Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/101969 |
Resumo: | Fundamentos: Síndrome Metabólica (SM) está associada com maior risco cardiovascular, porém não está claro se as alterações miocárdicas presentes nessa condição, como a disfunção diastólica, são consequência de mecanismos sistêmicos ou de efeitos diretos no miocárdio. Objetivos: Comparar função diastólica, biomarcadores de atividade da Matriz Extracelular (MEC), inflamação e estresse hemodinâmico, em pacientes com SM e controles saudáveis. Métodos: Pacientes com SM (n = 76) e controles saudáveis (n = 30) foram avaliados clinicamente e submetidos a exame ecocardiográfico e mensuração dos níveis plasmáticos de metaloproteinase-9 (MMP9), inibidor tecidual da metaloproteinase-1 (TIMP1), proteína C reativa ultrassensível (PCR-us), resistência insulínica (HOMA-RI) e NT-proBNP. Resultados: O grupo SM apresentou menor onda E’ (10,1 ± 3,0 cm/s vs. 11,9 ± 2,6 cm/s, p = 0,005), maiores valores para onda A (63,4 ± 14,1 vs. 53,1 ± 8,9 cm/s, p < 0,001), razão E/E’(8,0 ± 2,2 vs. 6,3 ± 1,2; p < 0,001), MMP9 (502,9 ± 237,1 vs. 330,4 ± 162,7 ng/mL, p < 0,001), PCR-us (p = 0,001) e HOMA-RI (p < 0,001), sem diferença nos níveis de TIMP1 e NT-proBNP. Na análise multivariada, apenas MMP9 foi independentemente associada a SM. Conclusão: Pacientes com SM apresentaram diferenças em medidas ecocardiográficas de função diastólica, na atividade da MEC, PCR-us e HOMA-RI em relação aos controles. Porém, somente MMP9 foi independentemente associada com SM. Esses achados sugerem que os efeitos precoces da SM sobre a atividade da MEC podem não ser detectados nas medidas ecocardiográficas de função diastólica usuais. |
id |
UFRGS-2_6cec04ef7261cba42d46eb51af9fc5b2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/101969 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Santos, Ângela Barreto SantiagoJunges, MaurícioFerreira, Daiane Nicoli Silvello dos SantosMacari, AdrianaAraujo, Bruno Schneider deSeligman, Beatriz Graeff SantosDuncan, Bruce BartholowRohde, Luis Eduardo PaimClausell, Nadine OliveiraFoppa, Murilo2014-08-27T02:11:47Z20130066-782Xhttp://hdl.handle.net/10183/101969000929588Fundamentos: Síndrome Metabólica (SM) está associada com maior risco cardiovascular, porém não está claro se as alterações miocárdicas presentes nessa condição, como a disfunção diastólica, são consequência de mecanismos sistêmicos ou de efeitos diretos no miocárdio. Objetivos: Comparar função diastólica, biomarcadores de atividade da Matriz Extracelular (MEC), inflamação e estresse hemodinâmico, em pacientes com SM e controles saudáveis. Métodos: Pacientes com SM (n = 76) e controles saudáveis (n = 30) foram avaliados clinicamente e submetidos a exame ecocardiográfico e mensuração dos níveis plasmáticos de metaloproteinase-9 (MMP9), inibidor tecidual da metaloproteinase-1 (TIMP1), proteína C reativa ultrassensível (PCR-us), resistência insulínica (HOMA-RI) e NT-proBNP. Resultados: O grupo SM apresentou menor onda E’ (10,1 ± 3,0 cm/s vs. 11,9 ± 2,6 cm/s, p = 0,005), maiores valores para onda A (63,4 ± 14,1 vs. 53,1 ± 8,9 cm/s, p < 0,001), razão E/E’(8,0 ± 2,2 vs. 6,3 ± 1,2; p < 0,001), MMP9 (502,9 ± 237,1 vs. 330,4 ± 162,7 ng/mL, p < 0,001), PCR-us (p = 0,001) e HOMA-RI (p < 0,001), sem diferença nos níveis de TIMP1 e NT-proBNP. Na análise multivariada, apenas MMP9 foi independentemente associada a SM. Conclusão: Pacientes com SM apresentaram diferenças em medidas ecocardiográficas de função diastólica, na atividade da MEC, PCR-us e HOMA-RI em relação aos controles. Porém, somente MMP9 foi independentemente associada com SM. Esses achados sugerem que os efeitos precoces da SM sobre a atividade da MEC podem não ser detectados nas medidas ecocardiográficas de função diastólica usuais.Background: