Etnobotânica e ecologia de populações de Drimys spp. (Winteraceae) no sistema de parcelas permanentes do Corredor Mata Atlântica Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedrollo, Camilo Tomazini
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/18940
Resumo: O gênero Drimys, árvores conhecidas no Brasil como casca-d’anta, casca-para-tudo e cataia, é considerado um elemento de distribuição austral-antártico. A ecologia de populações do gênero, assim como seus dados etnobotânicos, vem sendo investigados no projeto Pesquisas Ecológicas de Longa Duração no Sistema de Parcelas Permanentes do Corredor Mata Atlântica Sul (PLDSisPP-RS). Estudos demográficos, associados com a investigação do conhecimento ecológico local, podem ajudar a construir cenários das trajetórias populacionais frente a diversas condições ecossistêmicas no espaço-tempo, contribuindo para o manejo sustentável das populações. Espécies-foco para a conservação, seja pelo seu potencial de uso ou por sua ocorrência esparsa (espécies raras ou ameaçadas), vem cada vez mais sendo alvo de pesquisas científicas. O presente estudo visa caracterizar os padrões de distribuição de Drimys spp., sua abundância na borda do Planalto Meridional Sul Brasileiro, a estrutura populacional em três Unidades de Conservação no Rio Grande do Sul, além de verificar os conhecimentos empíricos sobre a ecologia e uso tradicional da cascad’anta. Os dados foram compilados da literatura, através de trabalhos florísticos e fitossociológicos, e a partir dos resultados de Parcelas Permanentes do PLDSisPP-RS, comparando-se a densidade (indivíduos/hectare). Os dados etnoecológicos foram obtidos através de entrevistas semi-estruturadas. De maneira geral, as informações obtidas nas entrevistas corroboram os dados farmacológicos e ecológicos presentes na literatura. Quanto aos padrões de abundância, D. brasiliensis apresenta alta frequência na Floresta Ombrófila Mista no sul do Brasil, com ocorrência também na Ombrófila Densa Altomontana no sul e sudeste do Brasil. Por outro lado, D. angustifolia mostrou-se altamente restrita em distribuição, sendo endêmica da borda oriental do Planalto Meridional Brasileiro, concentrando sua abundância em Florestas Nebulares. Das nove populações analisadas em Parcelas Permanentes do PLDSisPP-RS, apenas três apresentaram uma distribuição exponencial por classes de tamanho e quatro apresentaram baixa densidade demográfica. Estudos mais aprofundados nessas populações podem vir a revelar condições limitantes ou facilitadoras da abundância de Drimys spp., no âmbito de pesquisas ecológicas de longa duração.
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