Efetividade de intervenções de enfermagem a partir dos resultados de enfermagem esperados para o diagnóstico de enfermagem mobilidade física prejudicada em idosos vulneráveis e frágeis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bastos, Catherina Isdra Moszkowicz
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/200514
Resumo: INTRODUÇÃO: O conceito mais utilizado para a síndrome da fragilidade do idoso (SFI) define esta como uma síndrome biológica que apresenta diminuição da reserva e resistência ao estresse, decorrente de declínios acumulados em vários sistemas fisiológicos, causando vulnerabilidade a resultados adversos devido a perda de capacidade homeostática para resistir a estressores. Esta definição caracteriza-se pelo do fenótipo: perda de peso não intencional, fadiga autorrelatada, redução da força de preensão, diminuição da velocidade da marcha e pouca atividade física. O presente trabalho apresenta como foco dentro da fragilidade intervenções para a melhora da mobilidade física evidenciada pela diminuição da velocidade da marcha presente no fenótipo. O estudo faz-se relevante a medida que pretende subsidiar o conhecimento de enfermeiros e profissionais da saúde a respeito de alterações na mobilidade de idosos como fator associado a fragilidade destes, possibilitando a identificação precoce de potenciais problemas e a realização de orientações e manejo adequado dos diagnósticos de enfermagem “Mobilidade física prejudicada” para idosos frágeis. O objetivo do estudo consiste em analisar a efetividade de intervenções de enfermagem na melhora do diagnóstico “Mobilidade física prejudicada” em idosos frágeis submetidos a um plano de cuidados estruturado a partir da avaliação pela Escala de Fragilidade de Edmonton e de intervenções e resultados de enfermagem com base nas ligações entre North American Nursing Diagnosis Association (NANDA I), Nursing Interventions Classification (NIC) e Nursing Outcomes Classification (NOC). METODO: Estudo quase-experimental, sem grupo controle, com abordagem quantitativa e delineamento de séries temporais. Aninhado em projeto principal intitulado "Efetividade de intervenções de enfermagem na redução da fragilidade em idosos em acompanhamento sistemático" previamente aprovado pelo Comitê de ética do Hospital de Clinicas de Porto Alegre (CEP/ HCPA), nº 331.490 e pela Comissão de Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (COMPESQ/UFRGS) sob o Protocolo no 25339/13. O atual estudo foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem (COMPESQ/EENF) sob o protocolo no 32551. A população compreendeu pacientes idosos com 60 anos ou mais, em atendimento ambulatorial nas agendas de enfermagem do HCPA. Critérios de inclusão: 60 anos ou mais, ter condições de deambular, 12 pontos ou mais no Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), cinco pontos ou mais na Escala de Fragilidade de Edmonton (EFE), apresentar características e fatores relacionados com o DE "Mobilidade Física Prejudicada". Exclusão: usar medicamento hipnótico ou sedativo. Coleta de dados: desenvolvida em três etapas. Na primeira foi aplicado instrumento de dados sociodemográficos, morbidades e condições de saúde, a EFE e MEEM, definida pontuação basal para o resultado de enfermagem (RE) "Mobilidade" e implementação de um plano de cuidados (PC) com base nas ligações entre NANDA I, NIC e NOC. Três meses após a primeira coleta de dados ocorre o seguimento realizado em duas etapas com intervalos de três meses, no qual houve a execução do PC, avaliação do RE e reaplicação da EFE. Resultados: foram avaliados 12 idosos. Sobre o perfil sócio-demográfico, a idade media dos participantes foi 74,25 anos; o sexo prevalente foi o feminino 83,3% (10); a cor da pele branca para 75% (9); quanto a situação conjugal, 66,7% (8) vivem sem companheiro 57% (53); a religião fazse presente para 100% (12); a respeito da escolaridade 50% (6) dos sujeitos estudaram de 1 a 4 anos; quanto a renda média mensal 58,3% (7) afirmou receber entre um e dois salários mínimos; dentre as