Metabolic syndrome (MS) is associated with increased cardiovascular risk. It is not clear whether myocardial changes showed in this syndrome, such as diastolic dysfunction, are due to the systemic effects of the syndrome, or to specific myocardial effects. Objectives: Compare diastolic function, biomarkers representing extracellular matrix activity (ECM), inflammation and cardiac hemodynamic stress in patients with the MS and healthy controls. Methods: MS patients (n=76) and healthy controls (n=30) were submitted to a clinical assessment, echocardiographic study, and measurement of plasma levels of metalloproteinase-9 (MMP9), tissue inhibitor of metalloproteinase-1 (TIMP1), ultrasensitive-reactive-C-Protein (us-CRP), insulin resistance (HOMA-IR) and natriuretic peptide (NT-proBNP). Results: MS group showed lower E’ wave (10.1 ± 3.0 cm/s vs 11.9 ± 2.6 cm/s, p = 0.005), increased A wave (63.4 ± 14.1 cm/s vs. 53.1 ± 8.9 cm/s; p < 0.001), E/E’ ratio (8.0 ± 2.2 vs. 6.3 ± 1.2; p < 0.001), MMP9 (502.9 ± 237.1 ng/mL vs. 330.4±162.7 ng/mL; p < 0.001), us-CRP (p = 0.001) and HOMA-IR (p < 0.001), but no difference for TIMP1 or NT-proBNP levels. In a multivariable analysis, only MMP9 was independently associated with MS. Conclusion: MS patients showed differences for echocardiographic measures of diastolic function, ECM activity, us-CRP and HOMA-IR when compared to controls. However, only MMP9 was independently associated with the MS. These findings suggest that there are early effects on ECM activity, which cannot be tracked by routine echocardiographic measures of diastolic function.application/pdfporArquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 101, n. 4 (2013), p. 311-316.Síndrome metabólicaFatores de riscoMatriz extracelularDiástoleFisiopatologiaMetabolic syndromeRisk factorsExtracellular matrixDiastole / physiopathologyAlteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólicaEarly change of extracellular matrix and diastolic parameters in metabolic syndrome info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000929588.pdf000929588.pdfTexto completoapplication/pdf360762http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/1/000929588.pdfa53cdee5f93d831f0c375edccfaf156bMD51TEXT000929588.pdf.txt000929588.pdf.txtExtracted Texttext/plain27531http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/2/000929588.pdf.txta40e120d4536aa11d1f2e7b4a0fc4f43MD52THUMBNAIL000929588.pdf.jpg000929588.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1758http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/3/000929588.pdf.jpgbbb9c8a9bac28f31b53f455652ee08c4MD5310183/1019692023-08-27 03:42:23.964263oai:www.lume.ufrgs.br:10183/101969Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-08-27T06:42:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Early change of extracellular matrix and diastolic parameters in metabolic syndrome |
title |
Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica |
spellingShingle |
Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica Santos, Ângela Barreto Santiago Síndrome metabólica Fatores de risco Matriz extracelular Diástole Fisiopatologia Metabolic syndrome Risk factors Extracellular matrix Diastole / physiopathology |
title_short |
Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica |
title_full |
Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica |
title_fullStr |
Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica |
title_full_unstemmed |
Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica |
title_sort |
Alteração precoce da matriz extracelular e parâmetros diastólicos na síndrome metabólica |
author |
Santos, Ângela Barreto Santiago |
author_facet |
