Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Ângela Barreto Santiago
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Junges, Maurício, Ferreira, Daiane Nicoli Silvello dos Santos, Macari, Adriana, Araujo, Bruno Schneider de, Seligman, Beatriz Graeff Santos, Duncan, Bruce Bartholow, Rohde, Luis Eduardo Paim, Clausell, Nadine Oliveira, Foppa, Murilo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/101969
Resumo: Fundamentos: Síndrome Metabólica (SM) está associada com maior risco cardiovascular, porém não está claro se as alterações miocárdicas presentes nessa condição, como a disfunção diastólica, são consequência de mecanismos sistêmicos ou de efeitos diretos no miocárdio. Objetivos: Comparar função diastólica, biomarcadores de atividade da Matriz Extracelular (MEC), inflamação e estresse hemodinâmico, em pacientes com SM e controles saudáveis. Métodos: Pacientes com SM (n = 76) e controles saudáveis (n = 30) foram avaliados clinicamente e submetidos a exame ecocardiográfico e mensuração dos níveis plasmáticos de metaloproteinase-9 (MMP9), inibidor tecidual da metaloproteinase-1 (TIMP1), proteína C reativa ultrassensível (PCR-us), resistência insulínica (HOMA-RI) e NT-proBNP. Resultados: O grupo SM apresentou menor onda E’ (10,1 ± 3,0 cm/s vs. 11,9 ± 2,6 cm/s, p = 0,005), maiores valores para onda A (63,4 ± 14,1 vs. 53,1 ± 8,9 cm/s, p < 0,001), razão E/E’(8,0 ± 2,2 vs. 6,3 ± 1,2; p < 0,001), MMP9 (502,9 ± 237,1 vs. 330,4 ± 162,7 ng/mL, p < 0,001), PCR-us (p = 0,001) e HOMA-RI (p < 0,001), sem diferença nos níveis de TIMP1 e NT-proBNP. Na análise multivariada, apenas MMP9 foi independentemente associada a SM. Conclusão: Pacientes com SM apresentaram diferenças em medidas ecocardiográficas de função diastólica, na atividade da MEC, PCR-us e HOMA-RI em relação aos controles. Porém, somente MMP9 foi independentemente associada com SM. Esses achados sugerem que os efeitos precoces da SM sobre a atividade da MEC podem não ser detectados nas medidas ecocardiográficas de função diastólica usuais.
id UFRGS-2_6cec04ef7261cba42d46eb51af9fc5b2
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/101969
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Santos, Ângela Barreto SantiagoJunges, MaurícioFerreira, Daiane Nicoli Silvello dos SantosMacari, AdrianaAraujo, Bruno Schneider deSeligman, Beatriz Graeff SantosDuncan, Bruce BartholowRohde, Luis Eduardo PaimClausell, Nadine OliveiraFoppa, Murilo2014-08-27T02:11:47Z20130066-782Xhttp://hdl.handle.net/10183/101969000929588Fundamentos: Síndrome Metabólica (SM) está associada com maior risco cardiovascular, porém não está claro se as alterações miocárdicas presentes nessa condição, como a disfunção diastólica, são consequência de mecanismos sistêmicos ou de efeitos diretos no miocárdio. Objetivos: Comparar função diastólica, biomarcadores de atividade da Matriz Extracelular (MEC), inflamação e estresse hemodinâmico, em pacientes com SM e controles saudáveis. Métodos: Pacientes com SM (n = 76) e controles saudáveis (n = 30) foram avaliados clinicamente e submetidos a exame ecocardiográfico e mensuração dos níveis plasmáticos de metaloproteinase-9 (MMP9), inibidor tecidual da metaloproteinase-1 (TIMP1), proteína C reativa ultrassensível (PCR-us), resistência insulínica (HOMA-RI) e NT-proBNP. Resultados: O grupo SM apresentou menor onda E’ (10,1 ± 3,0 cm/s vs. 11,9 ± 2,6 cm/s, p = 0,005), maiores valores para onda A (63,4 ± 14,1 vs. 53,1 ± 8,9 cm/s, p < 0,001), razão E/E’(8,0 ± 2,2 vs. 6,3 ± 1,2; p < 0,001), MMP9 (502,9 ± 237,1 vs. 330,4 ± 162,7 ng/mL, p < 0,001), PCR-us (p = 0,001) e HOMA-RI (p < 0,001), sem diferença nos níveis de TIMP1 e NT-proBNP. Na análise multivariada, apenas MMP9 foi independentemente associada a SM. Conclusão: Pacientes com SM apresentaram diferenças em medidas ecocardiográficas