morbidades mais frequentes destaca-se a hipertensão arterial sistêmica (HAS) para 91,7% (11), a diabetes mellitus (DM) para 83,3% (10) e doenças articulares para 83,3% (10) dos sujeitos. Quanto a identificação da presença de fragilidade e a sua pontuação constata-se que na avaliação inicial dos 12 idosos 25% (3) apresentavam-se aparentemente vulneráveis, 33,3% (4) apresentavam fragilidade leve, 25% (3) apresentavam fragilidade moderada e 16,7% (2) apresentavam fragilidade severa. O NOC basal para o RE "Mobilidade" dos 12 sujeitos foi determinado após a primeira avaliação na primeira etapa. Quanto ao indicador equilíbrio determinado através da avaliação do NOC basal 16,7% (2) o apresentavam muito comprometido, 66,7% (8) apresentavam desvio moderado e 16,7% (2) apresentavam não comprometido, quanto ao indicador andar, 16,7% (2) apresentavam muito comprometido, 25% (3) apresentavam desvio moderado e 58,3% (7) apresentavam não comprometido, quanto ao indicador movimento das articulações 25% (3) apresentavam muito comprometido, 66,7% (8) apresentavam desvio moderado e 8,3% apresentava não comprometido, quanto ao indicador movimentos realizados com facilidade, 8,3% (1) apresentou desvio moderado e 91,7% (11) apresentavam nenhum desvio. Ao comparar a evolução da pontuação dos RE obtidos após a implementação do PC com a pontuação dos RE obtidas com o NOC basal podemos constatar quanto ao indicador equilíbrio da marcha que daqueles 16,7% (2) inicial que apresentavam o indicador muito comprometido, 8,3% (1) manteve o indicador muito comprometido e 8,3% (1) evolui para um indicador com desvio moderado, daqueles 66,7% (8) que apresentavam o indicador com desvio moderado, 58,7% (5) manteve o indicador com desvio moderado e 25% (3) evolui para desvio leve, aqueles 16,7% (2) que não apresentavam desvio inicialmente mantiveram-se da mesma forma ao término do estuo. Quanto ao indicador andar, daqueles 16,7% (2) que apresentavam o indicador muito comprometido 8,3% (1) evolui para o desvio moderado e 8,3% (1) evoluiu para o desvio leve, daqueles 25% (3) que apresentavam desvio moderado inicialmente, 8,3% (1) manteve o desvio moderado ao término do estudo e 16,7% (2) evoluiu para desvio leve, daqueles 58,7% (7) que não apresentavam desvio inicial mantiveram-se assim ao término do estudo. 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Ao comparar as os níveis de fragilidade aferidos através da EFE antes de implantar o PC e ao término dos seis meses de intervenção observa-se uma importante redução dos níveis de fragilidade ao comparar-se a etapa um (pré-intervenção) com a etapa três (pós-intervenção). Na etapa um 16,7% (2) dos sujeitos apresentou fragilidade severa e na etapa três 0% (nenhum caso). A fragilidade moderada reduziu de 25% (3) para 8,3% (1) dos sujeitos. Podemos ver uma maior proporção de sujeitos apresentando níveis de fragilidade leve e aparentemente vulnerável, aumentando de 33,3% (4) e 25% (3) respectivamente para 41,7% em ambos. Não houve nenhum caso com ausência de fragilidade na etapa um, porém na etapa três 8,3% (1) dos sujeitos apresentaram ausência de fragilidade. Ressalta-se que esta redução obteve significância estatística de um ponto, com redução da mediana de 7,5 para 6,5 e valor p=0,02. Conclui-se que a intervenção possui efetividade para a redução da fragilidade, contudo novos estudos devem ser realizados para que se torne mais efetiva para a mobilidade física.
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Na primeira foi aplicado instrumento de dados sociodemográficos, morbidades e condições de saúde, a EFE e MEEM, definida pontuação basal para o resultado de enfermagem (RE) "Mobilidade" e implementação de um plano de cuidados (PC) com base nas ligações entre NANDA I, NIC e NOC. Três meses após a primeira coleta de dados ocorre o seguimento realizado em duas etapas com intervalos de três meses, no qual houve a execução do PC, avaliação do RE e reaplicação da EFE. Resultados: foram avaliados 12 idosos. 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