Santos, Ângela Barreto Santiago Junges, Maurício Ferreira, Daiane Nicoli Silvello dos Santos Macari, Adriana Araujo, Bruno Schneider de Seligman, Beatriz Graeff Santos Duncan, Bruce Bartholow Rohde, Luis Eduardo Paim Clausell, Nadine Oliveira Foppa, Murilo |
author_role |
author |
author2 |
Junges, Maurício Ferreira, Daiane Nicoli Silvello dos Santos Macari, Adriana Araujo, Bruno Schneider de Seligman, Beatriz Graeff Santos Duncan, Bruce Bartholow Rohde, Luis Eduardo Paim Clausell, Nadine Oliveira Foppa, Murilo |
author2_role |
author author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Ângela Barreto Santiago Junges, Maurício Ferreira, Daiane Nicoli Silvello dos Santos Macari, Adriana Araujo, Bruno Schneider de Seligman, Beatriz Graeff Santos Duncan, Bruce Bartholow Rohde, Luis Eduardo Paim Clausell, Nadine Oliveira Foppa, Murilo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Síndrome metabólica Fatores de risco Matriz extracelular Diástole Fisiopatologia |
topic |
Síndrome metabólica Fatores de risco Matriz extracelular Diástole Fisiopatologia Metabolic syndrome Risk factors Extracellular matrix Diastole / physiopathology |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Metabolic syndrome Risk factors Extracellular matrix Diastole / physiopathology |
description |
Fundamentos: Síndrome Metabólica (SM) está associada com maior risco cardiovascular, porém não está claro se as alterações miocárdicas presentes nessa condição, como a disfunção diastólica, são consequência de mecanismos sistêmicos ou de efeitos diretos no miocárdio. Objetivos: Comparar função diastólica, biomarcadores de atividade da Matriz Extracelular (MEC), inflamação e estresse hemodinâmico, em pacientes com SM e controles saudáveis. Métodos: Pacientes com SM (n = 76) e controles saudáveis (n = 30) foram avaliados clinicamente e submetidos a exame ecocardiográfico e mensuração dos níveis plasmáticos de metaloproteinase-9 (MMP9), inibidor tecidual da metaloproteinase-1 (TIMP1), proteína C reativa ultrassensível (PCR-us), resistência insulínica (HOMA-RI) e NT-proBNP. Resultados: O grupo SM apresentou menor onda E’ (10,1 ± 3,0 cm/s vs. 11,9 ± 2,6 cm/s, p = 0,005), maiores valores para onda A (63,4 ± 14,1 vs. 53,1 ± 8,9 cm/s, p < 0,001), razão E/E’(8,0 ± 2,2 vs. 6,3 ± 1,2; p < 0,001), MMP9 (502,9 ± 237,1 vs. 330,4 ± 162,7 ng/mL, p < 0,001), PCR-us (p = 0,001) e HOMA-RI (p < 0,001), sem diferença nos níveis de TIMP1 e NT-proBNP. Na análise multivariada, apenas MMP9 foi independentemente associada a SM. Conclusão: Pacientes com SM apresentaram diferenças em medidas ecocardiográficas de função diastólica, na atividade da MEC, PCR-us e HOMA-RI em relação aos controles. Porém, somente MMP9 foi independentemente associada com SM. Esses achados sugerem que os efeitos precoces da SM sobre a atividade da MEC podem não ser detectados nas medidas ecocardiográficas de função diastólica usuais. |
publishDate |
2013 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-08-27T02:11:47Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/101969 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0066-782X |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000929588 |
identifier_str_mv |
0066-782X 000929588 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/101969 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Arquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 101, n. 4 (2013), p. 311-316. |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/1/000929588.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/2/000929588.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101969/3/000929588.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
a53cdee5f93d831f0c375edccfaf156b a40e120d4536aa11d1f2e7b4a0fc4f43 bbb9c8a9bac28f31b53f455652ee08c4 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224847373631488 |