Nunca más un México sin nosotros : o Exército Zapatista de Libertação Nacional da guerra aberta à negociação no México (janeiro a junho de 1994)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Amanda Corrêa de Lavra
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/28757
Resumo: Este trabalho aborda o processo desencadeado através do levante armado do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) no dia 1° de janeiro de 1994, que leva o grupo da guerra aberta à negociação com o governo federal mexicano. O EZLN é um grupo guerrilheiro de composição indígena localizado em Chiapas, México. O objeto em questão presta-se para o estudo das atuais formas de luta e de como a identidade de um sujeito social é construída e reconstruída. O EZLN é colocado por muitos como sendo um paradoxo, por conjugar aspectos da modernidade e da pós-modernidade, por ser um grupo armado com esforços de paz, um grupo revolucionário que não propõe uma revolução, mas, em uma expressão muito utilizada, “uma revolução para que a revolução seja possível”. Esta pesquisa quer entender como este paradoxo se constituiu no bojo da atuação do EZLN e não o tomando como dado. Analisamos o período que se estende de 1° de janeiro a 10 de junho de 1994, datas da divulgação da primeira (Hoy decimos ¡Basta!) e da segunda (Hoy decimos: ¡No nos rendiremos!) Declaración de la Selva Lacandona através dos documentos de autoria do próprio EZLN. Identificamos como resultado quatro mudanças significativas neste período: de interlocutor, de solução, de tática e de papel. A revolta zapatista de 1994 trouxe à tona questões que vão além das fronteiras do estado de Chiapas ou do México. Ela é uma reação ao neoliberalismo que começava a ser aplicado no país. Sublinha-se o fato de ser um levante armado, num momento em que não se acreditava que essa alternativa fosse viável nem provável. Cinco anos após queda do muro de Berlim, Chiapas surpreende seus analistas, demonstrando que o mundo não ia por onde parecia ir, despertando outros movimentos no México e no resto do mundo para a necessidade, a importância e a vitalidade da resistência.
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