Avaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Escouto, Millena Fonseca
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/253606
Resumo: Introdução: A presença de formas imaturas da linhagem granulocítica é conhecida como desvio à esquerda (DE). A maioria dos analisadores hematológicos não quantificam essas células, identificando-as através da emissão de alarmes para que o analista realize a revisão microscópica da lâmina. Um dos alarmes que estão associados à esta condição é o Índice de Imaturidade Granulocítica (IG%), que identifica a presença de pro-mielócitos, mielócitos e metamielócitos, para o qual não há consenso entre os laboratórios em relação ao ponto de corte necessário para a revisão microscópica, gerando um grande número de lâminas desnecessariamente analisadas na rotina. Objetivos: Avaliar a concordância entre a emissão de alarmes de IG% pelo equipamento Sysmex XN com a presença de DE na análise microscópica, visando estabelecer um ponto de corte ideal como critério para revisão de lâminas. Metodologia: Foram avaliados resultados de 225 hemogramas com emissão de alarme de IG% pelo equipamento Sysmex XN maior que 1%, os quais foram submetidos à revisão microscópica por dois analisadores independentes e o diferencial de leucócitos encontrado foi utilizado para comparação com a automação. Resultados: Observou-se uma correlação interoperador muito boa para a contagem de leucócitos normais (k=0,940), assim como para os granulócitos imaturos (k=0,840). O mesmo foi observado para a correlação entre a avaliação microscópica manual e a automação considerando somente os leucócitos normais (k=0,833). Entretanto, observou-se uma correlação fraca (k=0,282) entre a presença de granulócitos imaturos obtidos pela avaliação manual com o alarme de IG% emitido pelo equipamento considerando como ponto de corte 1%. Baseado na análise da Curva ROC, o ponto de corte ideal para o alarme IG% seria de 1,8%. Conclusão: Observou-se que, conforme já indicado pelo fabricante, o alarme IG% apresenta elevada sensibilidade, porém especificidade limitada para a identificação de granulócitos imaturos. A utilização do ponto de corte de 1,8% geraria uma taxa de resultados falso-negativos de aproximadamente 35%. Sugere-se a mudança do ponto de corte de 1,0% para 1,2%, o que diminuiria a presença de resultados falso-positivos sem prejudicar a qualidade das análises realizadas, evitando revisões de lâminas desnecessárias na rotina do serviço.
id UFRGS-2_6ead4829e55642f2359b276010cd74ea
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/253606
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Escouto, Millena FonsecaPilger, Diogo Andre2023-01-12T04:56:30Z2020http://hdl.handle.net/10183/253606001126045Introdução: A presença de formas imaturas da linhagem granulocítica é conhecida como desvio à esquerda (DE). A maioria dos analisadores hematológicos não quantificam essas células, identificando-as através da emissão de alarmes para que o analista realize a revisão microscópica da lâmina. Um dos alarmes que estão associados à esta condição é o Índice de Imaturidade Granulocítica (IG%), que identifica a presença de pro-mielócitos, mielócitos e metamielócitos, para o qual não há consenso entre os laboratórios em relação ao ponto de corte necessário para a revisão microscópica, gerando um grande número de lâminas desnecessariamente analisadas na rotina. Objetivos: Avaliar a concordância entre a emissão de alarmes de IG% pelo equipamento Sysmex XN com a presença de DE na análise microscópica, visando estabelecer um ponto de corte ideal como critério para revisão de lâminas. Metodologia: Foram avaliados resultados de 225 hemogramas com emissão de alarme de IG% pelo equipamento Sysmex XN maior que 1%, os quais foram submetidos à revisão microscópica por dois analisadores independentes e o diferencial de leucócitos encontrado foi utilizado para comparação com a automação. Resultados: Observou-se uma correlação interoperador muito boa para a contagem de leucócitos normais (k=0,940), assim como para os granulócitos imaturos (k=0,840). O mesmo foi observado para a correlação entre a avaliação microscópica manual e a automação considerando somente os leucócitos normais (k=0,833). Entretanto, observou-se uma correlação fraca (k=0,282) entre a presença de granulócitos imaturos obtidos pela avaliação manual com o alarme de IG% emitido pelo equipamento considerando como ponto de corte 1%. Baseado na análise da Curva ROC, o ponto de corte ideal para o alarme IG% seria de 1,8%. Conclusão: Observou-se que, conforme já indicado pelo fabricante, o alarme IG% apresenta elevada sensibilidade, porém especificidade limitada para a identificação de granulócitos imaturos. A utilização do ponto de corte de 1,8% geraria uma taxa de resultados falso-negativos de aproximadamente 35%. Sugere-se a mudança do ponto de corte de 1,0% para 