O balançar na carroça e as andanças pelo espaço escolar : narrativas sobre a escola de um grupo de catadores de uma vila de Porto Alegre
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/108385 |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo apresentar e analisar o cotidiano de um grupo de carroceiros catadores de material reciclável de uma vila situada na zona norte de Porto Alegre: a dureza conferida ao seu modo de vida e trabalho, a feiura da supressão de seus direitos básicos, mas também a boniteza no modo como ainda resiste no desenvolvimento de sua atividade. Ao mesmo tempo em que analisa as práticas sociais desses sujeitos, a investigação propõe um resgate do tempo em que, enquanto alunos, estes sujeitos frequentavam os bancos escolares. Desse modo, as narrativas tecidas a partir de suas falas, gestos e posturas, servirão como pano de fundo para o entendimento de como, onde e por que eles se perderam no caminho até a escola, bem como uma melhor reflexão desses mesmos trabalhadores acerca da relevância dessa instituição. A des/coberta da interrupção dessas suas trajetórias pessoais, bem como os des/caminhos pelos quais tais sujeitos passaram, separando-os da sala de aula, indicará que essa “não escolarização” está refletida nas suas práticas do dia a dia, através da resignação em progredir no/de trabalho, na resistência em conviver com os seus pares por meio de parcerias e associações e na relutância em voltar ao próprio trajeto para a escola, adentrando em suas dependências. O estudo fala da escola que encanta, mas que também expulsa, não promovendo em momento oportuno o retorno desse aluno, tendo em vista ainda o seu despreparo para fazê-lo. Por outro lado, sob a ótica dos movimentos sociais, é observado que a vida em coletividade (associação) aponta novas perspectivas em educação de jovens e adultos e na própria questão do trabalho do catador desde que movidas no âmbito da educação popular, na qual o sujeito pratica o exercício da cidadania na forma de reivindicações por/mais/melhores direitos sociais. Por fim, a investigação constatou que mesmo estando longe da associação e da escola, o catador está mais próximo da primeira possibilidade e que é por meio dela que a instituição escolar pode ser levada até ele, transformando-se em realidade. |
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