Síntese de palmitato de isopropila catalisada por lipase B de Candida antarctica imobilizada em partículas core-shell

• Autor(a) principal: Barsé, Laísa Quadros
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/198224
• topic: Palmitato de isopropila; Esterificação; Lipase; Isopropyl palmitate; Esterification; Lipase; Immobilization; Core-shell.

O palmitato de isopropila é um éster amplamente utilizado nas indústrias farmacêutica e de cosméticos. Sua síntese por via biotecnológica apresenta as vantagens de ser mais sustentável e por utilizar condições de reação menos severas. Lipases são utilizadas, tanto em sua forma livre ou imobilizada, sendo essa de maior interesse industrial, visto que o reuso é facilitado e reações paralelas são diminuídas. Dentre as inúmeras técnicas de imobilização, tem-se o sistema núcleo-casca (core-shell), no qual os suportes são suspensos e emulsificados em etapas simultâneas a fim de produzir o núcleo e a casca da partícula. Baixo custo de produção e condições sintéticas menos severas estão entre as vantagens desse método. Assim, esse trabalho teve como objetivo estudar a síntese de palmitato de isopropila utilizando lipase B de Candida antarctica imobilizada em partículas core-shell. O potencial dos imobilizados PMMA/PMMA (poli (metil-metacrilato)), PMMA-co-DVB/PMMA-co-DVB (poli (metil-metacrilato) copolimerizado com divinilbenzeno) e Ps-co-DVB/Ps-co-DVB (poliestireno copolimerizado com divinilbenzeno) foi avaliado na reação de síntese do éster. Além disso, os solventes orgânicos hexano, ciclohexano, isoctano e heptano foram estudados, assim como as condições ótimas de temperatura, razão molar de ácido:álcool e quantidade de enzima, através de um delineamento composto central. A estabilidade operacional do biocatalisador e a utilização de peneiras moleculares também foram investigadas. A lipase imobilizada em Ps-co-DVB/Ps-co-DVB foi aquela que apresentou maior rendimento da reação. Dentre os solventes, o isoctano apresentou a maior produção de éster, atingindo rendimento de 51,54 %. As condições ótimas de reação foram: 55 ºC, razão molar de substrato 1:1,42 (ácido:álcool) e 24 % de enzima (m/m). Em relação ao reuso, 23 % de atividade residual foi observada após 7 ciclos de reação. O uso de peneiras moleculares não promoveu maiores rendimentos na reação. Como conclusão, tem-se que a lipase B de C. antarctida imobilizada em Ps-co-DVB/Ps-co-DVB mostrou-se promissora na produção biotecnológica de palmitato de isopropila. Além disso, os conhecimentos aqui descritos agregam à literatura, por ser esse, o primeiro trabalho a descrever a produção do palmitato de isopropila com esse tipo de imobilizado.