O espartilho de Têmis : a inédita demanda por justiça de nossa sociedade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/132565 |
Resumo: | O artigo pretende dar conta de uma mutação social de primeira magnitude da que somos testemunhas: a crise, deserção ou perda de legitimidade das figuras de autoridade que até pouco tempo atrás processavam e davam resposta a conflitos e demandas próprias do convívio em sociedade. Estes magistrados sociais têm sido substituídos pelos juízes que parecem ser em nossos dias as únicas (talvez as últimas) pessoas legitimadas para imiscuir-se na vida alheia e dar resposta às antigas e novas demandas sociais (individuais e coletivas). Por acréscimo, esse apelo à lei e aos magistrados togados não se limita a perseguir a resolução de conflitos privados, mas se transforma, frequentemente, em um recurso estratégico a disposição dos políticos e dos cidadãos. Os primeiros têm descoberto o Tribunal como um novo lugar para fazer política, enquanto os segundos se dirigem à Justiça não só para conseguir que uma experiência deletéria seja reconhecida como um agravo, mas também para satisfazer uma reivindicação política: convocar perante uma instância simbólica uma liderança partidária ou um alto funcionário que parecem não serem “responsáveis” mais que o nome já que, de fato, nunca tiveram que prestar contas a ninguém por seu descaso à lei. |
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Rojo, Raúl Enrique2016-01-31T02:03:47Z20152179-8095http://hdl.handle.net/10183/132565000982574O artigo pretende dar conta de uma mutação social de primeira magnitude da que somos testemunhas: a crise, deserção ou perda de legitimidade das figuras de autoridade que até pouco tempo atrás processavam e davam resposta a conflitos e demandas próprias do convívio em sociedade. Estes magistrados sociais têm sido substituídos pelos juízes que parecem ser em nossos dias as únicas (talvez as últimas) pessoas legitimadas para imiscuir-se na vida alheia e dar resposta às antigas e novas demandas sociais (individuais e coletivas). Por acréscimo, esse apelo à lei e aos magistrados togados não se limita a perseguir a resolução de conflitos privados, mas se transforma, frequentemente, em um recurso estratégico a disposição dos políticos e dos cidadãos. Os primeiros têm descoberto o Tribunal como um novo lugar para fazer política, enquanto os segundos se dirigem à Justiça não só para conseguir que uma experiência deletéria seja reconhecida como um agravo, mas também para satisfazer uma reivindicação política: convocar perante uma instância simbólica uma liderança partidária ou um alto funcionário que parecem não serem “responsáveis” mais que o nome já que, de fato, nunca tiveram que prestar contas a ninguém por seu descaso à lei.The article gives an account of a social mutation of the first magnitude that we are witnesses: the crisis, desertion or loss of legitimacy of authority figures who until recently processed and were the answer the conflicts and demands of conviviality in their own society. These social magistrates have been replaced by judges who seem to be nowadays the only (maybe the latest) legitimated persons to meddle in other people's lives and respond to old and new social demands (individual and collective). Moreover, this appeal to the law and robed magistrates is not confined to pursue the resolution of private disputes, but it often changes into a strategic resource available to politicians and citizens. The former have discovered the Court as one new place for politics, while the latter are directed to justice not only for get that an deleterious experience will be recognized as one grievance, but also to satisfy a political claim: convene before a symbolic instance of a party leader or a senior official who seem not to be "responsible" more than the name already that, in fact, never have had to be accountable to anyone by his indifference for the law.application/pdfporSéculo XXI. Santa Maria, RS. Vol. 5, n. 1 (jan./jun. 2015), f. 9-25PolíticaMagistraturaSociologia do direitoSocial demandsPolicyLaw judgesSocial magistracyJurisdictionalizationO espartilho de Têmis : a inédita demanda por justiça de nossa sociedadeThe corset Themis : the unprecedented demand for justice in our societyinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000982574.pdf000982574.pdfTexto completoapplication/pdf760436http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132565/1/000982574.pdfb27ed19f6a5b886b68dcd902904366c2MD51TEXT000982574.pdf.txt000982574.pdf.txtExtracted Texttext/plain43700http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132565/2/000982574.pdf.txt61823767cc307de5c8553ce7c00c2f7aMD52THUMBNAIL000982574.pdf.jpg000982574.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1778http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132565/3/000982574.pdf.jpg01fff8761abad26e2774b8dfcc1e6461MD5310183/1325652018-10-26 09:40:25.867oai:www.lume.ufrgs.br:10183/132565Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-26T12:40:25Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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