Perto do mar...

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Rosana Aparecida
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Oliveira, José Menna
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/218674
Resumo: Em tempos de tirania da claridade e da velocidade, de exposição aos demasiados estímulos e informações presentes no Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, e de uma exigência, cada vez mais crescente, de que estejamos todos online, em trabalho remoto, invariavelmente produzindo, viemos, com este ensaio, assinalar a assincronia entre o tempo das nossas vidas, o tempo do humano, e o tempo tecnológico, da internet, e do imperativo da produtividade. O esquecimento, o envelhecimento dos corpos e a rotina do trabalho criativo requerem paciência, modos de vidas compatíveis com os ritmos do planeta e dos corpos, atitudes afirmativas e ativas, silêncios, pausas, escuta sensível, e atenção ao prosaico. Este ensaio divide-se em três partes, cada uma associada a uma obra da filmografia de Agnès Varda: “As Praias de Agnès” (2008), “Visages Villages” (2017) e “Varda por Agnès” (2019). Varda gosta de gente, demora-se nos trajetos e nos encontros, nas conversas, e dá visibilidade aos mais diversos modos de vida. O ensaio bordeja o que tem força, ética e ontológica, para devir, afirmar um sagrado “sim” para o eterno retorno e o jogo da criação (Nietzsche, 2011); e isto é oposto àquilo que quer eternizar-se o Mesmo, subjugar a diferença, frear o fluxo da vida e da variação contínua, e que, portanto: passará.
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