Os determinantes da criminalidade no Rio Grande do Sul : uma análise econométrica

• Autor(a) principal: Bohnen, Rafael Kunst
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/234955
• topic: Criminalidade; Econometria; Rio Grande do Sul; Crime Economy; Public safety; Econometric model; Public policies

Santos e Kassouf (2008) argumentam que cabe também à ciência econômica o estudo aplicado de questões sociais como a segurança pública, aspecto não tão explorado no cenário brasileiro até então. Tendo em vista o aumento dos gastos com o crime no Brasil e no Rio Grande do Sul, é necessário políticas públicas que sejam balizadas por dados e evidências empíricas das melhores práticas e que atuem tanto no combate do crime, quanto nas suas raízes. Assim, o objetivo deste trabalho é desenvolver e analisar um modelo econométrico explicativo da taxa de criminalidade do Rio Grande do Sul, de modo a entender os determinantes socioeconômicos das principais categorias criminais e como os formuladores de políticas podem utilizar esse melhor conhecimento sobre o crime no estado do RS. Para isso foi realizada uma análise inicial das variáveis pela revisão da literatura e por meio de cortes transversais (cross-section), seguida da montagem de modelos ARIMAX explicativos do crime, levando em conta as suas diferenças categóricas. Foram encontradas interações significativas entre as tendências criminais e taxas como o número de pessoas com ensino até o nível fundamental, nível de salário médio, taxa de desemprego e a presença de homens jovens na população. Algumas das medidas mais eficientes de combate ao crime apontadas pela literatura incluem a reorganização do currículo e das turmas nas escolas, como forma de melhorar a educação; a atuação educacional dentro do sistema prisional, para diminuir o grau de reincidência criminal e a reorganização da rota policial, com foco em hotspots criminais para maior eficiência do patrulhamento. Ademais, o modelo ARIMAX geral também aponta para um ROI de cerca de 2,5 para medidas como o incentivo do Bolsa Família a crianças e adolescentes estudantes, por meio da melhora com educação e consequente queda dos custos com o crime.