Gasto em saúde e carga de doença : o DALY como possível indicador de desfecho em saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Menegotto, Giovana
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/167289
Resumo: As relações entre gasto em saúde e desfechos em saúde consideram, majoritariamente, como indicadores a expectativa de vida, a mortalidade infantil e a mortalidade materna, demonstrando maiores gastos associados a melhores desfechos em saúde. Contudo, esses indicadores não captam aspectos de saúde que reflitam em maior detalhe o estado de saúde de uma população, sobretudo quando considerados os desafios impostos pelas transições demográfica e epidemiológica, que implicam perfis específicos de necessidades em saúde. A carga de doença, conceito introduzido em 1993 no World Development Report, se revelou como um indicador capaz de incorporar em sua medida essas questões, considerando para o cálculo da sua unidade de medida, o Disability-Adjusted Life Year (DALY), estimativas dos anos perdidos por doenças transmissíveis, doenças não transmissíveis e injúrias. Dessa forma, considerando dados disponíveis de 170 países de DALYs e de gasto em saúde, prosseguiu-se com a investigação da relação entre a carga de doença e o gasto em saúde, utilizando a categorização dos países por grupo de renda. A relação negativa entre gasto e carga de doença indicada pelos resultados foi desagregada na análise das cargas de doenças transmissíveis e de doenças não transmissíveis separadamente. De maneira geral, os resultados revelaram a necessidade da identificação dos perfis epidemiológicos para a definição de estratégias em saúde, uma vez que o gasto, fator importante relacionado à carga de doença, parece ter um comportamento e impacto dependente do tipo de doença considerada. Ou seja, uma relação unidirecional indicada entre gasto e indicador de saúde – conforme descrito na literatura – dá lugar a relações contexto-específicas quando considerada a carga de doença.
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