Morfologias e petrografia dos derrames básicos do vulcanismo Serra Geral em Araguari (MG)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Weschenfelder, Jonas Henrique
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/172310
Resumo: Os tipos morfológicos de derrames básicos do Vulcanismo Serra Geral no município de Araguari (MG), nas áreas de estudo 1 (Ferrovia Centro – Atlântica) e 2 (Arpasa 1 e 2), foram descritos e interpretados neste trabalho. A carência de detalhamento dos conhecimentos geológicos referentes a estes morfotipos motivou a presente pesquisa, assim como as diferenças expressivas em relação ao clima atuante na região durante o emplacement destas lavas, quando comparado à porção sul da Bacia do Paraná (Calha de Torres). Através de mapeamento geológico com levantamento de seções colunares para descrição e organização dos dados, além de estudo petrográfico, foi possível identificar e caracterizar os derrames básicos como dos tipos pahoehoe simples e compostos, além de derrames subaéreos do tipo lava em almofada e depósitos associados. Estes morfotipos são indicativos de um vulcanismo cuja taxa de efusão era baixa, permitindo a formação e manutenção de lobos em almofada e derrames com grandes espessuras (> 20 m). Na caracterização petrográfica, todas as amostras referentes aos derrames observados foram classificadas como basaltos, e com o uso dos dados fornecidos pela técnica de fluorescência de raios X (dados de geoquímica de rocha), foi possível classificar estes litotipos como basaltos de afinidade toleítica alto TiO2 A presença de pseudomorfos de olivina (iddingsita) na forma de fenocristais nos derrames da área de estudo 2, entre outros indicativos de menor diferenciação (elementos menores), sugerem que os morfotipos das lavas em almofada são mais diferenciados, o que remete a dois momentos de um mesmo vulcanismo. Os morfotipos diagnósticos de interação água/sedimento observados sugerem que o paleoclima da região era muito diferente daquele observado no extremo sul da Bacia do Paraná (Formação Torres), mas semelhante as condições de colocação das rochas da porção mais central (Formação Vale do Sol), indicando uma variação significativa na configuração climática da Bacia do Paraná no eixo sul-norte. Os indicativos de paleorelevo, como padrões morfológicos e a porosidade primária dos derrames de lavas em almofada (20 – 33%) suporta a hipótese de um ambiente de colocação rasa, com no máximo algumas dezenas de metros de espessura.
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Estes morfotipos são indicativos de um vulcanismo cuja taxa de efusão era baixa, permitindo a formação e manutenção de lobos em almofada e derrames com grandes espessuras (> 20 m). Na caracterização petrográfica, todas as amostras referentes aos derrames observados foram classificadas como basaltos, e com o uso dos dados fornecidos pela técnica de fluorescência de raios X (dados de geoquímica de rocha), foi possível classificar estes litotipos como basaltos de afinidade toleítica alto TiO2 A presença de pseudomorfos de olivina (iddingsita) na forma de fenocristais nos derrames da área de estudo 2, entre outros indicativos de menor diferenciação (elementos menores), sugerem que os morfotipos das lavas em almofada são mais diferenciados, o que remete a dois momentos de um mesmo vulcanismo. Os morfotipos diagnósticos de interação água/sedimento observados sugerem que o paleoclima da região era muito diferente daquele observado no extremo sul da Bacia do Paraná (Formação Torres), mas semelhante as condições de colocação das rochas da porção mais central (Formação Vale do Sol), indicando uma variação significativa na configuração climática da Bacia do Paraná no eixo sul-norte. Os indicativos de paleorelevo, como padrões morfológicos e a porosidade primária dos derrames de lavas em almofada (20 – 33%) suporta a hipótese de um ambiente de colocação rasa, com no máximo algumas dezenas de metros de espessura.The morphological types of basic lava flows of Serra Geral Volcanism in the Araguari City (MG), in study areas 1 (Centro – Atlântica Railroad) e 2 (Arpasa 1 e 2) were described and interpreted in this work. The lack of detail of the geological knowledge related to these morphotypes motivated the present research, as well as the expressive differences in relation to the climate in the region during the emplacement of these lavas, when compared to the southern portion of the Paraná Basin (Calha de Torres). Through geological mapping, descriptions with support of columnar sections to describe and organize the data, besides the petrographic study, it was possible to identify and characterize the basic lava flows as simple and compound pahoehoe types, as well as subaerial lava flows of the lava type in pillow lobes and associated deposits. These morphotypes are indicative of a volcanism whose effusion rate was low, allowing the formation and maintenance of pillow lobes and pahoehoe lava flows with large thicknesses (> 20 m). In the petrographic characterization, all the samples referring to the observed lava flows were classified as basalts, and with the data provided by the X-ray fluorescence technique (rock geochemistry data), it was possible to classify these lithotypes as high TiO2 tholeiitic basalts The presence of pseudomorphs of olivine (iddingsite) as phenocrysts in the lava flows of study area 2, among other indications of less differentiation (minor elements), suggest that the morphotypes of the lavas in cushions are more differentiated, which refers to two moments of the same volcanism. The observed morphotypes of water / sediment interaction suggest that the paleoclimate of the region was very different from that observed in the southern end of the Paraná Basin (Torres Formation), but similar to the conditions of placement of the rocks of the more central portion (Vale do Sol Formation), indicating a significant variation in the climate configuration of the Paraná Basin on the south-north axis. The paleorelief indications, such as morphological patterns and the primary porosity of pillow lava flows (20 - 33%) support the hypothesis of a shallow placement environment, at most a few tens of meters thickness.application/pdfporMapeamento geologicoEstudos geologicosGeotecnologiaSerra Geral VolcanismPillow LavasParaná BasinMorfologias e petrografia dos derrames básicos do vulcanismo Serra Geral em Araguari (MG)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2017Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001058835.pdf001058835.pdfTexto completoapplication/pdf8233069http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172310/1/001058835.pdfe911ee390a9891c952f54a84ee3b137dMD51TEXT001058835.pdf.txt001058835.pdf.txtExtracted Texttext/plain140126http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172310/2/001058835.pdf.txt617f2daacb3c112d769db47c6b4c897cMD52THUMBNAIL001058835.pdf.jpg001058835.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1045http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172310/3/001058835.pdf.jpgc7b6749359b93933eb271cda1668eea1MD5310183/1723102021-05-07 05:13:24.395166oai:www.lume.ufrgs.br:10183/172310Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-05-07T08:13:24Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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