O uso instrumental de espelhos por bugios-ruivos (Alouatta guariba clamitans) não garante auto-reconhecimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bortolini, Tiago Soares
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/182449
Resumo: Dentre os estudos sobre consciência animal, um dos tópicos mais controversos é a capacidade de um animal reconhecer seu reflexo em um espelho e como essa competência se desenvolve em diferentes espécies. Para verificar a capacidade de auto­ reconhecimento em diversos animais, utiliza-se o teste de marcação de Gallup (Science 167:86-87, 1970) há mais de três décadas. Uma das condições para um animal reconhecer seu reflexo é possuir a capacidade de compreensão de imagens espelhadas. Já foi demonstrado que várias espécies de primatas conseguem reconhecer objetos refletidos, mas não seu próprio reflexo. Neste estudo realizamos experimentos a fim de verificar a capacidade de dois bugios ruivos (Aiouatta guariba clamitans) cativos quanto à abstração de espelhos e a presença ou não de auto-reconhecimento. O desempenho de ambos indivíduos foi melhor do que de outros primatas em relação ao reconhecimento de objetos, contrariando as expectativas para um primata folivoro­fiugívoro do Novo Mundo e consistindo na primeira demonstração de uso instrumental de espelhos por essa espécie. Embora o resultado da variação do teste de marcação tenha sido considerado negativo, um dos animais demonstrou comportamentos contingentes em frente ao espelho (um dos passos para o desenvolvimento do auto­ reconhecimento), bem como tocou uma vez seu nariz, apenas quando estava marcado, enquanto olhava seu reflexo. Esses resultados estão de acordo com a hipótese de que o auto-reconhecimento em espelho é uma capacidade encontrada em diferentes níveis dentre as espécies e não apenas uma condição de "tudo ou nada".
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