que na condição ovígera a espessura é menor. Porém, como o marsúpio é aberto nessa espécie, é possível que o sistema condutor de água ainda seja o principal responsável pela nutrição e oxigenação dos ovos em desenvolvimento. Ambas as espécies analisadas no presente trabalho apresentaram uma diferença na espessura da cutícula do esternito quando no período ovígero. Estudos futuros são necessários para averiguar se essa diferença está realmente relacionada com a nutrição e oxigenação da prole.
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Em A. floridana, a cutícula é mais fina nos esternitos das fêmeas ovígeras quando comparadas às não ovígeras, indicando que estes possam participar da nutrição e da oxigenação da prole durante a gestação. O marsúpio da linhagem Synocheta é pouco conhecido e nunca havia sido estudado em S. spinosus. A diferença encontrada na espessura da cutícula do esternito de fêmeas de S. spinosus está relacionada à variação das medidas individuais e à condição. Isso significa que um mesmo indivíduo apresenta cutícula com porções finas e porções espessas. Ainda assim, há diferença entre as fêmeas ovígeras e não ovígeras, o que aponta a possibilidade da passagem de substâncias para o interior do marsúpio, visto que na condição ovígera a espessura é menor. Porém, como o marsúpio é aberto nessa espécie, é possível que o sistema condutor de água ainda seja o principal responsável pela nutrição e oxigenação dos ovos em desenvolvimento. Ambas as espécies analisadas no presente trabalho apresentaram uma diferença na espessura da cutícula do esternito quando no período ovígero. Estudos futuros são necessários para averiguar se essa diferença está realmente relacionada com a nutrição e oxigenação da prole.Females of the suborder Oniscidea have a ventral brood pouch called marsupium, delimitated by the sternites and oostegites. There are two types of marsupium within the group: the amphibian type, which is open and connected to the water conducting system, present in Synocheta, and the terrestrial type, which is closed and with cotyledons, present in Crinocheta. The role of the sternites during the gestation period has never been properly investigated. This study aims to verify whether a difference in sternite thickness exists between females in both ovigerous and non-ovigerous conditions of each lineage. Three ovigerous and three non-ovigerous females of the species’ Atlantoscia floridana (Crinocheta) and Styloniscus spinosus (Synocheta) were analyzed. The cuticle thickness of the sternites that are part of the marsupium was measured using histological techniques and compared between the conditions. Results showed that ovigerous females of A. floridana have thinner sternite cuticle than non-ovigerous females, indicating that it might participate in the passage of oxygen and nutrients to the offspring during gestation. The marsupium of the Synocheta lineage is poorly known and has never been studied in S. spinosus. A difference in the sternite cuticle thickness was also found between the females of S. spinosus and is related to both individual variation and condition. This means that the cuticle has thinner and thicker areas within each individual. Nevertheless, there is a difference between ovigerous and non-ovigerous females. It is possible that the thinner parts of the cuticle of the ovigerous females are involved in the passage of substances from the mother to the brood pouch. However, it is likely that the water conducting system is still responsible for most of the nutrients and oxygen brought to the developing eggs since the marsupium is open in this species. Both species analized demonstrated a difference in the sternite cuticle thickness between ovigerous and non-ovigerous females. Further studies are necessary in order to determine whether this difference is due to the passage of nutrients and oxygen to the offspring.application/pdfporIsopodos terrestresOniscideaMicroscopia ópticaWoodliceOvigerous femalesCuticleLight microscopyHistologia em isópodos terrestres (Crustacea, Oniscidea) : verificando a estrutura cuticular dos esternitos e sua ligação com o tipo de marsúpioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2018Ciências Biológicas: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001095371.pdf.txt001095371.pdf.txtExtracted Texttext/plain35535http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236224/2/001095371.pdf.txt1fb9c3cec59866b8bd5f3420fa7026ebMD52ORIGINAL001095371.pdfTexto completoapplication/pdf1147334http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236224/1/001095371.pdfaec38d5505c3c1571a82f32cb26501e0MD5110183/2362242022-03-26 05:02:06.439438oai:www.lume.ufrgs.br:10183/236224Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-03-26T08:02:06Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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