Idade de deposição da Formação Vaca Muerta, Bacia de Neuquén, Argentina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Elgert, Carla Conter
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/95522
Resumo: A bacia de Neuquén localiza-se no lado oriental dos Andes, sendo a maior bacia continental produtora de petróleo na América do Sul. Seu registro fossilífero da fauna gonduânica ocidental é um dos mais completos, sendo reconhecidas diferentes biofaunas de amonitas em sucessões verticais de caráter uniforme ao longo de afloramentos na região de Mendonza. A deposição dos sedimentos desta bacia iniciou-se no final do Triássico como resultado de uma extensão intraplaca continental. Com o crescimento do magmatismo andino a bacia se tornou um sistema de back-arc e, com a aceleração da convergência no Cretáceo Superior, produziu-se uma inversão parcial e o desenvolvimento de um sistema de foreland. Os andares finais da transição Jurássico-Cretáceo na bacia de Neuquén estão representados por folhelhos intercalados com carbonatos e tufos da Fm. Vaca Muerta. Através do método U-Pb em zircão utilizando LA-MC-ICP-MS, foram datados zircões ígneos de duas camadas tufáceas, uma pertencente à região de Las Loicas e outra pertencente à região de Rio Neuquén, ambas da Fm. Vaca Muerta. As idades obtidas foram de 134.4 ± 0.78 Ma e 137.5 ± 0.7 Ma respectivamente. Estas idades são compatíveis com o arco chileno, porém consideradas jovens em relação aos períodos em que, bioestratigraficamente, estas amostras estão enquadradas. Análises petrográficas em quatro camadas tufáceas da seção Las Loicas indicam a presença de radiolários, permitindo uma caracterização paleoambiental da seção, constatando que estes tufos foram retrabalhados em ambiente marinho profundo.
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