Processo de sucessão em negócios familiares na viticultura no cluster vitivinícola da Serra Gaúcha

• Autor(a) principal: Colombo, Ana Paula
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/215109
• topic: Sucessão empresarial; Empresa familiar; Viticultura; Administração de empresas; Business succession; Family business; Viticulture; Agriculture

O cluster vitivinícola da Serra Gaúcha iniciou sua formação a partir do assentamento de imigrantes italianos e é composto principalmente por negócios familiares, com cerca de 88% de toda a produção de uvas tendo como destino a vinificação e a comercialização para terceiros (EMBRAPA, 2017). Assim, existe uma relação de dependência dos negócios vinícolas com os negócios vitícolas, produtores de uvas. Dada essa realidade, o processo de sucessão nos negócios produtores de uvas, em sua maioria familiares, é um ponto crítico para a sustentação do cluster. Por conseguinte, esta monografia se propõe a estudar o processo de sucessão nos negócios familiares na viticultura no cluster vitivinícola da Serra Gaúcha. Para tal, a metodologia escolhida para a realização da pesquisa foi o estudo caso, usufruindo da análise de discurso (BARDIN, 2011) para a realização da análise. Assim, optou-se a realizar o estudo em 4 casos de negócios cooperativados familiares onde existem sucessores. Foram investigados como o processo vem ocorrendo, os obstáculos e fatores de influência, ademais das iniciativas da cooperativa frente ao processo de sucessão. Os resultados apontaram que nos negócios familiares cooperativados atualmente existe uma tendência de continuidade. Os obstáculos e fatores de influência foram agrupados em quatro temáticas: rentabilidade, tecnologia e automação, escolaridade e gênero, cultura e família. Dessa forma é perceptível que os fatores que influenciam na continuidade do negócio perpassam pela boa rentabilidade propiciada pela atividade e pelo incremento tecnológico e automação, facilitando o trabalho do produtor rural e diminuído a necessidade de mão de obra, ademais do bom relacionamento familiar e a abertura ao diálogo. As inciativas da cooperativa frente ao processo focam nos grupos de risco, jovens e mulheres, sendo observadas como efetivas.