de função diastólica, na atividade da MEC, PCR-us e HOMA-RI em relação aos controles. Porém, somente MMP9 foi independentemente associada com SM. Esses achados sugerem que os efeitos precoces da SM sobre a atividade da MEC podem não ser detectados nas medidas ecocardiográficas de função diastólica usuais.Background: Metabolic syndrome (MS) is associated with increased cardiovascular risk. It is not clear whether myocardial changes showed in this syndrome, such as diastolic dysfunction, are due to the systemic effects of the syndrome, or to specific myocardial effects. Objectives: Compare diastolic function, biomarkers representing extracellular matrix activity (ECM), inflammation and cardiac hemodynamic stress in patients with the MS and healthy controls. Methods: MS patients (n=76) and healthy controls (n=30) were submitted to a clinical assessment, echocardiographic study, and measurement of plasma levels of metalloproteinase-9 (MMP9), tissue inhibitor of metalloproteinase-1 (TIMP1), ultrasensitive-reactive-C-Protein (us-CRP), insulin resistance (HOMA-IR) and natriuretic peptide (NT-proBNP). Results: MS group showed lower E’ wave (10.1 ± 3.0 cm/s vs 11.9 ± 2.6 cm/s, p = 0.005), increased A wave (63.4 ± 14.1 cm/s vs. 53.1 ± 8.9 cm/s; p < 0.001), E/E’ ratio (8.0 ± 2.2 vs. 6.3 ± 1.2; p < 0.001), MMP9 (502.9 ± 237.1 ng/mL vs. 330.4±162.7 ng/mL; p < 0.001), us-CRP (p = 0.001) and HOMA-IR (p < 0.001), but no difference for TIMP1 or NT-proBNP levels. In a multivariable analysis, only MMP9 was independently associated with MS. Conclusion: MS patients showed differences for echocardiographic measures of diastolic function, ECM activity, us-CRP and HOMA-IR when compared to controls. However, only MMP9 was independently associated with the MS. These findings suggest that there are early effects on ECM activity, which cannot be tracked by routine echocardiographic measures of diastolic function.application/pdfporArquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 101, n. 4 (2013), p. 311-316.Síndrome metabólicaFatores de riscoMatriz extracelularDiástoleFisiopatologiaMetabolic syndromeRisk factorsExtracellular matrixDiastole / physiopathologyAlteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólicaEarly change of extracellular matrix and diastolic parameters in metabolic syndrome info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000929588.pdf000929588.pdfTexto completoapplication/pdf360762http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/1/000929588.pdfa53cdee5f93d831f0c375edccfaf156bMD51TEXT000929588.pdf.txt000929588.pdf.txtExtracted Texttext/plain27531http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/2/000929588.pdf.txta40e120d4536aa11d1f2e7b4a0fc4f43MD52THUMBNAIL000929588.pdf.jpg000929588.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1758http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/3/000929588.pdf.jpgbbb9c8a9bac28f31b53f455652ee08c4MD5310183/1019692023-08-27 03:42:23.964263oai:www.lume.ufrgs.br:10183/101969Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-08-27T06:42:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Early change of extracellular matrix and diastolic parameters in metabolic syndrome
title Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica
spellingShingle Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica
Santos, Ângela Barreto Santiago
Síndrome metabólica
Fatores de risco
Matriz extracelular
Diástole
Fisiopatologia
Metabolic syndrome
Risk factors
Extracellular matrix
Diastole / physiopathology
title_short Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica
title_full Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica
title_fullStr Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica
title_full_unstemmed Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica
