Aortopexia no tratamento de traqueobroncomalacia pediátrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barreto, Caroline Gargioni
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/235969
Resumo: Introdução: Traqueomalacia (TM) é caracterizada pela fraqueza da parede traqueal, com propensão ao colapso e ocasionando graus variáveis de obstrução durante a ventilação. Quando há acometimento concomitante do brônquio é denominada de traqueobroncomalacia (TBM). Em casos de TBM grave, o tratamento cirúrgico está indicado, sendo a aortopexia o tratamento padrão na idade pediátrica. Objetivos: Descrever uma série de casos de pacientes pediátricos submetidos a aortopexia para TBM grave, e avaliar os resultados do tratamento cirúrgico. Metodologia: Estudo retrospectivo, observacional e descritivo através da revisão de prontuários de pacientes pediátricos submetidos a aortopexia no período de janeiro de 2003 até julho de 2021. Resultados: Quinze pacientes foram incluídos no estudo, dos quais 8 (53,3%) eram do sexo feminino e 7 (46,7%) masculino. A mediana da idade ao diagnóstico foi 2 meses (variação entre 21 dias e 12 anos). TM foi classificada como primária em 8 (53,3%) e secundária em 7 (46,6%) pacientes. Os principais sintomas pré-operatórios foram estridor (n=9; 60%), cianose (n=8; 53,3%), infecção respiratória de repetição (n=7; 46,7%), falha de extubação (n=5; 33,3%), e crises graves de obstrução ventilatória - dying spells (n=4, 26;7%). Os pacientes foram submetidos a aortopexia por toracotomia anterior (n=8;53,3%), esternotomia parcial (n=4;26,7%) e toracotomia póstero-lateral (n=3;20%). Aortopexia anterior (AA) foi realizada em 12 (80%) pacientes e aortopexia posterior (AP) em 3 (20%); em 2 (13,3%) pacientes também foi realizada traqueopexia posterior (TP). Não foi observado óbito decorrente da cirurgia. Os procedimentos foram eficazes em 11 (73,3%) crianças; 4 (126,7%) permaneceram com sintomas, e destes 3 faleceram no acompanhamento posterior. Três dos 5 pacientes com traqueostomia prévia foram decanulados após a cirurgia. Conclusões: Em crianças com TBM grave, AA está indicada nas obstruções por compressão anterior da traqueia, AP para obstrução distal do brônquio fonte esquerdo, e a TP em obstrução por protrusão da membranosa da traqueia. Nossa experiência mostrou que estas técnicas cirúrgicas isoladas ou combinadas melhoram os sintomas de 73,3% dos nossos pacientes.
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