A associação entre estresse e níveis pressóricos dos policiais militares de Porto Alegre
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/90066 |
Resumo: | Os policiais militares estão expostos a uma diversidade de situações em que sua integridade física e mental está em risco. Devido à própria característica do trabalho policial, está profissão está entre as mais estressantes. O estresse tem como característica desencadear reações no organismo capazes de alterar o equilíbrio físico e mental do individuo, para que o mesmo possa enfrentar a situação estressante. Ao se tornarem freqüentes, essas reações podem vir a desenvolver um processo patológico onde algumas funções fisiológicas são alteradas, dentre elas está a pressão arterial. A hipertensão arterial sistêmica é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e no Brasil, chega a afetar 17 milhões de indivíduos. Portanto, este estudo tem o objetivo de identificar a proporção de policiais militares, do Batalhão de Operações Especiais de Porto Alegre, expostos ao estresse, que apresentam níveis pressóricos elevados. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, em base de dados, com delineamento transversal, recorte do projeto “Impacto do Estresse e de Técnicas de Relaxamento na Variabilidade da Freqüência Cardíaca em Policiais Militares”. A amostra foi de 112 policiais militares. O projeto foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem da UFRGS e assinou-se um termo de responsabilidade para uso dos dados. O estresse foi mensurado por meio da versão curta da escala do modelo Esforço - Recompensa, o peso aferido por uma balança digital calibrada e a pressão arterial avaliada em milímetros de mercúrio. Os dados para os cálculos foram transpostos para o programa Statistical Package for the Social Sciences no qual foram analisados. A partir daí, foram realizadas analises de associação entre as variáveis em estudo e utilizado o Test t de Student e o Teste quiquadrado de Pearson. A amostra pesquisada incluiu 112 policiais com idade média de 35,92 ±8,12 anos (idade mínima de 22 anos e máxima de 54 anos), sendo 107 (95,53%) do sexo masculino e cinco (4,46%) do sexo feminino. A maioria referiu ter tempo para descanso (83%), mas, em contrapartida, pouco tempo para lazer (60,7%). A maioria dos policiais (58%) está exposta ao estresse laboral, ou seja, percebe desequilíbrio entre esforço e recompensa segundo a escala de Desequilíbrio entre o Esforço e a Recompensa. Dos policiais avaliados, 49 (43,7%) apresentaram nível pressórico elevado. Quanto ao índice de massa corporal, 90 (81,08%) indivíduos apresentaram IMC elevado com tendências a obesidade, segundo a classificação da Organização Mundial da Saúde. Quanto à avaliação de risco para desenvolvimento de doença cardiovascular (segundo a relação de medida cintura/quadril), 78 indivíduos (69,64%) estão dentro da zona de risco. Através dos dados, é possível observar que, o estresse afeta 65 (58%) policiais observados, dos quais, 26 (40%) apresentam nível pressórico elevado, Não havendo assim, diferença significativa entre o estresse dos policiais hipertensos e não hipertensos. Frente aos resultados, conclui-se que apesar de não haver relação significativa entre os dados observados no trabalho, existem altos índices de e fatores de risco cardiovascular entre os policiais observados, o que requer uma intervenção por parte dos profissionais da saúde, buscando melhorar a qualidade de vida deste profissional. |
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