Avaliação dos atrasos de diagnóstico e tratamento de leucemias nas regiões de saúde do Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/238942 |
Resumo: | Introdução: As leucemias são importantes causas de morbidade e mortalidade e figuram entre os principais tipos de câncer no país e no mundo. Os intervalos de tempo entre uma etapa do cuidado a outro, definidos como atrasos, podem ser importantes indicadores da resposta do Sistema de Saúde no enfrentamento das leucemias. Objetivo: Comparar os atrasos de diagnóstico e tratamento das leucemias nas diferentes Regiões de Saúde no Rio Grande do Sul (RS) entre os anos de 2015 e 2019. Métodos: Emprego de dados do banco de Registros Hospitalares de Câncer (RHC) do INCA (n=982), avaliando-se dois atrasos: atraso de diagnóstico (tempo decorrido entre a primeira consulta com o serviço responsável pelo seu tratamento até a data do primeiro diagnóstico) e atraso de tratamento (intervalo de tempo entre o primeiro diagnóstico e a data do início do primeiro tratamento específico para o tumor). Resultados: Do total de casos, 553 (56,3%) eram homens, com média de idade de 44,4 anos. A maioria tinha idade entre 18 e 59 anos, 373 (38%). A mediana encontrada para ambos os atrasos foi 3 dias, sem diferença no atraso de diagnóstico (p=0,199) e de tratamento (p=0,314) entre os sexos. Houve diferença significativa tanto no atraso de diagnóstico quanto de tratamento entre as diferentes Regiões de Saúde. O atraso de diagnóstico também foi maior nos casos oriundos do SUS em comparação aos casos não oriundos do SUS e os encaminhados por conta própria. Foram encontrados maiores atrasos de diagnóstico e de tratamento, tanto nos adultos (entre 18 e 59 anos), quanto nos maiores de 60 anos, em comparação com crianças (0 a 11 anos) e adolescentes (12 a 17 anos). E os estabelecimentos pertencentes à Rede de Atenção Onco-Hematológica do Estado foram capazes de diagnosticar e tratar pacientes em intervalos menores que os estabelecimentos não participantes dela. Conclusão: Foram encontradas diferenças significativas tanto no atraso de diagnóstico quanto de tratamento de leucemias entre as diferentes Regiões de Saúde do RS no período de 2015 a 2019. Os achados deste estudo podem contribuir na avaliação da qualidade do serviço prestado e atuar como indicadores para os gestores públicos. |
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Rodrigues, Letícia TerresBordin, Ronaldo2022-05-24T04:44:28Z2021http://hdl.handle.net/10183/238942001141255Introdução: As leucemias são importantes causas de morbidade e mortalidade e figuram entre os principais tipos de câncer no país e no mundo. Os intervalos de tempo entre uma etapa do cuidado a outro, definidos como atrasos, podem ser importantes indicadores da resposta do Sistema de Saúde no enfrentamento das leucemias. Objetivo: Comparar os atrasos de diagnóstico e tratamento das leucemias nas diferentes Regiões de Saúde no Rio Grande do Sul (RS) entre os anos de 2015 e 2019. Métodos: Emprego de dados do banco de Registros Hospitalares de Câncer (RHC) do INCA (n=982), avaliando-se dois atrasos: atraso de diagnóstico (tempo decorrido entre a primeira consulta com o serviço responsável pelo seu tratamento até a data do primeiro diagnóstico) e atraso de tratamento (intervalo de tempo entre o primeiro diagnóstico e a data do início do primeiro tratamento específico para o tumor). Resultados: Do total de casos, 553 (56,3%) eram homens, com média de idade de 44,4 anos. A maioria tinha idade entre 18 e 59 anos, 373 (38%). A mediana encontrada para ambos os atrasos foi 3 dias, sem diferença no atraso de diagnóstico (p=0,199) e de tratamento (p=0,314) entre os sexos. Houve diferença significativa tanto no atraso de diagnóstico quanto de tratamento entre as diferentes Regiões de Saúde. O atraso de diagnóstico também foi maior nos casos oriundos do SUS em comparação aos casos não oriundos do SUS e os encaminhados por conta própria. Foram encontrados maiores atrasos de diagnóstico e de tratamento, tanto nos adultos (entre 18 e 59 anos), quanto nos maiores de 60 anos, em comparação com crianças (0 a 11 anos) e adolescentes (12 a 17 anos). E os estabelecimentos pertencentes à Rede de Atenção Onco-Hematológica do Estado foram capazes de diagnosticar e tratar pacientes em intervalos menores que os estabelecimentos não participantes dela. Conclusão: Foram encontradas diferenças significativas tanto no atraso de diagnóstico quanto de tratamento de leucemias entre as diferentes Regiões de Saúde do RS no período de 2015 a 2019. Os achados deste estudo podem contribuir na avaliação da qualidade do serviço prestado e atuar como indicadores para os gestores públicos.Introduction: Leukemia is an important cause of morbidity and mortality, being one of the primary causes of cancer in Brazil and worldwide. The periods between differents stages of care pathway, know as delays, can be important indicators to quality of the Health System's response in cases of leukemia. Objective: To compare diagnosis and treatment delays for leukemia across the differents Health Regions in Rio Grande do Sul (RS) between 2015 and 2019. Methods: We assessed data from the INCA hospital-based cancer records (RHC) database (n=982), evaluating two delays: diagnosis delay (time interval between the first medical contact with the service responsible for treatment until the date of the first diagnosis) and treatment delay (time interval between the first diagnosis and first tumor-specific treatment). Results: Of the total cases, 553 (56.3%) were men, with a mean age of 44.4 years. Also, most cases had between 18 and 59 years of age, 373 (38%). The median found for both delays was 3 days. There was no significant difference in delay diagnosis (p = 0.199) or delay treatment (p=0.314) between genders. There was a significant difference in both diagnosis and treatment delay among the different Health Regions. The diagnosis delay was longest in cases originating from SUS. Longest delays in diagnosis and treatment were found, both in adults (18 to 59 years old) and in those over 60 years old, compared to children (0 to 11 years old) and adolescents (12 to 17 years old). The hospitals that are part of the Onco-Hematological Care Network could diagnose and treat patients with leukemia in shorter intervals than those that are not part of it. Conclusions: Significant differences were found both in diagnosis and treatment delays of leukemia among the different Health Regions of the state of Rio Grande do Sul in the period from 2015 to 2019. The findings of our study contribute to the assessment of the quality of the service provided and act as indicators for public managers.application/pdfporGestão em saúdeDiagnósticoRegionalizaçãoSistema Único de Saúde (SUS)LeukemiaHealth regionalizationDelayed diagnosisHealth managementAvaliação dos atrasos de diagnóstico e tratamento de leucemias nas regiões de saúde do Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2021especializaçãoCurso de Especialização em Gestão em Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001141255.pdf.txt001141255.pdf.txtExtracted Texttext/plain57154http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238942/2/001141255.pdf.txte0144056d6ba0023b0a426a25119ad93MD52ORIGINAL001141255.pdfTexto completoapplication/pdf641069http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238942/1/001141255.pdfeaae3f03467b6cc5b3673b90e3747c85MD5110183/2389422022-05-24 04:59:31.769oai:www.lume.ufrgs.br:10183/238942Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-05-24T07:59:31Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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