Creatina previne alterações em parâmetros de memória, atividade da acetilcolinesterase e estresse oxidativo em ratos submetidos à injeção intraestriatal de guanidinoacetato
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/182512 |
Resumo: | A deficiência de guanidinoacetato metiltransferase (GAMT) é um erro inato do metabolismo (EIM) detectado entre as síndromes da deficiência de creatina, sendo causada por uma mutação no gene que codifica a enzima GAMT, o que leva a uma diminuição na síntese de creatina e um consequente aumento na concentração de guanidinoacetato (GAA). Pessoas que sofrem dessa síndrome começam a apresentar sintomas neurológicos na infância como: hipotonia muscular, movimentos extrapiramidais involuntários e convulsões. O objetivo geral do presente projeto foi estudar a neurotoxicidade do GAA, através de estudo do comportamento (teste de reconhecimento de objetos), atividade da enzima acetilcolinesterase (AChE) e testes bioquímicos de estresse oxidativo (enzimas antioxidantes e oxidação da 2,7-diclorofluoresceína), bem como o papel da creatina como neuroprotetora utilizando um modelo de cirurgia estereotáxica em ratos adultos. Ratos Wistar de 60 dias de vida foram submetidos a cirurgia estereotáxica após um pré-tratamento com creatina ou salina que durou 7 dias. Após a cirurgia os animais receberam uma administração intraestriatal sendo divididos em quatro grupos: (1) controle (infusão intraestriatal de salina e pré-tratamento com salina), (2) Salina + GAA (infusão intraestriatal de GAA e pré-tratamento com salina), (3) Creatina + GAA (infusão intraestriatal de GAA e pré-tratamento com creatina), (4) Creatina + Salina (infusão intraestriatal de salina e pré-tratamento com creatina). Uma hora após a administração intraestriatal os ratos foram decapitados para análise bioquímica do estriado ou submetidos ao teste comportamental. Resultados mostraram que a administração intraestriatal de GAA foi capaz prejudicar a performance de ratos no teste de reconhecimento de objetos, além de aumentar a atividade da AChE, aumentar a produção de espécies reativas e diminuir a atividade de enzimas antioxidantes. Creatina se mostrou capaz de prevenir a maioria das alterações, com exceção da diminuição da atividade da enzima superóxido dismutase (SOD). É possível supor que as alterações bioquímicas aqui encontradas contribuem para as alterações neurológicas apresentadas por pacientes com deficiência de GAMT. É possível que a suplementação com creatina possa ser um tratamento adjuvante. |
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Marques, Eduardo PeilWyse, Angela Terezinha de Souza2018-09-25T02:34:10Z2016http://hdl.handle.net/10183/182512001075986A deficiência de guanidinoacetato metiltransferase (GAMT) é um erro inato do metabolismo (EIM) detectado entre as síndromes da deficiência de creatina, sendo causada por uma mutação no gene que codifica a enzima GAMT, o que leva a uma diminuição na síntese de creatina e um consequente aumento na concentração de guanidinoacetato (GAA). Pessoas que sofrem dessa síndrome começam a apresentar sintomas neurológicos na infância como: hipotonia muscular, movimentos extrapiramidais involuntários e convulsões. O objetivo geral do presente projeto foi estudar a neurotoxicidade do GAA, através de estudo do comportamento (teste de reconhecimento de objetos), atividade da enzima acetilcolinesterase (AChE) e testes bioquímicos de estresse oxidativo (enzimas antioxidantes e oxidação da 2,7-diclorofluoresceína), bem como o papel da creatina como neuroprotetora utilizando um modelo de cirurgia estereotáxica em ratos adultos. Ratos Wistar de 60 dias de vida foram submetidos a cirurgia estereotáxica após um pré-tratamento com creatina ou salina que durou 7 dias. Após a cirurgia os animais receberam uma administração intraestriatal sendo divididos em quatro grupos: (1) controle (infusão intraestriatal de salina e pré-tratamento com salina), (2) Salina + GAA (infusão intraestriatal de GAA e pré-tratamento com salina), (3) Creatina + GAA (infusão intraestriatal de GAA e pré-tratamento com creatina), (4) Creatina + Salina (infusão intraestriatal de salina e pré-tratamento com creatina). Uma hora após a administração intraestriatal os ratos foram decapitados para análise bioquímica do estriado ou submetidos ao teste comportamental. Resultados mostraram que a administração intraestriatal de GAA foi capaz prejudicar a performance de ratos no teste de reconhecimento de objetos, além de aumentar a atividade da AChE, aumentar a produção de espécies reativas e diminuir a atividade de enzimas antioxidantes. Creatina se mostrou capaz de prevenir a maioria das alterações, com exceção da diminuição da atividade da enzima superóxido dismutase (SOD). É possível supor que as alterações bioquímicas aqui encontradas contribuem para as alterações neurológicas apresentadas por pacientes com deficiência de GAMT. É possível que a suplementação com creatina possa ser um tratamento adjuvante.application/pdfporErros inatos do metabolismoGuanidinoacetato N-MetiltransferaseCreatinaMemóriaAcetilcolinesteraseEstresse oxidativoCreatina previne alterações em parâmetros de memória, atividade da acetilcolinesterase e estresse oxidativo em ratos submetidos à injeção intraestriatal de guanidinoacetatoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePorto Alegre, BR-RS2016Biomedicinagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001075986.pdfTexto completoapplication/pdf797072http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/182512/1/001075986.pdffae157ede8294149da5e5b4f0eb599aaMD51TEXT001075986.pdf.txt001075986.pdf.txtExtracted Texttext/plain93250http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/182512/2/001075986.pdf.txtdff4ff6469760c65d6afffa793980a62MD52THUMBNAIL001075986.pdf.jpg001075986.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1109http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/182512/3/001075986.pdf.jpg3bb0014284b18cbadd3e096eefd9c914MD5310183/1825122023-06-17 03:36:51.330107oai:www.lume.ufrgs.br:10183/182512Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-06-17T06:36:51Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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