1,2%, o que diminuiria a presença de resultados falso-positivos sem prejudicar a qualidade das análises realizadas, evitando revisões de lâminas desnecessárias na rotina do serviço.application/pdfporFarmáciaGranulócitosTestes laboratoriaisAvaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPorto Alegre, BR-RS2020Farmáciagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001126045.pdf.txt001126045.pdf.txtExtracted Texttext/plain37894http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253606/2/001126045.pdf.txtd34ba427dbacbb37ce9317e0e5c48bd6MD52ORIGINAL001126045.pdfTexto completoapplication/pdf1425546http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253606/1/001126045.pdf5bf184d0417bf0d2ef72d26ce2c6f75dMD5110183/2536062023-01-13 06:03:46.482382oai:www.lume.ufrgs.br:10183/253606Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-01-13T08:03:46Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorial
title Avaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorial
spellingShingle Avaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorial
Escouto, Millena Fonseca
Farmácia
Granulócitos
Testes laboratoriais
title_short Avaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorial
title_full Avaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorial
title_fullStr Avaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorial
title_full_unstemmed Avaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorial
title_sort Avaliação do parâmetro Índice de Granulócitos Imaturos como critério de revisão microscópica na rotina laboratorial
author Escouto, Millena Fonseca
author_facet Escouto, Millena Fonseca
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Escouto, Millena Fonseca
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Pilger, Diogo Andre
contributor_str_mv Pilger, Diogo Andre
dc.subject.por.fl_str_mv Farmácia
Granulócitos
Testes laboratoriais
topic Farmácia
Granulócitos
Testes laboratoriais
description Introdução: A presença de formas imaturas da linhagem granulocítica é conhecida como desvio à esquerda (DE). A maioria dos analisadores hematológicos não quantificam essas células, identificando-as através da emissão de alarmes para que o analista realize a revisão microscópica da lâmina. Um dos alarmes que estão associados à esta condição é o Índice de Imaturidade Granulocítica (IG%), que identifica a presença de pro-mielócitos, mielócitos e metamielócitos, para o qual não há consenso entre os laboratórios em relação ao ponto de corte necessário para a revisão microscópica, gerando um grande número de lâminas desnecessariamente analisadas na rotina. Objetivos: Avaliar a concordância entre a emissão de alarmes de IG% pelo equipamento Sysmex XN com a presença de DE na análise microscópica, visando estabelecer um ponto de corte ideal como critério para revisão de lâminas. Metodologia: Foram avaliados resultados de 225 hemogramas com emissão de alarme de IG% pelo equipamento Sysmex XN maior que 1%, os quais foram submetidos à revisão microscópica por dois analisadores independentes e o diferencial de leucócitos encontrado foi utilizado para comparação com a automação. Resultados: Observou-se uma correlação interoperador muito boa para a contagem de leucócitos normais (k=0,940), assim como para os granulócitos imaturos (k=0,840). O mesmo foi observado para a correlação entre a avaliação microscópica manual e a automação considerando somente os leucócitos normais (k=0,833). Entretanto, observou-se uma correlação fraca (k=0,282) entre a presença de granulócitos imaturos obtidos pela avaliação manual com o alarme de IG% emitido pelo equipamento considerando como ponto de corte 1%. Baseado na análise da Curva ROC, o ponto de corte ideal para o alarme IG% seria de 1,8%. Conclusão: Observou-se que, conforme já indicado pelo fabricante, o alarme IG% apresenta elevada sensibilidade, porém especificidade limitada para a identificação de granulócitos imaturos. A utilização do ponto de corte de 1,8% geraria uma taxa de resultados falso-negativos de aproximadamente 35%. Sugere-se a mudança do ponto de corte de 1,0% para 1,2%, o que diminuiria a presença de resultados falso-positivos sem prejudicar a qualidade das análises realizadas, evitando revisões de lâminas desnecessárias na rotina do serviço.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-01-12T04:56:30Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/253606
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001126045
url http://hdl.handle.net/10183/253606
identifier_str_mv 001126045
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253606/2/001126045.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253606/1/001126045.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv d34ba427dbacbb37ce9317e0e5c48bd6
5bf184d0417bf0d2ef72d26ce2c6f75d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1815447327948668928