Estudo da zonação vertical da alteração hidrotermal e mineralizações associadas na área do Depósito Santa Maria - Minas do Camaquã, RS

• Autor(a) principal: Driemeyer, Deborah
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/189236
• topic: Geoquímica; Alteração hidrotermal; Geochemistry; Santa Maria Deposit; Epithermal Deposits; Hydrothermal alteration

O distrito mineiro de Minas do Camaquã, localizado a 300 km a sudoeste de Porto Alegre, estabeleceu-se por dezenas de anos, desde o final do século XIX até o fim do século XX, como a principal reserva de cobre do sul do país. O local está associado à evolução geológica da Bacia do Camaquã, localizada no centro do Escudo Sul-Rio-Grandense. Desde o início da extração mineral na região, estudos discutindo a gênese e as características das mineralizações têm fomentado debates e sofrido aperfeiçoamentos. No entanto, ainda existem inúmeras dúvidas a cerca do comportamento dos fluidos hidrotermais que geraram a mineralização e como essa se distribui no tempo e no espaço. Nesse contexto, o projeto tem como objetivo caracterizar e avaliar temporal e espacialmente a formação das zonações verticais das alterações hidrotermais e mineralizações associadas na área 2 do Depósito Santa Maria. Dois testemunhos de sondagem da Nexa Resources pertencentes à área 2 do depósito foram estudados através das técnicas de microscopia óptica, difração de raios X, microssonda eletrônica, fluorescência de raios X, espectroscopia no infravermelho e ICP-MS. Foi possível então, determinar que: a região estudada é marcada pela sucessão de múltiplos pulsos hidrotermais, de variadas composições e condições geoquímicas, que demonstram intercalações de processos oxidantes e redutores; que a camada litológica denominada hidrotermalito pode ter sido o conduto principal por onde os fluidos hidrotermais percolaram nas litologias, gerando, nesse horizonte, uma alteração argílica intermediária pervasiva, cuja intensidade diminui conforme o afastamento da região, tanto em direção à superfície quanto para porções mais profundas da rocha, passando para uma alteração fílica pervasiva seletiva e não pervasiva; que a precipitação do minério de cobre, o mais abundante nesses testemunhos, foi precoce levando-se em conta todos os eventos hidrotermais, tendo sido depositado antes das fases de argilominerais como ilita e clorita; e que a precipitação dos argilominerais na zona com alteração argílica intermediária pode ter ocorrido em temperaturas entre 130,23 e 197,88 °C ou entre 232,08 e 268,38 °C, valores obtidos com geotermômetros que utilizaram os resultados de microssonda eletrônica das análises de cloritas.