Sugestão de protocolo assistencial para atendimento de urticária aguda e anafilaxia na emergência pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/272697 |
Resumo: | A urticária é uma condição comum, afetando cerca de 20% da população ao longo da vida, com maior incidência em crianças com dermatite atópica. Infecções, especialmente causadas por vírus, são os principais desencadeadores, juntamente com fatores como medicamentos, alimentos e picadas de insetos. As lesões cutâneas se apresentam como placas elevadas e eritematosas, muitas vezes com prurido intenso, podendo ocorrer angioedema. Classificada em aguda (menos de seis semanas) e crônica (seis semanas ou mais), a urticária tem fisiopatologia envolvendo reação alérgica mediada por IgE. O diagnóstico é clínico, com ênfase em anamnese detalhada para identificar possíveis desencadeadores. Os exames laboratoriais visam investigar agentes etiológicos, embora nem sempre sejam identificados. O tratamento envolve remoção do desencadeante quando possível. Anti-histamínicos H1 de segunda geração são a primeira linha, podendo ser complementados com corticosteroides orais em casos graves. Em situações severas, como angioedema com comprometimento da via aérea, a adrenalina é indicada. A anafilaxia é uma reação alérgica aguda e generalizada, podendo ser letal. Os principais desencadeadores são alimentos, medicamentos, picadas de insetos e látex. A fisiopatologia envolve hipersensibilidade imediata mediada por IgE, desencadeando a liberação rápida de mediadores inflamatórios. O diagnóstico é clínico, destacando-se a necessidade de avaliação rápida e tratamento imediato. O tratamento da anafilaxia inclui remoção do agente causal, suporte circulatório com adrenalina, suporte de via aérea e agentes adjuvantes como anti-histamínicos e corticosteroides. O acompanhamento pós-alta é crucial, com prescrição de corticosteroides e anti-histamínicos por via oral, além de encaminhamento para avaliação alergológica. Em resumo, tanto a urticária quanto a anafilaxia são condições alérgicas graves que demandam diagnóstico precoce, tratamento imediato e acompanhamento adequado para evitar complicações e recorrências. Sendo assim, este trabalho visa sugerir de forma sistemática um protocolo assistencial de tratamento para padronização da assistência e redução da morbimortalidade causada por tais doenças. |
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Minetto, Maiara da SilvaMachado, Sandra Helena2024-03-01T04:58:15Z2024http://hdl.handle.net/10183/272697001197049A urticária é uma condição comum, afetando cerca de 20% da população ao longo da vida, com maior incidência em crianças com dermatite atópica. Infecções, especialmente causadas por vírus, são os principais desencadeadores, juntamente com fatores como medicamentos, alimentos e picadas de insetos. As lesões cutâneas se apresentam como placas elevadas e eritematosas, muitas vezes com prurido intenso, podendo ocorrer angioedema. Classificada em aguda (menos de seis semanas) e crônica (seis semanas ou mais), a urticária tem fisiopatologia envolvendo reação alérgica mediada por IgE. O diagnóstico é clínico, com ênfase em anamnese detalhada para identificar possíveis desencadeadores. Os exames laboratoriais visam investigar agentes etiológicos, embora nem sempre sejam identificados. O tratamento envolve remoção do desencadeante quando possível. Anti-histamínicos H1 de segunda geração são a primeira linha, podendo ser complementados com corticosteroides orais em casos graves. Em situações severas, como angioedema com comprometimento da via aérea, a adrenalina é indicada. A anafilaxia é uma reação alérgica aguda e generalizada, podendo ser letal. Os principais desencadeadores são alimentos, medicamentos, picadas de insetos e látex. A fisiopatologia envolve hipersensibilidade imediata mediada por IgE, desencadeando a liberação rápida de mediadores inflamatórios. O diagnóstico é clínico, destacando-se a necessidade de avaliação rápida e tratamento imediato. O tratamento da anafilaxia inclui remoção do agente causal, suporte circulatório com adrenalina, suporte de via aérea e agentes adjuvantes como anti-histamínicos e corticosteroides. O acompanhamento pós-alta é crucial, com prescrição de corticosteroides e anti-histamínicos por via oral, além de encaminhamento para avaliação alergológica. Em resumo, tanto a urticária quanto a anafilaxia são condições alérgicas graves que demandam diagnóstico precoce, tratamento imediato e acompanhamento adequado para evitar complicações e recorrências. Sendo assim, este trabalho visa sugerir de forma sistemática um protocolo assistencial de tratamento para padronização da assistência e redução da morbimortalidade causada por tais doenças.Urticaria is a common condition, affecting around 20% of the population over a lifetime, with a higher incidence in children with atopic dermatitis. Infections, especially those caused by viruses, are the main triggers, along with factors such as medications, foods and insect