Características posturais, de resistência muscular e de amplitude de movimento em indivíduos com e sem dor cervical

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aimi, Mateus Alves
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/217659
Resumo: Introdução: a dor cervical ocupa o quarto lugar geral quando se trata de anos vividos com incapacidade. Trata-se de um problema extremamente complexo e que envolve múltiplos fatores. Sexo feminino, tabagismo, idade avançada, altas exigências de trabalho e história prévia de dor cervical ou lombar são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de dor cervical. Além disso, fatores como alterações posturais, redução da resistência muscular do pescoço e redução da amplitude de movimento (ADM) da cervical são características comuns atribuídas a pessoas com dor cervical. No entanto, não há um consenso acerca do papel da postura e de outras variáveis físicas no desenvolvimento de dor cervical. Objetivo: verificar se existe: (a) diferenças em relação às características posturais, de resistência muscular e de ADM entre indivíduos com e sem dor na região cervical e (b) relação entre a presença e intensidade da dor cervical com as características da postura estática, da resistência muscular e da ADM da coluna cervical. Metodologia: estudo com delineamento do tipo observacional retrospectivo. Foram convidados para o estudo 60 indivíduos de ambos os sexos, oriundos de um projeto de extensão da Universidade, os quais foram divididos igualmente em dois grupos (GDC=grupo dor cervical; GSC=grupo sem dor cervical). Todos os indivíduos foram avaliados pela mesma equipe no mesmo dia e local. As avaliações consistiram em: (1) avaliação postural estática, pela fotogrametria digital, baseada no protocolo do software Digital Image-based Postural Assessment (DIPA©); (2) resistência muscular dos flexores do pescoço, por meio do teste de resistência dos flexores do pescoço; e (3) ADM da coluna cervical, por meio do Flexímetro. Os dados foram analisados no SPSS 20.0, com o testes t independente ou U de Mann-Whitney e com os testes de correlação de Spearman ou Tau de Kendall (α<0,05). Resultados: Não houve diferença estatística quanto às características demográficas entre o GDC e GSC. As características posturais, de resistência muscular e de ADM da cervical foram semelhantes estatisticamente entre os indivíduos do GDC e GSC. Ainda, não foram encontradas correlações estatisticamente significativas entre a dor e a postura, a resistência muscular e a ADM da cervical. Conclusão: Indivíduos com dor cervical parecem não apresentar diferenças quanto as características posturais, de resistência muscular do flexores do pescoço e de ADM da cervical quando comparados a indivíduos sem dor cervical, bem como, a dor cervical parece não ter relação com essas variáveis.
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