title_sort Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica
author Santos, Ângela Barreto Santiago
author_facet Santos, Ângela Barreto Santiago
Junges, Maurício
Ferreira, Daiane Nicoli Silvello dos Santos
Macari, Adriana
Araujo, Bruno Schneider de
Seligman, Beatriz Graeff Santos
Duncan, Bruce Bartholow
Rohde, Luis Eduardo Paim
Clausell, Nadine Oliveira
Foppa, Murilo
author_role author
author2 Junges, Maurício
Ferreira, Daiane Nicoli Silvello dos Santos
Macari, Adriana
Araujo, Bruno Schneider de
Seligman, Beatriz Graeff Santos
Duncan, Bruce Bartholow
Rohde, Luis Eduardo Paim
Clausell, Nadine Oliveira
Foppa, Murilo
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Ângela Barreto Santiago
Junges, Maurício
Ferreira, Daiane Nicoli Silvello dos Santos
Macari, Adriana
Araujo, Bruno Schneider de
Seligman, Beatriz Graeff Santos
Duncan, Bruce Bartholow
Rohde, Luis Eduardo Paim
Clausell, Nadine Oliveira
Foppa, Murilo
dc.subject.por.fl_str_mv Síndrome metabólica
Fatores de risco
Matriz extracelular
Diástole
Fisiopatologia
topic Síndrome metabólica
Fatores de risco
Matriz extracelular
Diástole
Fisiopatologia
Metabolic syndrome
Risk factors
Extracellular matrix
Diastole / physiopathology
dc.subject.eng.fl_str_mv Metabolic syndrome
Risk factors
Extracellular matrix
Diastole / physiopathology
description Fundamentos: Síndrome Metabólica (SM) está associada com maior risco cardiovascular, porém não está claro se as alterações miocárdicas presentes nessa condição, como a disfunção diastólica, são consequência de mecanismos sistêmicos ou de efeitos diretos no miocárdio. Objetivos: Comparar função diastólica, biomarcadores de atividade da Matriz Extracelular (MEC), inflamação e estresse hemodinâmico, em pacientes com SM e controles saudáveis. Métodos: Pacientes com SM (n = 76) e controles saudáveis (n = 30) foram avaliados clinicamente e submetidos a exame ecocardiográfico e mensuração dos níveis plasmáticos de metaloproteinase-9 (MMP9), inibidor tecidual da metaloproteinase-1 (TIMP1), proteína C reativa ultrassensível (PCR-us), resistência insulínica (HOMA-RI) e NT-proBNP. Resultados: O grupo SM apresentou menor onda E’ (10,1 ± 3,0 cm/s vs. 11,9 ± 2,6 cm/s, p = 0,005), maiores valores para onda A (63,4 ± 14,1 vs. 53,1 ± 8,9 cm/s, p < 0,001), razão E/E’(8,0 ± 2,2 vs. 6,3 ± 1,2; p < 0,001), MMP9 (502,9 ± 237,1 vs. 330,4 ± 162,7 ng/mL, p < 0,001), PCR-us (p = 0,001) e HOMA-RI (p < 0,001), sem diferença nos níveis de TIMP1 e NT-proBNP. Na análise multivariada, apenas MMP9 foi independentemente associada a SM. Conclusão: Pacientes com SM apresentaram diferenças em medidas ecocardiográficas de função diastólica, na atividade da MEC, PCR-us e HOMA-RI em relação aos controles. Porém, somente MMP9 foi independentemente associada com SM. Esses achados sugerem que os efeitos precoces da SM sobre a atividade da MEC podem não ser detectados nas medidas ecocardiográficas de função diastólica usuais.
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-08-27T02:11:47Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/101969
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0066-782X
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000929588
identifier_str_mv 0066-782X
000929588
url http://hdl.handle.net/10183/101969
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Arquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 101, n. 4 (2013), p. 311-316.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/1/000929588.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/2/000929588.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/3/000929588.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv a53cdee5f93d831f0c375edccfaf156b
a40e120d4536aa11d1f2e7b4a0fc4f43
bbb9c8a9bac28f31b53f455652ee08c4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224847373631488