bites. Skin lesions present as raised erythematous plaques, often with intense itching, and angioedema may occur. Classified into acute (less than six weeks) and chronic (six weeks or more), urticaria has a pathophysiology involving IgE-mediated allergic reactions. The diagnosis is clinical, emphasizing a detailed medical history to identify potential triggers. Laboratory tests aim to investigate etiological agents, although they are not always identified. Treatment involves removing the trigger when possible. Second-generation H1 antihistamines are the first-line treatment, with oral corticosteroids added in severe cases. In severe situations, such as angioedema with airway involvement, adrenaline is indicated. Anaphylaxis is an acute and generalized allergic reaction that can be lethal. The main triggers are foods, medications, insect bites and latex. The pathophysiology involves immediate hypersensitivity mediated by IgE, triggering the rapid release of inflammatory mediators. The diagnosis is clinical, highlighted by the need for rapid assessment and immediate treatment. The treatment of anaphylaxis includes removing the causative agent, circulatory support with adrenaline, airway support, and adjuvant agents such as antihistamines and corticosteroids. Post-discharge follow-up is crucial, with the prescription of oral corticosteroids and antihistamines, as well as referral for allergological evaluation. In summary, both urticaria and anaphylaxis are serious allergic conditions that require early diagnosis, immediate treatment, and adequate follow-up to prevent complications and recurrences. Thus, this paper aims to systematically suggest a treatment protocol to standardize care and reduce morbidity and mortality caused by these diseases.application/pdfporUrticariaAnafilaxiaTerapêuticaProtocolos clínicosPediatriaUrticariaAnaphylaxisTreatmentFlowchartProtocolSugestão de protocolo assistencial para atendimento de urticária aguda e anafilaxia na emergência pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisHospital de Clínicas de Porto AlegrePorto Alegre, BR-RS2024especializaçãoPrograma de Residência Médica em Pediatriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001197049.pdf.txt001197049.pdf.txtExtracted Texttext/plain47514http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272697/2/001197049.pdf.txtc53848395f3726fa5cf8271ea139f261MD52ORIGINAL001197049.pdfTexto completoapplication/pdf1271687http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/272697/1/001197049.pdf805c9718a0f85224eb17d6b90802e3d3MD5110183/2726972024-03-02 05:06:45.101076oai:www.lume.ufrgs.br:10183/272697Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-03-02T08:06:45Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A urticária é uma condição comum, afetando cerca de 20% da população ao longo da vida, com maior incidência em crianças com dermatite atópica. Infecções, especialmente causadas por vírus, são os principais desencadeadores, juntamente com fatores como medicamentos, alimentos e picadas de insetos. As lesões cutâneas se apresentam como placas elevadas e eritematosas, muitas vezes com prurido intenso, podendo ocorrer angioedema. Classificada em aguda (menos de seis semanas) e crônica (seis semanas ou mais), a urticária tem fisiopatologia envolvendo reação alérgica mediada por IgE. O diagnóstico é clínico, com ênfase em anamnese detalhada para identificar possíveis desencadeadores. Os exames laboratoriais visam investigar agentes etiológicos, embora nem sempre sejam identificados. O tratamento envolve remoção do desencadeante quando possível. Anti-histamínicos H1 de segunda geração são a primeira linha, podendo ser complementados com corticosteroides orais em casos graves. Em situações severas, como angioedema com comprometimento da via aérea, a adrenalina é indicada. A anafilaxia é uma reação alérgica aguda e generalizada, podendo ser letal. Os principais desencadeadores são alimentos, medicamentos, picadas de insetos e látex. A fisiopatologia envolve hipersensibilidade imediata mediada por IgE, desencadeando a liberação rápida de mediadores inflamatórios. O diagnóstico é clínico, destacando-se a necessidade de avaliação rápida e tratamento imediato. O tratamento da anafilaxia inclui remoção do agente causal, suporte circulatório com adrenalina, suporte de via aérea e agentes adjuvantes como anti-histamínicos e corticosteroides. O acompanhamento pós-alta é crucial, com prescrição de corticosteroides e anti-histamínicos por via oral, além de encaminhamento para avaliação alergológica. Em resumo, tanto a urticária quanto a anafilaxia são condições alérgicas graves que demandam diagnóstico precoce, tratamento imediato e acompanhamento adequado para evitar complicações e recorrências. Sendo assim, este trabalho visa sugerir de forma sistemática um protocolo assistencial de tratamento para padronização da assistência e redução da morbimortalidade causada por tais doenças. |
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